CAPÍTULO 01

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Recadinho:

Massimo De Leone e Helena saíram do livro do fazendeiro que está disponível na Amazon.

Resumo para quem não leu o fazendeiro ainda.

Helena  trabalhava na casa de Álvaro Assunção do livro o fazendeiro, e por cozinhar muito bem acabou conquistando o paladar do viúvo Massimo De  Leone.
Massimo a convidou para trabalhar no casarão de sua vinicola e ela acabou aceitando para ficar longe da mãe e do padrasto.

Basicamente é isso.

Boa leitura 💙

CAPÍTULO 01

Helena Dias

Deixar Nova Lima para trás me causava dois sentimentos: alívio e saudade.
Estava feliz por ter sido chamada para trabalhar com a família De Leone, mas gostava bastante do sossego da fazenda Assunção.

Seu Álvaro era um homem calado e respeitador, o que me fazia gostar bastante de trabalhar com ele.
No entanto, Nova Lima ainda era perto demais de Pontes, a cidade onde estava os dois demônios que me atormentaram durante anos.

Sem muita instrução e opções do que fazer na vida, tive que escolher a distância, só assim eu teria paz.

— Aqui é seu quarto — disse a cozinheira de Massimo, aliás, a ex-cozinheira.

Carmela era uma senhora de uns sessenta anos e iria me passar toda a rotina da casa e principalmente as coisas que eu deveria cozinhar para o patrão.

O vi pela primeira vez na fazenda de Álvaro, ele tinha o semblante fechado, mas gostei quando ele elogiou a minha comida.

O problema é que eu me sentia muito intimidada na presença dele, não de um jeito ruim, mas ele me fazia sentir umas coisas estranhas.

Massimo de Leone era um homem sério, de poucas palavras e desde a hora em que eu cheguei, ele só pediu para que Carmela mostrasse o quarto de empregados e mais tarde ele me chamaria para uma conversa.

— Obrigada — Agradeci e passei por ela.

O quarto onde eu ficaria, era no andar debaixo e gostei bastante do que vi.
Ele não era muito grande, mas  era bem iluminado, com piso de madeira , paredes pintadas de um tom claro, mas o charme era um janelão com vista para os vinhedos.

Voltei a analisar os móveis e amei o fato de poder dormir em uma cama de casal, pois na casa da tia Nair, eu tinha que me encolher em uma cama de solteiro, no entanto, nunca reclamei.

Era muito melhor estar com ela do que morando com a minha mãe ou meu padrasto.
Passei os olhos pelos lençóis brancos que tinha uma colcha cinza muito bem esticada por cima.

Ao lado da cama havia duas mesas de cabeceira e um guarda-roupa com espelhos nas portas.

— É perfeito — Falei enquanto olhava o banheiro que tinha em anexo ao quarto.

Eu nunca tive um quarto com banheiro, aliás, eu nunca tive um quarto só meu.
Na minha antiga casa, onde morava com Rosalia, a mulher que se dizia minha mãe, havia apenas quatro cômodos, cozinha, sala, quarto e banheiro.

Então eu tinha que dormir na sala para que ela e seu marido ficassem no quarto.
Não que eu me importasse de ceder o cômodo a eles, o problema era não ter nenhuma privacidade ou ter que ficar escutando o barulho que eles faziam quando chegavam de madrugada e ficavam transando.

O DESPERTAR DO VIÚVO: SERÁ RETIRADO EM 24 HORAS Onde histórias criam vida. Descubra agora