13- Kiss Day(dream) [Navarro + Felipe]

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Era dia vinte e um de abril, dia do beijo. Estava solteiro há meses, então não me importava muito com aquela data.
Estava no carro dirigido por Wallace, pensando no dia longo de trabalho que teria pela frente:
- Quer que eu compre seu café, Felipe?
Perguntou o motorista, encolhi os ombros encarando a janela. O homem saiu do carro, entrou na cafeteria, comprou meu café da manhã, me entregou a comida. Agradeci e voltamos ao trajeto.
Naquele dia, além das gravações normais, teria ensaio fotográfico para a nova coleção de roupas da loja.
Assim que chegamos, desci sem prestar muita atenção no que acontecia em volta, mas, sim na minha lista mental que eu fiz.
Ao entrar no estúdio, encontrei Navarro, Vi, Vinha, Mozka e Samanta me esperando para o ensaio fotográfico; já Bruninho cuidava de filmar o ensaio para o canal:
- Vamos começar o vídeo, Felipe?
Perguntou Bruninho, assenti. O mais novo ligou a câmera, forcei um sorriso:
- Olá! Eu sou Felipe Neto, e, hoje é o dia em que a nova coleção da loja foi aberta para todos vocês poderem comprar, então se quiser garantir sua peça, entre no link na descrição.
Continuei a falar, o restante do pessoal se afastou, se ocupando em terminar de arrumar as coisas para o ensaio.
Enquanto eu explicava o que estava acontecendo, Navarro se aproximou por trás e me deu um beijo que, supostamente, era para ser na bochecha, mas por eu ter me virado no momento errado, sem querer virou um selinho.
Bruninho começou a celebrar, atraindo a atenção de todos pra nós três, enquanto eu e meu editor estávamos extremamente sem graça:
- O Navarro beijou o Felipe.
O mais novo se afastou e foi cuidar da iluminação. Sabia que deveria conversar com ele depois, mas por algum motivo queria mais.
O ensaio demorou para começar de fato, e, também para terminar, mas durante o ensaio, não consegui não olhar para o corpo do meu editor, bem como o flagrei, inúmeras vezes erguendo um rápido olhar para olhar o meu que era tão sem graça.
André tinha ficado barrigudo, mas não um barrigudo feio, tinha a barriga saliente que o deixava tão bonito quanto quando nos conhecemos:
- Navarro, fica atrás da marquinha no chão. Isso. Agora Felipe, vai para o centro do fundo. Perfeito.
Guiou-nos Vi. Por estarmos gravando, não pudemos botar música pro clima ficar descontraído, então o homem atrás de mim ficou bem mais tímido do que era.
Olhava as fotos após a sessão com o pessoal, escolhendo quais iriam pro site. Navarro parecia, maior parte das fotos comigo, bem distante, quase como se quisesse sair de quadro de tanta vergonha:
- O Navarro tem que aprender a posar, cara. Olha isso. Mesma cara de enjoado de sempre.
Bruninho comentou. O mais velho olhou com ódio pro menor:
- Você nem sequer fotografou uma vez pra loja, então cala a sua boca. Quando você for fotografar pra loja, daí você fala alguma coisa de mim.
Todos ficamos chocados com a agressividade do editor. Até mesmo Vi, amiga de longa data estava surpresa:
- Baixou o Vinha no Navarro, hein!?
Provocou Mozka, Vinha irritado retrucou:
- Ah, Mozka, vai se foder, moleque.
Me segurei para não rir:
- Olha, só porque não tá gravando não significa que podem sair na porrada.
Os lembrei, afinal Vinha deu um empurrão no menor e o outro ia revidar com um soco. Sem graça, os dois pediram desculpas.
Voltamos a analisar as fotos:
- Nossa, Vi, você está linda nessa foto.
Navarro comentou. Um sentimento ruim dominou meu peito e minha voz travou na garganta:
- Obrigada, Nav.
Me forcei a sorrir. "Você não tem vez, idiota. Ele gosta da Vi.", falou uma voz maldosa em minha cabeça.
Ao terminarmos, fomos em direção da saída da empresa para irmos embora até que lembrei que precisava finalizar o vídeo:
- Você é um pamonha mesmo. O vídeo ficaria sem final.
Reclamou André, sorri envergonhado, peguei meu iPhone e liguei a câmera:
- Quase íamos...
- Quase que você ia se esquecendo, Felipe.
Corrigiu o editor, revirei os olhos, olhei pro aparelho em minha mão:
- Enfim, quase esqueci de finalizar o vídeo. A loja está oficialmente a partir de hoje, então já podem garantir a sua camiseta no link na descrição.
