Salvamento

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ZADE

Onde vocês conseguiram essa comida?! - reclamou Zade tanto o carroceiro quanto Lucie comiam um dos melhores alimentos já inventados, o pudim de leite.

-Se você pedir com educação eu posso te dar um pedacinho – disse a garota provocando ele.

-Não obrigado!

-Você quem sabe – falou o carroceiro.

-Até você carroceiro? Eu sou seu patrão!

-Mas vai pagar com meu dinheiro não é mesmo? - Zade decidiu se calar, não ia dar esse gostinho a ela.

-Bem o doce já vai acabar – ela informou.

-Por favor!

-Pronto não foi tão difícil não é mesmo? - aquela garota o tirava do sério. Zade esperou terminar de comer para dar o seu contra ataque.

-Argh, mas estava horrível agora sei porque gostou ruivinha.

-Como assim horrível?! Você comeu tudo! E não me chame de ruivinha! - o carroceiro começou a rir com a cena.

-Vocês dão um ótimo casal – disse ele sorrindo.

-Não obrigado sou muito exigente – disse Zade enquanto soltava os cabelos.

-Eu mereço coisa muito melhor – disse Lucie sorrindo.

-Ata, ninguém é melhor que eu.

-E também pare de chamar Kodro de carroceiro viu? Ele tem nome – ela acrescentou visivelmente irritada.

-Ah claro, mas eu não sa-

-Acho melhor vocês dormirem eu cuido do primeiro turno – falou Kodro interrompendo.

-Tudo bem, mas me acorde logo você que cuida da carroça - Zade ordenou.

Ao acordar Zade percebeu que quem estava no turno dele era Lucie.

-O que você está fazendo? Era meu turno depois dele – Ele apontou para Kodro que estava roncando no chão.

-Eu sou uma elfa, só durmo metade do tempo que vocês humanos precisam.

-Entendi, nesse caso boa noite.

-Espera – disse Lucie antes que ele se jogasse para dormir.

-Pode falar

- Por que você tentou me roubar? O que pretendia fazer com o dinheiro?

-Você sabe, aproveitar com festa e essas coisas.

-Não, estou falando do real motivo – disse ela enquanto encarava os olhos de Zade.

-Eu... tenho assuntos inacabados e não vou poder seguir em frente até resolver.

-Entendi, talvez outro dia você me conte a história toda.

-É vai sonhando, boa noite ruivinha com insônia - falou Zade enquanto se jogava para dormir antes que ela repondesse.

O resto da noite foi tranquila, e ao acordar Zade já continuou a viagem, o Kodro reclamou um pouco para recomeçar o transporte, mas com a insistência de Zade ele obedeceu, Lucie parecia distante dentro da carroça sem prestar atenção ao redor.

-O que foi ruivinha? - Zade a provocou, mas ela não pareceu se importar então ele tentou cutuca-la.

-E-Ei o que pensa que está fazendo?

-Tentando te tirar do transe, parecia que estava hipnotizada e dessa vez não foi pela minha beleza.

-Quando foi que eu fiquei hipnotizada pela sua beleza!?

-Desde que me conheceu obviamente – ele falou enquanto sorria em tom de provocação, mas algo interrompeu a conversa, foi a carroça que parou de repente.

-Kodro por que você parou?

-Tem alguém caído no chão - disse ele assim que ele falou isso Lucie complementou.

-Temos que ajudar ele!

-Não isso só vai atrasar minha viagem – Falou Zade sério.

-Você não pode simplesmente deixar uma pessoa no meio da estrada nesse estado – Falou Lucie enquanto saía da carroça.

-Francamente – Zade reclamava enquanto saía também da carroça, ao olhar em volta e ver diversas árvores ele viu também o homem caído na estrada, e ao olhar para ele por algum motivo a cabeça de Zade começou a doer intensamente e ele sentiu uma forte tontura, a ponto de ele cair de joelhos no chão.

-Você está bem chefe? - perguntou o carroceiro.

-Não se preocupe estou ótimo - mentiu, ele se levantou e foi em direção ao jovem caído, ele aparentava ter a mesma idade de Zade cabelos extremamente lisos e bagunçados, pretos e com um tom de pele cor de porcelana seu nariz era pequeno e ao abrir os olhos Zade viu que eram castanho escuros.

-Qual o seu nome? - perguntou Lucie.

-Desculpe e-eu não lembro quem são vocês?

-Nós te achamos caído aqui e decidimos ver como estava, e agora que já vimos que está bem vamos seguir nossa viagem boa sorte! - Zade já estava voltando para a carroça quando a Lucie o puxou para uma árvore para conversar.

-Não podemos deixar ele assim!

-Nós não temos nenhuma obrigação com esse daí, só vai trazer mais problemas, e disso eu já tenho de sobra.

-Mas ele não lembra do próprio nome, não podemos deixar alguém assim e se fosse você no lugar dele? - Zade se preparou para dizer algo, mas se calou e disse.

-Tá tudo bem, mas você vai pagar tudo que ele gastar.

-Ótimo! - Zade achava estranho o jeito que ela se preocupava com os outros até com desconhecidos, ao continuar a vigem eles encontraram uma carroça quebrada e duas pessoas apoiadas nela, e além disso uma grande quantidade de goblins mortos.

-Mas só pode ser brincadeira hoje é o dia de desmaiar na rua só pode – Zade reclamou.

-Para de ser carrancudo loirinho, vamos ajudá-los.

-Você acabou de me chamar de que sua miniatura de elfa?

-Para sua informação eu sou da altura normal, você que é uma aberração da natureza de tão alto.

-Eu sou só um pouco acima da média!!

-Gente não é melhor irmos ajudar eles? - disse o cara que eles tinham ajudado.

-Olha você fica quieto intruso, esse é o seu nome por enquanto.

-Você é muito rude Zade, ele tem razão vamos ajudar aqueles dois.

Então Zade, Lucie, o intruso e Kodro foram ajudar os desconhecidos.

A Ascenção Do BárbaroOnde histórias criam vida. Descubra agora