Negocio a parte - Duanca

Capítulo 12

*POV BIBI*

Acordei cedo, ainda estava escuro, fiz um café e fui para a área externa esperar o sol nascer. Não aguentava mais aquele chove e não molha com a Maria Eduarda. É tão difícil resistir a aquela mulher, ainda mais convivendo todos os dias com ela. É tão difícil seguir com isso, não quero machucar ninguém, principalmente ela, mas eu me conheço, sei que não conseguiria dar uma estabilidade afetiva que ela merece. Fiquei divagando enquanto o sol nascia e resolvi ir correr para tentar espairecer e não pensar mais nisso.

*POV DUDA*

Acordei cedo, na verdade quase não consegui dormir com uma angustia no peito, resolvi levantar de vez.

Parecia que ela não estava em casa, o silencio e o som das arvores balançando com o vento ecoavam por todo o lugar, o cheiro de café me fizeram ir diretamente para a cozinha, ela não estava lá, apenas uma xícara de café pela metade na pia, ela amava café, nunca deixava uma xícara pela metade, a angústia dentro do meu peito voltou. O que está acontecendo comigo? Não consigo tirar Bibi da cabeça... resolvi ir para o sofá da área externa me deitar enquanto olhava as arvores, ali acabei dormindo.

*POV BIBI*

Cheguei em casa e a vi dormindo no sofá, resolvi não a acordar, fiz minha higiene acordei A Sofia e pedi para que fossemos para sua casa em silencio para não acordar Duda, não queria ter que enfrenta-la logo de cara. Então assim o fizemos.

Chegando na casa de Sofia, conversei com ela sobre tudo o que sentia, talvez eu gostasse mais dela do que imaginava, mas sei que não conseguiria sustentar um relacionamento, até porque iriamos casar, não é pouca coisa, mesmo sendo de fachada. Não queria nem me dar ao luxo de poder ao menos tentar, eu estava fadada a estragar futuramente. Resolvi ficar o dia todo na casa de Sofia.

*POV DUDA*

Estava quase na hora de eu sair com o Fael, não tive notícias de Bianca o dia todo, mas talvez seja melhor assim, passar um tempo com o Fael agora seria a melhor coisa para eu me dispersar dos meus pensamentos...

Ainda não sabia para onde iriamos, já estava no carro dele e resolvi perguntar.

- Fael, onde nós estamos indo?

- Para um lugar que eu gosto muito, é um pouco afastado, já que você não pode ser vista com outra pessoa, mas acho que você vai gostar bastante – sorri quando percebi que ele se importava comigo e com toda essa situação, ele sorriu de volta e botou sua mão na minha coxa enquanto dirigia, não me segurei e coloquei minha mão sobre a dele e entrelacei nossos dedos.

Não vou negar que me sentia muito à vontade com o Fael e queria ver no que poderia dar isso tudo. Chegamos ao local e tinha pouquíssimas pessoas andando por ali, a maioria era gente fazendo trilha. Andamos bem pouco e paramos em um lugar que dava para ver quase a cidade toda, ele tinha preparado tudo, levou cangas para ficarmos no chão, uma cesta com bebidas e comidas leves, sentamos em baixo de uma árvore e ficamos conversando e admirando a paisagem.

- Aqui é muito lindo, Fael! Se o seu intuito foi me impressionar, conseguiu – sorri.

- Fico feliz que tenha gostado, com o pôr do sol fica mais bonito ainda.

Continuamos conversando em meio a gargalhadas, apesar de ter nos conhecido a pouco tempo, ele conseguia me deixar tão confortável e sempre me fazia rir.

- Você fica mais linda quando sorri assim, poderia ficar o dia todo te olhando – fiquei envergonhada com esse elogio do nada, olhei para ele sorrindo sem jeito, ele me olhava atentamente.

Estávamos muito perto uma do outro, ele se aproximou mais e me deu um beijo leve e olhou para mim esperando minha reação, sorri e puxei o rosto dele de encontro ao meu, foi um beijo calmo, cheio de carícias, era como se nós estivéssemos estudando os movimentos um do outro. Me senti leve, o beijo foi demorado, quase que interminável, eu não queria que terminasse, para falar a verdade, finalizamos com selinhos e sorrisos. Foi perfeito, ele me abraçou e ficamos até o pôr do sol, para então voltar para casa.