A Part Of Me Always Lose

Euphoria

Chicago - Illinois, 2017.

A cidade estava agitada naquela noite, bebidas e som alto por toda parte, a festa rolava tranquilamente, mas uma parte estava em conflito e temerosa. Uma onda de assassinatos estava ocorrendo, chamando uma atenção desnecessária para todos que viviam naquele local, o que deixa boa parte da população de cabelos em pé. A polícia não tinha dúvidas que se tratava de um novo serial killer, apesar do caos e pelo medo da sociedade, seria questão de tempo até os oficiais o capturarem e o prenderem pelo resto de sua vida miserável.

O clima estava até agradável, o homem caminhava com seus passos duros, prestava atenção em cada detalhe da rua, cada movimento. Os risos e conversas ecoavam por toda parte, mas isso não tirava sua concentração de nada. Com suas mãos escondidas no bolso da calça, ele caminha lentamente até uma parte menos agitada, a rua que acabara de entrar estava praticamente vazia, os sons diminuíram, mas ainda assim podia se ouvir de longe as vozes empolgadas, porém com menos intensidade. Andava por uma parte mal iluminada, enquanto passava em frente a um beco algo chama sua atenção, um leve gemido é ouvido, então ele para se virando em direção ao som, de início não consegue ver muita coisa por conta da escuridão, mas logo sua vista se adapta aquela iluminação desta forma conseguindo visualizar a silhueta de duas mulher, uma estava contra a parede enquanto a outra parecia a beijar intensamente. É inevitável o surgimento de um sorriso sacana em seu rosto, se aproxima lentamente das mulheres com mais interesse, seu riso aumentava a cada passo que dava em direção a elas, mas assim que se aproxima, seu sorriso morre. Seus olhos se arregalaram lentamente. O barulho de sucção é ouvido, o cheiro de sangue começa a ficar cada vez mais forte, o líquido vermelho escorre pelo pescoço da jovem prensada na parede, seus batimentos cada vez mais fracos, sua cor ficando pálida lentamente, seu corpo mole não se sustentava mais em pé a mulher estava a ponto de morrer, a outra que a segurava parecia cada vez mais instigada a tomar todo o líquido vermelho de seu corpo em tempo recorde. O homem paralisado pela situação, só ouve o último suspiro da mulher logo em seguida o som seco, "crack" o pescoço da vítima tinha sido quebrado. A mulher que antes a segurava, o solta sem qualquer remorso, o baque do corpo atingido o chão ecoa, assim como uma leve risada. Lentamente a mulher se vira para encarar o seu "voyeur", não iria mentir, saber que estava sendo observada a deixava eufórica. Seu sorriso estampado no rosto completamente sujo de sangue e pode ter certeza, ela não fazia questão de o limpar, se sentia bem assim, mais viva.

- Kaleb! - O saúda com animação.

- Josette, porque não estou surpreso?

- Ah meu querido amigo, você está completamente surpreso! - Diz rindo.

Ele apenas negou com a cabeça.

- O que está fazendo aqui em minha cidade, além de causar o caos, obviamente!

Ela arqueia uma sobrancelha.

- Sua cidade? - Pergunta curiosa.

Então ele dá mais um passo à frente.

- Sim, minha cidade! - Diz prepotente. - Alguém tem que cuidar para que vampiros inexperientes exponha nossa espécie, da forma que está fazendo.

A mulher ri.

- Culpada! - Levantando suas mãos até os ombros, um gesto de rendimento. - E o que você faz com esses vampiros inexperientes, Kaleb? - Pergunta pretensiosa, dando mais um passo à frente.