E muito obrigado tudo por esses últimos anos. Sei que não foi fácil pra ninguém e saber que vocês estiveram junto comigo nesse período cabuloso é minha maior força para não desistir de tudo.
Então muito obrigado por assistirem esse vídeo e vejo vocês às dez da manhã com mais um vídeo porque almoço completo é com quem, galera?
Questionei apontando pra minha equipe que respondeu em coro:
- É com Felipe Neto!
Sorri:
- É isso. Até, valeu!
Desliguei a câmera. Voltamos a rumar a saída da Netolab.
Fui à garagem, entrei em meu carro, botei o cinto de segurança, dirigi rumo a rua.
Na saída da empresa, André parecia perdido, buzinei para ele:
- Quer carona, cara?- O homem deu de ombros- Entra aí.
O convidei, o editor entrou no meu carro, botou o cinto.
Diferente de como estava na sessão fotográfica, usava seus óculos de grau para enxergar a tela de seu celular:
- Você sabe que não precisava, não é, Felipe? Eu ia pedir um Uber.
Disse. Olhei para os dois lados me certificando que era seguro entrar na rua:
- E você ia gastar uns vinte conto' com Uber. É mais fácil eu te dar carona. Mais barato.
O mais novo soltou um risinho:
- Quem diria que Felipe Neto dirige?!- O lancei um olhar com uma sobrancelha arqueada- O Wallace está de folga agora?
Perguntou, assenti. Ficamos em silêncio até chegarmos no semáforo que estava vermelho:
- Navarro, por que você me beijou hoje mais cedo?
O maior ficou envergonhado, totalmente sem jeito. Era inegável que ele ficava lindo com as bochechas vermelhas:
- Você, num episódio da saga, reclamou que nunca te dei um beijo então achei que seria uma boa fazer isso.- Falou quase sussurrando para si- Só não esperava que você se virasse.
Olhei pro farol que insistia em continuar vermelho:
- Desculpa.
Sussurrou triste. Olhei meu editor e ele estava tão envergonhado que parecia que iria chorar de constrangimento:
- Ei, está tudo bem.- Botei minha mão sobre seu joelho- Foi só um acidente.
Forçou um sorriso gentil.
Voltei a dirigir rumo ao seu edifício no Flamengo, nós dois em completo silêncio.
Queria que o "acidente" acontecesse novamente. Queria sentir os lábios do maior contra os meus me beijando.
Ao chegarmos no seu prédio, estacionei em frente a entrada. Ficamos ali alguns segundos em silencio, apenas pensando no que falar:
- Quer entrar?- Me convidou-Você dirigiu por uns 28 minutos e vai ter que dirigir mais uns bons até a Barra. Toma um café comigo.
Meu coração pulou uma batida com o convite. Sem perceber, os lábios do homem pareciam tão perto quanto antes:
- Só diz se quer, Felipe.
Sussurrou roçando nossos lábios. Como queria aquilo:
- Eu gosto de você, Navarro.
Navarro sorriu de canto e beijou-me. Era um beijo calmo sem urgência, nossas línguas dançavam dentro das nossas bocas.
Sua mão na minha nuca acariciando ela, puxando-me mais para si. Antes que o beijo ficasse mais quente, parei:
- Aqui não é um bom lugar.
Seu sorriso sapeca me deu vontade de jogar tudo para o alto e ficar ali com o homem:
- Então aceita ir pro meu apartamento, Felipe?
Ri do seu jeitinho de menino aprontando algo, dei-lhe um selinho:
- Sim.
Saímos do carro, fomos ao seu apartamento. A sua buldogue francesa, Yunita, correu em direção de nós para festejar o regresso à casa de seu dono:
- Minha princesa, como foi seu dia?
Em resposta, a cachorrinha abanou a cauda freneticamente saltando e latindo nas pernas do homem que a pegou no colo. Sorri, fiz carinho nela:
- Às vezes esqueço que você é um ser humano, Navarro.
Confidenciei, ouvi um lufada de ar do mais novo:
- Também, Felipe.
Olhei para o rapaz. Ainda tinha um olhar tão de menino, era encantador como aqueles olhos castanhos nunca mudaram, por mais que a vida o surrasse.
Sua boca encontrou a minha, ficamos de frente um para o outro, a cachorrinha saiu do colo do dono. Navarro segurou minha cintura, às vezes descia a mão até minha bunda, me encostou na parede, suas mãos percorriam meu corpo, bem como as minhas.
Sentia um certo incômodo na calça, que não passou despercebido pelo mais novo que apertou meu membro por cima do jeans, me fazendo suspirar. Começou a acariciar meu pau:
- Ah... Navarro...
