Capítulo 19

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Alguns dias se passaram, Bibi e Duda pouco se viam e pouco se falavam. Seus maiores diálogos eram em reuniões da empresa.

Bibi estava mais reclusa nesse período, não saía com seus amigos, uma hora ou outra eles apareciam em sua casa. Como hoje. Sofia e Elana estavam com Bibi conversando sobre coisas aleatórias enquanto bebiam vinho. Até que Sofia tocou no nome de Duda.

- A bicha festa passada estava arrasando corações.

- Sofia! – Elana tenta fazê-la parar de falar

- O que? Pena que festa passada ela foi embora cedo, mas ela deu bola para ninguém, só aquela mulher lá que deu o número para ela, era gata demais oh.

- Sofia ficar quieta – Elana olhou para Bianca que escutava calada.

- Ai meu Deus, desculpa amiga – fez cara de espantada olhando para Bibi – eu nem me toquei.

- Não, está tudo bem. – Suspirou – Como ela está? Só falo com ela sobre trabalho agora...

- Olha, Bibi... ela está ok, sabe? – Elana falou – Você deveria parar de se esconder e voltar aos poucos para a convivência, mas se você quer que ela não sinta mais nada por você, então continua sumida...

Aquilo acertou em cheio a Bibi, que virou o que restava na taça de vinho, ela sabia que tinha machucado a Duda e sabia que seria difícil reconquistar algo com ela, ainda mais no período recente, mas sabia que quanto mais longe ficava, mais fácil seria para a morena esquece-la.

Estava em um dilema, dar o espaço dela e ser esquecida, ou voltar e puxar todas as emoções consigo, inclusive as ruins...

Não sabia a resposta, só sabia o que sentia pela Kropf.

A noite logo acabou, ambos foram para suas casas e Bianca ficava martelando na sua cabeça o que fazer em relação a Maria Eduarda. Viu no relógio que era quase onze da noite, não pensou duas vezes pegou a chave do carro e saiu.

Parou na frente do apartamento dela, era a última chance de voltar para casa e pensar melhor em como aborda-la. Mas a bebida no seu corpo falava mais rápido, a razão estava longe de comandar.

Quando percebeu já estava na porta do apartamento. O porteiro já conhecia Bibi, então não interfonou.

Bibi apertou a campainha e nada, passou segundos que para ela era uma eternidade. Apertou a campainha de novo e quando se virou para ir embora ouviu uma voz.

- Oi, você que chamou aqui?

Bianca não conhecia essa voz, se perguntou se tinha chamado no apartamento certo. Se virou e viu uma mulher dos olhos verdes, marcante, com uma cerveja na mão.

Logo quando ia falar, Duda aparece do seu lado perguntando quem era.

Bibi engoliu seco, seu coração começou a disparar. Ali ela sabia que já tinha perdido.

Duda olhou para o corredor e viu Bianca estática, suspirou pesado.

- Bianca... – respirou fundo – aconteceu alguma coisa?

Bianca não respondeu nada, apenas negou com a cabeça. Sua expressão era triste, seus olhos estavam marejados e vermelhos.

- Acho melhor eu entrar – a mulher percebendo o clima no corredor, olhou para a Duda e entrou.

- Bianca... o que você veio fazer aqui essa hora?

- Nada, Maria Eduarda – falou negando com a cabeça deixando uma lágrima sair de seu olho – melhor eu ir embora logo.

Duda se aproximou de Bibi segurando seu braço.

- Por que você está chorando?

- Por burrice minha, Maria Eduarda. – Disse se soltando de Duda e indo embora.

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