O Bardo Franzino

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JHON

Jhon não podia acreditar em seus olhos.

Corpos mutilados decoravam o antigo chão de terra que levava a casas simples de madeira da aldeia que agora eram destroços, nesse momento sangue era tão comum quanto as árvores que cercavam a vila.

Criaturas aladas tinham destruído sua aldeia, e no momento uma estava prestes a devorá-lo.

Enquanto a fera vinha em sua direção, ele só conseguiu dar alguns passos para trás antes de tropeçar em seus próprios pés.

Ao cair, não pôde deixar de pensar no quão patética era essa situação.

Já no chão, se amaldiçoou por não ter nenhuma arma consigo, estava apenas com seu antigo alaúde,tentou se levantar para fugir daquela situação,mas não conseguiu encontrar forças em si, estava trêmulo e assustado, o que piorou ao perceber o quão próxima a besta estava.

Quando encontrava-se prestes à gritar, algo que ele jamais esperararia aconteceu bem diante de seus olhos. Sem nenhum aviso, apareceu um bárbaro que ficou entre ele e o monstro.

O guerreiro olhou para Jhon e rapidamente voltou sua atenção para a criatura, que no mesmo instante tentou morder-lo.

Para a infelicidade da fera, o bárbaro se defende ferozmente desferindo dois golpes com o seu machado a ferindo no pescoço e fazendo ela uivar de dor.

Já machucada, a criatura tenta voar para ir em direção à uma das torres da vila que ainda se manteve intacta, com o intuito de se proteger.

Mesmo com o esforço do monstro em fugir, o guerreiro é implacável ao jogar seu dois machados de mão nas asas do réptil, em uma demonstração de habilidade que deixou Jhon impressionado, fazendo com que o monstro perdesse o controle do vôo e caísse da torre.

Ao derrubar a criatura, o bárbaro rapidamente corre em direção à ela e desfere o último golpe, arrancando sua cabeça e finalizando o oponente.
Enquanto isso, Jhon só podia observar as ações do homem à sua frente completamente atônito.

Mesmo em sua vila nunca encontrou um guerreiro que demonstrasse tamanha força e agilidade, era a segunda vez naquele dia que ele não conseguiu acreditar em seus olhos.

Ele ainda tentava assimilar a rapidez com que aquela criatura foi derrotada.

O bárbaro, inconsciente do seu conflito interno, estava recolhendo seus machados caídos no chão.

O movimento permitiu que Jhon visse suas costas, essas que além de diversas cicatrizes possuíam um tatuagem que o intrigou, estava escrito "Veni Vidi Vici", ele sabia que aquele guerreiro não era uma pessoa comum.

Após terminar de apanhar suas armas, o combatente misterioso foi em direção ao pequeno aldeão que segurava o que parecia ser um arco.

- Homem franzino, isso na sua mão é um arco? - Perguntou com um ar curioso, enquanto sua visão estava fixa na estranha arma.

Sua voz era rouca e áspera, como se não a utilizasse há muito tempo, mas simultaneamente existia uma força em seu tom que trazia ao ouvinte a sensação da fúria de uma lâmina.

Jhon só conseguia encara-lo surpreso, não esperava que viesse falar com ele. Em meio a sua surpresa ele percebeu o quão alto o bárbaro era, fato que havia passado despercebido durante a batalha frenética.

A Ascenção Do BárbaroOnde histórias criam vida. Descubra agora