One more off key anthem. Let your teeth sink in

2 1 0
                                    


Ele não apareceria, Ester tinha certeza. Então por que insistiu em ir àquele bar esperá-lo? Era a terceira cerveja que bebia com Ysa e nem sinal. Olhava pelo celular as horas passando e perdendo seu tempo.
— Mais uma e vamos — disse certa.
Antes que pudesse colocar o copo novamente em cima da mesa, ele adentrou o bar. Ele com aquele charme que preenchia o ambiente. Ele com aquela energia que Ester sentia a quilômetros de distância. Ele com aquele sorriso tão único.
Os olhares se encontraram.
Arthur sorriu de lado. Encontrara o que estava procurando.
Ester levantou-se para cumprimentá-lo, sendo surpreendida com as mãos dele puxando-a pelos quadris, grudando as bocas. Ela relaxou seu semblante, retribuindo o beijo. Sentia tanta falta daquilo! Era tão bom estar ali novamente. Ainda mais em frente a todo mundo.
Eles nunca ficavam na frente de todo mundo; sempre se encontravam na casa dele ou em sua casa. Era novo para ela, mas a fez sentir como se ele estivesse começando a se importar.
— Preciso conversar com você... Vamos ali fora... — ele disse, pegando sua mão e dirigindo-se à porta.
Ysa rolou os olhos, fazendo sinal para o garçom trazer mais uma cerveja.

X-X-X



— Veio no carro? — ele perguntou enquanto caminhavam para o estacionamento.
Ester fez que "sim" com a cabeça, levando-o aonde estava estacionado. Não sabia o que ele queria conversar, por isso seu coração não desacelerou em momento nenhum durante a caminhada, também não sabia o que falar; parecia que todas as palavras haviam fugido da sua mente e duvidava que podia falar português. Esperava que ele dissesse alguma coisa; qualquer coisa para acabar com aquele silêncio constrangedor.
Entraram no carro. Arthur começou a beijá-la; e avançou, apertando seus seios.
— Nós vamos fazer isto aqui? — Ester criou coragem para perguntar entre os beijos, que se tornavam cada vez mais agressivos.
Arthur não se incomodou em parar o que estava fazendo, tirando a própria blusa e, em seguida, a de Ester. Sentiu a boca dele chupar seu pescoço e imaginou a marca que ficaria, mas não conseguia recusar ou pedir para parar. Ele a puxou para o seu colo, com toda força, e mordeu seu seio, fazendo-a sentir que havia encontrado a linha tênue entre o prazer e a dor.
Então era só para isso que ele precisava dela.

Outro poema ruimOnde histórias criam vida. Descubra agora