Um amor no Japão.

Capitulo 2: Aeroporto de Osaka, e a surpresa de Kaya.

''Era um dia qualquer para muitos mas para mim era um dia que até os segundos faziam o qualquer em surpreendente'' 

Quando coloquei os meus pés no solo japonês senti todos os tipos de sentimentos, estava realmente feliz, meio abobado ainda, não conseguia acreditar que acabava de realizar meu sonho. Entrei no aeroporto havia muita gente, cada pessoa que passava por mim eu dizia ohayo gozaimas (bom dia).

     Eu tinha que avisar a Kaya que teria chegado, ela havia me passado seu número do celular então tentei ligar para ela, mas estava dando fora de sinal, claro... O celular podia ser da melhor operadora mas nunca que ia pegar aqui em outro território. 

     Por sorte o aeroporto tinha acesso à Internet grátis por meio de Wi-Fi, então me conectei e entrei no Skype para falar com ela, mas ela não estava online, me lembrei que a gente se falava em torno das 5:30 da manhã, sim eu levantava todos os dias cedo só para conversarmos. Agora era 15:30h só tinha que esperar duas horas... então fiquei andando pelo aeroporto, estava encantado...  olhava para todos os lados, não piscava nem um segundo sequer, assim o tempo se passou e já eram 17:00 h 

     Entrei novamente no Skype e ela estava online. Ela sempre foi ansiosa, quando eu aparecia online ela corria me chamar, a janelinha piscou e ela falou: 

- bom dia Peter *-*  

- boa tarde você quis dizer? Haha 

- para mim sim, mas para você é bem sedo não é? 

- na verdade para mim também é de tarde  

- como assim?  

- eu não te falei que viria para o Japão?  

- sim mas...  

- você não acreditou? Pensou que eu estava brincando né?  

- é na verdade eu estava meio desconfiada, você está aonde?  

- no aeroporto Sul, você vai vim me encontrar?  

- s sim, em meia hora estou aí, vou me arrumar, bjs tchau. 

     Pronto era só esperar agora. Já se passava 45 minutos quando ela apareceu. 

 - olá Peter. 

     quando a vi lhe dei um abraço dizendo oi Myoshi, aquilo foi estranho para ela, afinal não era de costume abraços e beijos ao se cumprimentar aqui no Japão, eu percebi que ela ficou sem jeito e lhe pedi desculpas, 

- tudo bem... Desculpe-me por não acreditar que você viria mesmo, estou bem surpresa. 

- pois é, nem eu acredito que estou aqui, estou realizando meu sonho... 

     A gente se olhava meio surpreso um paro o outro, afinal era um ocidental e uma oriental descobrindo seus traços. 

- Estou com fome Myoshi, você conhece algum lugar para nós fazermos um lanche? 

- claro, me acompanhe. 

     Eu acompanhei ela em silencio até um café aonde nos sentamos.  

- eu costumo tomar chá aqui quando venho para essa região... 

     Pedi um cappuccino, eles fazem detalhes muito bonitos com o chantili, a gente conversou muito, nossas conversas eram meio atrapalhadas, e muitas vezes tinha que pedir para ela repetir, pois não conseguia entender algumas gírias japonesas.

     Já se passara 3:00 h.

- então Peter, já esta tarde não? para aonde você vai agora? 

- eu esperava ir para sua casa. Novamente eu senti um olhar de surpresa vindo dela. 

- bom é que.. eu moro com meus pais e eles são bem conservadores, não ia ser uma boa ideia eu levar um menino para dormir em casa...  

- ainda mais ocidental né? 

- não... isso não tem nada a ver... 

- tudo bem só não sei para aonde vou agora... andei pesquisando e a diária dos hotéis daqui são bem caras...

- eu vou tentar falar com alguém, me de licença um minutinho.

     Ela levantou-se da mesa e se afastou um pouco, e fez uma ligação, desligou o celular e ficou parada olhando para o horizonte por alguns instantes e voltou a fazer uma ligação, dois minutos falando no celular ela desliga e volta a mesa.

- eu consegui um lugar para você ficar.

- aonde?

- na casa do meu primo Asuma Oshido, ele é muito gente boa... meu Deus olha a hora Já são 20:30, o tenho que ir pro metro agora...

- certo mas...

- Aqui anotei o endereço nessa folha, agora tenho que correr Peter, a gente conversa amanhã, tchau.

     Então ela parte correndo, nem um abraço ou beijo de despedida, me deixou só um endereço de um desconhecido e a conta do café para pagar...