Parceiros de teia

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  A garota a minha frente parece se acalmar. Saímos de perto da multidão, e ficamos sentados em cima de um prédio alto que fica no centro da cidade. Expliquei a ela o que tinha acontecido, e o motivo de sua vinda repentina. Estamos em silêncio a algum tempo:

- Deveríamos te matar por ter nos tirado do nosso mundo - ela comenta

- É, já me falaram isso... - me levanto de onde estava sentado - Mas se te conforta, já passei por coisa parecida - revelo - junto com o cara que você tava lutando

- Por falar nele - ela diz se virando ainda sentada na direção que meu primo chega

- Não quer mais me matar, né? - Allan chega receoso

- Varia de momento a momento - a Gwen "do mal" diz indiferente

- Escuta, vou chamar a Gwen pra cá - falo com meu primo, mas os dois presentes no local me olham confusoso - a nossa Gwen

- Ah sim! - ele se lembra - isso parece com aquela vez que fomos parar em um universo alternativo, só que agora ela é a visitante estranha... E gata - ele fala a ultima parte baixo

- Nós escutamos isso - uma voz grossa ecoa, revelando ser o simbionte da Gwen 2

- Você é assustador - meu primo diz para a cabeça flutuante e gosmenta

- E você me parece um bom petisco!

- Ou, para com isso, projeto de cruz credo - repreendo o simbionte, que resmunga alguma coisa

- Como é a Gwen de vocês? - a outra pergunta - ela não pode ser tão boa quanto eu

- Na verdade...

- Sou melhor do que você pensa - minha parceira pousa no prédio onde estamos, juntamente com um homem aranha de roupa preta com detalhes em dourado e uma fita amarela na cintura - encontrei ele perdido no caminho - ela explica

- Na verdade, eu encontrei ela - ele se manifesta, fazendo alguns gestos com as mãos, o que fez sua máscara dar lugar a um óculos - prazer, Pedro Parker.

  Fico em choque com o que acabo de ver, uma versão minha com outro sobrenome e que, aparentemente, usa magia:

- Você... - digo substituindo a máscara pelo meu óculos com nanotecnologia - sou eu, mas não sou eu? - falo confuso

- Pois é... Alguém já deve ter te falado que o multiverso é grande - ele dá de ombros

- E confuso - falam as duas Gwens. 

  Para simplificar as coisas, nominamos as Gwens e o outro eu. A Gwen simbionte chamamos de Gwen 2, e o eu mágico chamamos de Pedro 2 (ele não gostou muito dessa parte, mas ninguém liga). Então eu, Gwen, Gwen 2, Allan e Pedro 2 fomos para meu apartamento para avaliar como resolveríamos esse problema envolvendo o multiverso. Avaliando as circunstâncias, percebemos que, segundo o Homem Aranha Supremo (Pedro 2, vulgo aspirante a mago supremo da sua realidade), existia mais uma pessoa aranha que não era para estar nesse universo. Ponderando como iriamos fazer para levarmos eles de volta, alguém bate na porta. Estranhando a atitude, vou atender, mas logo sou surpreendido por um longo braço de cor preta me enforcando e me lançando contra a parede, quebrando algumas coisas no caminho:

- Meus pais não vão gostar disso - digo com dificuldade. Sinto que quem tentou me matar, parou de me enforcar. Olhando para frente, consigo ver um "eu" um pouco mais velho e mais forte, usando um moletom cinza, uma calça jeans e calçando um jordan:

- Onde eu tô?! - ele chega perto de mim - E porque você é tão parecido comigo? - ele pergunta

- Achamos o delinquente - digo me levantando

O novo Homem AranhaOnde histórias criam vida. Descubra agora