O novo Homem Aranha

Barreira Multiversal

  Olho chocado para o mago supremo, me perguntando porque não tinha pensado nisso antes. Gwen intercala o olhar entre eu e o mago, esperando que eu diga alguma coisa:

- É... Esse é o Doutor Estranho, conhecido como o mago supremo da... 

- Ex - ele me interrompe - ex mago supremo da terra - completa

- Muito prazer, me chamo Gwen... Mas eu acho que você já sabe disso - ela responde meio em jeito - você conhecia um mago e nem avisou?!- ela me repreende

- Eu nem tinha pensado em uma solução magica pra começo de conversa - me defendo

- É um bom ponto, também não pensaria - pondera o Tocha Humana, recebendo um olhar de repreensão de Gwen - acho que... Vou esperar na nave, até algum dia casal - ele se despede

- Não querem ajuda? - minha parceira pergunta a mulher invisível, que nega com a cabeça

- Acho que vocês tem algo mais importante pra resolverem agora - ela justifica 

- Relaxa garota, a gente da conta - o Coisa diz e sai da sala

- Eles tem razão Gwen - falo olhando para a paisagem além da janela do prédio - nós escondemos nossa identidade por um motivo, e acho que devia continuar assim

- Tudo bem - ela suspira. Pude ver em seus olhos que ela estava triste. Tentei pegar em sua mão, mas ela rapidamente entra no portal. Olho para a nave do Quarteto Fantástico, antes de seguir a garota, passando pelo Doutor Estranho sem olhar em seu rosto.

  Descubro o nome do lugar que estamos: Sanctum Sanctorum, a casa do mago supremo. Consigo ver um homem asiático conversando com algumas pessoas que estavam limpando o chão da casa. Stephen o cumprimenta e eles tem uma breve discussão sobre o cargo de mago supremo. Procuro minha parceira, não muito interessado na conversa dos dois, e consigo vê-la no andar de cima, em frente a porta de um dos cômodos da casa. Vou até ela, chegando devagar perto de onde ela está:

- Tá acontecendo alguma coisa - afirmo parando ao seu lado e olhando para a porta também

- Você tá certo - ela continua sem me olhar, enquanto eu a olho confuso

- Como assim?

- Sobre a identidade e esse peso que a gente carrega - ela explica - nós colocamos as pessoas em risco tentando fazer o certo - ela finalmente me olha

- Sabe, essa seria a hora que eu faria alguma piada pra quebrar o gelo, mas você me fez pensar em uma coisa - digo me encostando na grade de madeira que nos impede de cairmos para o andar de baixo - será que a cidade precisa mesmo de nós? Quer dizer, a gente podia se mudar, fazer uma faculdade... 

- Não conseguiríamos viver assim por muito tempo...

- Exato! - afirmo - A conclusão que eu cheguei, é que isso tá no nosso sangue...

- E temos que entender que não dá pra salvar todo mundo  - ela completa

- Vem cá, a aranha que te picou podia ler mentes - brinco, a fazendo rir minimamente

- Tava demorando - ela soca de leve meu braço. Puxo ela para um abraço e ficamos assim por um tempo, até Stephen nos chamar no andar de baixo.

  Seguimos Stephen até o calabouço do sanctum, onde havia um circulo desenhado no  chão e uma espécie de pedestal no centro. Stephen começa a explicar o que estamos fazendo ali:

- O que farei para ajudar vocês é um feitiço, muito poderoso por sinal - ele reforça - no qual o mundo irá esquecer que Gwen Maia Stacy e Pedro Henrique Morales são heróis mascarados - ele finaliza iniciando o processo do feitiço