Capitulo 29

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Sina

— Pelo menos, agora tenho que queimar só o vestido ao invés do colchão inteiro.

Era algo idiota a se dizer, mas foi a única coisa que veio à minha mente. Noah sorriu e pegou uma mecha do meu cabelo entre os seus dedos.

— Não precisa, fica muito melhor em você.

— Desculpa, eu não devia ter fugido.

— Não devia.

— Você vai me desculpar?

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, mas pareceu que tinha sido uma eternidade.

— Só se você me prometer que nunca mais vai fazer isso.

— Prometo. — Não precisava nem pensar duas vezes.

Noah se inclinou e o seu beijo começou doce, apenas um encostar de lábios. Era carregado de carinho, porém, eu sentia uma necessidade avassaladora de marcar território. Puxei sua camisa com pressa, tentando arrancá-la dele como faziam nos filmes. Não consegui, mas isso não teve muita importância. Ele a puxou por cima da cabeça com bastante eficiência e eu me vi cara-a-cara com o seu peito nu.

Bem melhor.

Arranhei suas costas, deixando listras vermelhas por onde minhas unhas passavam. Um som gutural saiu do fundo da sua garganta e ele baixou o decote do meu vestido, libertando a parte superior dos meus seios. Sua boca entrou em ação, os lábios sugando os meus mamilos era erotismo puro e eu podia senti-lo em cada célula do meu corpo.

— Tive medo de nunca mais sentir isso… — confidenciei.

Noah levantou a cabeça e me ajeitou no sofá, encaixando-se entre as minhas pernas abertas para pressionar a sua ereção contra a minha calcinha úmida. O vestido tinha se enrolado ao redor do meu quadril e parecíamos em um lugar mágico com as luzes piscantes quebrando a penumbra que nos cercava.

— Sentiu isso? — Esfregou-se mais contra mim. — Está sentindo? — Moeu de novo, exigindo uma resposta. Balancei a cabeça concordando. — Ficou assim por você, só você. — Mordeu o meu ombro e sua mão deslizou entre os nossos corpos, circulando o meu clítoris. Gemi em resposta. — Mais tarde a gente faz amor, agora eu vou te foder. Ok?

Lambi os lábios em antecipação, ansiosa para que a promessa fosse cumprida. Noah levantou uma sobrancelha, esperando a minha confirmação.

— Tudo bem.

Noah se levantou para pegar uma embalagem de camisinha no quarto e acendeu as luzes. De imediato, ajeitei-me no sofá, abaixando o meu vestido.

— Desligue, fica mais íntimo… — pedi. Desde a noite que passamos juntos na pousada e fizemos sexo no chuveiro, eu tinha começado a me esconder menos na penumbra. Contudo, ver Suzana havia reacendido a necessidade de me ocultar. Não queria que comparações fossem feitas.

— Não.

Cruzou os braços com determinação. Noah parecia estar querendo marcar um ponto em algum argumento que eu desconhecia.

— Não?

— Eu achei que estava ajudando quando concordei que você continuasse a se esconder atrás de suas roupas ou no escuro, mas depois de hoje percebi que só estava reforçando as suas inseguranças. Quero você por completo, Sina.

Mordi o lábio e desviei o olhar, encarando os meus próprios pés.

Noah se ajoelhou em frente a mim e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Emoções guerreavam dentro de mim. Meu peito subia e descia como se eu tivesse corrido uma maratona. Aquele era Noah, carinhoso, gentil e incapaz de me magoar. A única coisa que me impedia de confiar totalmente nele era a minha própria ridícula insegurança.

O Natal - Adaptation NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora