3 A primeira vez e o falso apocalipse

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No mesmo dia, Jack buscou Lilian e Rasiel e os levou até Johnny. Não sabia o que esperar, afinal, ele nunca havia pesquisado sobre a seita de Nagul. Ouvia apenas rumores de como era e tinha medo de assistir ou algo assim.

Mas estava curioso e preocupado quanto a urgência que Johnny impôs a aquela situação. Afinal, se tratava do "dilema" dele com seu deus.

A sensação era de ansiedade, o que era tudo aquilo? O fim? Por qual motivo aquilo era necessário? Yahrim não havia mencionado aquilo nem mesmo em metáforas em suas escrituras.
Era estranho para Jack pensar tudo isso.
Mas o fato era que ele tinha coisas para descobrir.

- Johnny... chegamos.

- Jack! Finalmente... ok, quem é seu amigo?

- Oh! Bom, esse é o Rasiel. Rasiel, Johnny.

- Eae!

- Jhonny, por que a urgência?

- Lilian, que bom que perguntou. Seguinte, sabe a conversa que tivemos por mensagem, eu, você e Jack? Sobre o mistério do grupo que tirou centenas de vidas a quatro dias atrás? Então; eu andei pesquisando sobre a seita dos filhos de Nagul, descobri vários rituais dentro dela, que vão desde acordos pra conseguir riquezas, até pactos pra prejudicar o rival... mas cavucando mais um pouco, eu encontrei isso aqui:

Lançando sobre a mesa uma pasta, Johnny abriu a mesma e mostrou certas fotos incômodas para todos na sala. Se tratavam de pentagramas e corpos dilacerados no meio deles.

Ao fundo, pares de pernas que mostram até as mãos abaixo da cintura, estas que estão com certo... brilho peculiar que não parece ser refletido, mas emanado de tais.
Aquelas pernas e mãos eram claramente humanas, o problema era que o brilho escarlate emanado daquelas mãos era tão destacado, que a única coisa que incomodava mais do que tal eram os corpos estrassalhados naqueles círculos.

- o que é isso!?

Perguntou Jack, chocado com a imagem, dando um paço para trás.

- Quem faria uma crueldade dessa?

- No oriente médio isso é um tanto quanto... comum, tirando a parte do pentagrama.

- Você está certo, Rasiel. Mas isso não é no oriente médio, isso é na América do Norte. É um ritual que dá poderes ao seu realizador por um certo período de tempo. Ele começa com um assassinato, essa é a oferenda. Primeiro, eles desenham um pentagrama com seus sangues, depois eles dilasceram o corpo de suas vítimas, lançando sobre o mesmo.

Feito isso, eles proferem palavras do livro maligno e se banham com o sangue das vítimas. Isso dá a eles aumento da velocidade, força e sentidos. Além de dar a capacidade de dominar telecinese. No mas, isso custa a sanidade mental do usuário... fazendo um humano normal se tornar algo semelhante a um vampiro, porém diferentes dos mitos, esses podem ser mortos.

O problema é que ninguém nunca sobreviveu pra contar a história.

- Você tá me dizendo que tem gente dessa laia solta por aí? E que eles são os responsáveis?

- Sim e não. De fato, existem esse tipo de ser solto por aí, mas os responsáveis pelos ataques, não usaram do ritual.

- Então onde você quer chegar?

- Jack, os ataques foram para conseguir esse poder. Na lógica, precisaria de um pentagrama para isso, mas nesse caso em especifico, eram muitos os indivíduos em busca desses poderes. Por isso, precisaria de uma oferta mais ousada. O sangue dos servos de Yahrim.

Jack ficou perplexo e paralisado. Aquilo parecia irreal, ele queria acreditar que Johnny estava mentindo, mas sua mente se recusava a inventar uma fantasia ao ver que tudo aquilo aconteceu de verdade.

Apocalipse: A revolta dos servos das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora