Após o apocalipse

LXXII (72)

°Jungkook°

Eles disseram a Bella que me levariam para casa. Acho que não queriam que ela surtasse mais, ou talvez tenham mudado de ideia.

As paredes daqui são úmidas, as pessoas estão desesperadas mentalmente por trás de cada grade dessas. Pelo visto tentar fugir foi um crime, e agora eu estou preso. Mas não entendo. Eles não matam as pessoas que não servem para nada? No que eu posso contribuir socialmente falando, dentro de uma jaula?

- Bom dia, Jungkook. - Tom é o vigilante. Ele me escutou quando eu estava desesperado. Tom disse que mudanças são difíceis. Mas eu não vou desistir de sair daqui com Bell.

- Bom dia, Tom. - Respondo e me levantando da cama e indo até a grade.

- Vão dar um recado para vocês hoje no refeitório. Tudo que eu posso dizer, é para você não ser o mais fraco... - Do que esse cara está falando? Não estar no controle das coisas me preocupa. Estar preso, sem saber nada de você Bell...me preocupa, e preocupa muito.
Tom apenas diz e volta a fazer a ronda.

- Não é bom ser amigo de autoridades por aqui. - Meu colega de jaula se apoia na grade e diz.

- É? - Mas eu não perguntei. Por que esse cara é tão intrometido?

- É, eles não tem autoridade por aqui. Eles só tem o nome. E os outros presos podem acabar te associando a X9. - O sinal toca e os portões se abrem. - É só uma dica. - Ele diz e sai.
Ando até o refeitório junto com os outros presos. Pego meu almoço e uma voz anuncia na caixa de som:

- "Alguns de vocês vão servir ao governo daqui. Eles estão desenvolvendo uma cura para o que nos faz virar zumbi após a morte. Algum voluntário?" - Ele pergunta e eu olho ao meu redor. Sem chance, ninguém aqui é patriota desse lugar. Todos permanecem indiferentes.
- "Foi o que eu imaginei. Os mais fracos e velhos vão então. A seleção será feita amanhã." - Fudeu...

(Quebra de tempo)

Meus olhos estão arregalados. Não posso dormir essa noite. Reparo que meu "colega" de sela, está dormindo como um anjinho. Será mesmo? Vejo Tom passando em frente a jaula com sua lanterna, me viro para o canto da parede, finjo estar dormindo. Um tempo depois escuto barulhos de chaves. Ele voltou?
Vejo dois presos tentando descobrir qual é a chave do portão.

- O que vocês estão fazendo!? - Pergunto.

- Não vamos ser cobaias. - Olho para eles, preso número 167 , um careca. E o outro preso alto de pele escura número 161 . Mas eles não parecem que vão ser escolhidos, são jovens e não estão feridos. Por que eles tem tanto medo?

- Boa sorte na fulga. - Digo.

- Você não vem? - Um deles pergunta.

- Não vejo motivo para vocês quererem me tirar daqui. Eu não sou idiota. - Digo e meu colega me dá um mata leão por trás. (150)

- Ele vai sim! - Diz o preso 150 de dentro da grade. E eu acerto o cotovelo no estômago dele diversas vezes. O que faz ele me soltar. Nós brigamos por um tempo, e ele pressiona meu rosto contra a grade.

- Me solta porra! - Digo e o 167 coloca um pedaço de cerâmica afiado na minha garganta. Eles quebraram a porra do vaso!?

- Anda. - ,Eles dizem, abrem a grade e eu os acompanho. Passando pelo corredor, vejo Tom jogado no chão inconsciente. Eles o enforcaram com um casaco...Me levam até a lavanderia. Eu ainda estou com dor no machucado da perna, ainda estou mancando. Vou sair na desvantagem de qualquer maneira.
Assim que eles abrem as cortinas e entram, vejo vários presos. Alguns desmaiados, outros sangrando no chão. Olha onde eu vim parar...,mas já saquei, eles vão ferir outras pessoas para que eles não sejam escolhidos na seleção de amanhã.
Antes que eles possam fazer qualquer coisa, eu empurro o preso careca, o 167. Que estava com a cerâmica na minha garganta. Por conseguinte saio com um corte superficial.

- São três contra um seu bosta. Não adianta lutar. - O 161, alto, negro diz e vem para cima de mim, consigo me pendurar em um dos canos que tinha no teto.
Acerto ele com um chute martelo bem na cabeça, que faz o mesmo cair embaixo de mim. Então eu desço, e ele amortece minha queda. Aprenda uma coisa...um chute martelo pode facilmente abrir uma ferida. Sinto o sangue escorrendo pela minha perna.
O terceiro homem, o 150 da minha sela, vem para cima de mim, apertando meu pescoço. Eu tento impedir, mas sou empurrado para trás e esbarro na máquina de lavar. Se eu tivesse um espelho poderia dizer que meu rosto está roxo, porque não consigo respirar. E situações drásticas, requerem medidas drásticas.
Chuto as partes baixas dele o mais forte que posso.

- Acho que você não pode mais fazer bebês. - Digo após recuperar o fôlego e troco de lugar com ele. Pegando em sua nuca e socando a cabeça do mesmo no vidro da máquina até quebrar. Antes que eu possa me virar, o preso 167, aquele careca de merda, se levanta e acerta minha cabeça com algo. Não sei o que foi, só sei que tudo fica escuro.

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Olá sobreviventes, como vão? Queria dizer para quem gosta da história, que ela provavelmente vai se tornar um livro. Com algumas alterações para melhor. Quando tudo estiver pronto, postarei um novo capítulo falando sobre a publicação, com o link para compra e também com algum spoiler. Muito obrigada por todo carinho, amo vocês. <3