(LUMUS)
Desaparatei em uma estradinha de terra deserta, de ambos os lados haviam casas humildes e simples, mas todas pareciam vazias. Os postes não tinham luz, então a única iluminação era a do fim da tarde, mas a neblina dificultava a visão, senti um arrepio percorrer todo meu corpo, era assustador!
Eu e Sirius já havíamos escapado de Walburga e Orion uma vez e visitado esse condado, ele era tão alegre e cheio de luz, as pessoas eram gentis e hospitaleiras, trataram a gente tão bem... Agora não existia nada disso... Nem mesmo as pessoas...
Não dava pra ouvir nada, nenhum som saia de nenhum lugar, era um silêncio assustador e tenso. Teria que seguir em frente, não tinha jeito...
Apanhei a varinha numa mão e na outra o bisbilhoscópio, que cabia direito na minha mão fechada, já que era um pouco pequeno. Suspirei e acendi a ponta da varinha, ainda hesitei e apertei um pouco a varinha um pouco mais firme. Seja o que Deus quiser...
Comecei a caminhar reto pela aquela rua deserta, estava tomada pelo medo. Maldito Barty! Devia estar no local onde desaparatei! Onde esse filho da mãe se meteu?!
Já havia andado alguns metros quando comecei a sentir o objeto na minha mão querer girar, piscava e assobiava baixo. Isso não pode ser boa coisa...
Parei um pouco, abri a mão e vi que o bisbilhoscópio estava mais doido que o normal de um, ele girava e piscava freneticamente e seu assobio ficava cada vez mais alto. Não tive outra opção se não desativa-lo com a varinha, caso contrário ele iria entregar que havia alguém ali.
Foi quando desativei que ouvi estalos vindos da parte de trás das casas a direita, olhei diretamente para lá mas não vi nada e o silêncio tenso tomou conta do local outra vez. O vento começou a bater meio forte junto com uma brisa fria.
Mais estalos, dessa vez do lado esquerdo. Não estou gostando nada disso...
Ergui a varinha em uma posição de defesa e ataque, quem quer que fosse que estivesse ali, poderia acabar comigo mas não antes de se machucar feio!
Decidi ignorar os ruídos e continuei a andar. Mas não andei mais de dois metros quando ouvi o barulho de alguém desaparatando às minhas costas, virei quase de imediato pra ver de quem se tratava mas não dei nem metade do giro quando a pessoa me prendeu pondo a mão na minha boca, quase gritei com isso.
Me debati e gritei por socorro, mesmo sabendo que ninguém iria responder, mas a pessoa claramente era mais forte que eu, poderia ser um homem.
Barty: -Shh, vou só te tirar daqui... – Quase não reconheci a voz, mas claramente era de Barty. Mas que desgraçado?! -Não faça nenhum barulho, eles estão por perto...
Relaxei um pouco mais agora, ele olhou em volta e aparatou. Desaparatamos na sala destruída de alguma casa, só ai ele me soltou e pude respirar aliviada.
-Quase me matou de susto, Barty! – Exclamei em uma voz baixa e indignada.
Virei para olha-lo, ele estava um pouco diferente... Seu rosto já não estava tão sardento como era da última vez que o vi, estava muito mais alto que eu, o cabelo já não era meio desarrumado como antes e sim bem penteado. Usava um terno aberto deixando a amostra um colete negro com a correntinha de um relógio de bolso dourada pendurada, calça social e os sapatos também.
Um belo homem, na minha humilde opinião...
Barty: -Por que quis vir aqui? Você não devia ter vindo aqui. – Ele me olhava meio fixamente.
-Marcamos de nos ver esqueceu?
Barty: -Sim, marcamos. Mas não aqui e também não queria dizer que eu te queria aqui! – Okay, agora ele parecia meio irritado.
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A Irmã De Sirius Black
FanficEu não acho que essa seja uma história de conto de fadas com um final feliz e todo aquele clichê de "felizes pra sempre". Não... Essa história tem perdas, violência, tristeza e uma certa tortura. É vendo assim parece horrível mas, acreditem em mim...