Ele abriu o jeans para me deixar mais confortável. Beijou meu pescoço, largou-me para tirar minha camiseta preta da nova coleção:
- Nunca imaginei que o corpo do meu chefe me excitaria tanto.
Confessou, rimos, nos beijamos. Deu chupões e beijos em meu pescoço até meu ombro, desceu rumo ao meu peito, parando no mamilinho para lambê-lo. Arfava, suspirava, sentindo meu corpo ficar ainda mais quente.
Voltou a trilhar seus lábios até o cós da minha calça. Ao ser impedido de conseguir continuar seu trajeto, tratou de tirar meu jeans.
Meu volume estava coberto pela cueca, mas ainda assim o olhar do homem por mim era de puro desejoso. Levei minha mão para o meu pau, o masturbei um pouco olhando nos olhos de lobo mau do meu editor. O coloquei para fora da peça íntima dando a ordem:
- Me chupe.
O maior aceitou, se posicionou de forma que sua boca ficasse na altura do meu membro. Sua língua quente percorreu toda minha extensão, me causando inúmeros arrepios:
- M-Mais, Na-avarro.
Suspirei. Senti seus lábios se fecharem envolta dos meus testículos, revirei os olhos.
Levei minha mão novamente pro meu pau me saciando, gemia baixo, porém logo meu funcionário tirou minha mão dali e começou a me mamar.
Naquele dia cheguei a conclusão que ele era ótimo em tudo, inclusive na cama.
Abaixou um pouco mais a cueca enquanto eu me tocava, pude ver seu sorrisinho maléfico. Voltou a me chupar, então colocou seu dedo médio dentro de mim.
Senti uma dor desconfortável no ânus, me contorci de dor. Ouvi uma risadinha.
Seu dedo ia e voltava no meu bumbum me acostumando com aquela sensação. Quando a dor já não se fazia tão presente, o mais novo sem querer esbarrou em algo que me fez ver estrelas:
- Gosta, Felipe?
Perguntou com a voz rouca de tesão acertando em cheio novamente minha próstata, gemi alto sentindo meu corpo entrar em chamas:
- S-Sim!
Ele abriu sua calça, tirou seu genital da cueca. Ao ver aquele membro, pela primeira vez senti desejo por chupar um homem.
O derrubei no sofá, beijei seus ombros, trilhei com minha boca todo seu abdômen até o ponto desejado. O olhei rapidamente e vi suas íris vermelhas de tamanho desejo.
Lambi sua glande, fazendo o mais novo arrepiar-se.
A cabecinha do seu pênis estava bem vermelha de tamanho tesão que sentia.
O coloquei por inteiro na boca, fazendo-o arfar. Nossos movimentos eram quase como se tivessem sido ensaiados.
Seu pré-gozo salgou minha boca, me desvencilhei do menor, seu olhar demonstrava um pouco de raiva.
Assim que me deitou, começou a me masturbar. Delirava de prazer com meu funcionário me tocando daquele jeito:
- N-Navarro... Oh céus, isso é bom demais..
Gemi. Senti algo úmido e quente tocar minhas nádegas, não pretendia descobrir o que era, apenas queria sentir Navarro.
Estava cada vez mais perto de gozar quando me soltou, me colocou de quatro no sofá e me penetrou lentamente. Sentir algo entrando no meu rabo daquele jeito doía demais. Mordi os lábios para não gritar:
- Tá doendo, Felipe?
André perguntou me provocando passando seus dedos suavemente pela minha glande, suspirei:
- Tô bem.
Menti. Começou a se movimentar lentamente ao mesmo tempo que me tocava novamente. Aquilo tava gostoso, porém foi delirante quando o mais novo acertou minha próstata.
Soltei um gemido alto sentindo meu corpo formigar por completo, a partir de então, o jovem memorizou aquele lugar e acertava me fazendo gritar seu nome alto o suficiente para o prédio inteiro ouvir, porém não ligávamos.
Sentia os formigamentos ficarem mais intensos, até que gozei. Navarro gozou logo em seguida, deitou no sofá, deitei ao seu lado, o observando:
- Isso foi incrível.
Murmurou. Sorri:
- Foi perfeito, Navarro.
Seus olhos surpresos encontraram os meus:
- Então se descobriu bissexual?
Encolhi os ombros:
- Não sei, mas apaixonado por você, certamente.
Seus olhos brilharam emocionados para mim, mas não dissemos nada. Apenas me abraçou e dormimos juntos no seu sofá.

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⏰ Última atualização: Apr 02, 2022 ⏰

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Il Ballo Della Vita {Netolab Imagines}Onde histórias criam vida. Descubra agora