A protegida do Rei.

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Eu estava á trabalhar todos os dias, eu não descansava por nenhum segundo. Mama e papa precisavam de mim, talvez se eu os ajudassem, eles fariam o mesmo por mim.

Minha vida e infância não foi umas das melhores, mama nunca foi muito boa para mim, muito menos papa. Eles me forçavam a trabalhar, sempre foi assim. Mas agora piorou, descobri a pouco tempo que eles devem muito para a realeza.

Eu sou uma garota pobre, então nunca cheguei perto de lá. Mama e papa nunca me deixaram chegar até lá, mas não é como se eu quisesse também.

Eu moro na Itália, eu acho aqui tudo lindo, mas eu não gostaria de morar aqui até o resto de minha vida. Eu ficaria presa e condenada a um casamento sem amor.

Papa nunca descobriu que já sou mocinha, ele me arranjaria um casamento rapidamente. Todas as vezes em que ele tenta me levar até um curandeiro eu fujo, não quero ninguém olhando para...

Papa sempre bebe muito, acaba deixando eu e meu irmãozinho mais novo com medo. Eu tento protegê-lo com a força do meu corpo e alma, levando surras e sendo humilhada por meu papa.

Minha mama não á de fazer nada para mudar isso, eu acho que ela gosta de me ver nessa situação.

Hoje era um desses dias que eu trabalhava como uma escrava para ajudar eles a pagarem suas dividas. Eu trabalhava na casa de algumas pessoas, limpando e cozinhando por uma merreca.

Quando cheguei em minha casa, percebi que tinha alguns cavalos em frente amarrados. Passei a mão pela cabeça de um marrom que fez um barulho engraçado e que me deu um pouco de medo, sempre quis ter um cavalo.

__ Tu és lindo.__ digo dando um beijo na cabeça do cavalo.

Abri a porta de minha casa e vi vários homens altos sentados no pequeno sofá de minha sala. Meus pais se levantaram rápidamente, pareciam assustados.

__ Olá...__ digo com um pequeno sorriso.

__ Violeta, você irá com eles.__ meu pai fala.

__ O-o que? Como assim?__ soltei uma risada nervosa.

Um homem alto e moreno, ele era bem forte. Pegou meu braço com força me puxando para a porta.

__ Ei! Pare... Está me machucando!__ digo, mas ele nem se importa com os meus protestos.__ papa, me ajude!

Vejo meu pequeno irmãozinho correr até mim chorando, eu me debatia tentando pegá-lo, mas era impossível... Meu papa estava o segurando.

__ Vioo, eu amo você!__ sua voz doce gritou em meio ao choro.

__ Eu vou voltar pra te buscar, eu prometo meu anjinho.__ gritei enquanto o homem me puxava com toda a força.

Ele me puxava tanto que minhas roupas fracas e velhas se rasgaram. Por que eles estavam fazendo isso comigo?... Eu não fiz mal a ninguém.

__ Por que estás a me levar?__ pergunto chorando.

__ Cale a boca! Criada!

Ele parou de caminhar me dando um tapa forte no rosto. O impacto foi tão forte que eu acabei caindo no chão sem forças, ele me puxou pelo braço me levantando e me arrastando.

Ele subiu em cima de seu cavalo e me deixou caminhando, segurando em meu braço. Nós andamos por horas, meus pés que estavam sem nada, estavam todos cortados. Eu estava com frio, meu vestido estava rasgado mostrando uma boa parte dos meus seios.

Eu tentava me cobrir, me aquecer, mas ele sempre brigava comigo me ameaçando de me matar e me deixar nessa mata sozinha.

Em um momento, passamos por muitos galhos, um perfurou a minha barriga e eu caí no chão sem forças... por que estavam fazendo essa crueldade comigo? Eu merecia isso?...

__ Levanta, cadela!

__ E-eu... na não consigo.

Ele bufou descendo do cavalo e me jogou em cima do mesmo com muita brutalidade. Eu gritei alto, o galho me machucou feio me fazendo sentir falta de ar.

__ Não morra, você ainda vai servir para muitas coisas. Criada vadia, vagabunda. Seres como você e seus pais são desprezíveis, espero que o rei me deixe te matar como os outros da sua laia.

Ele passou a mão por cima da minha nádega, eu... eu tentei. Eu juro que tentei fazer ele parar, mas ele não parou... Muito menos os outros homens que estavam atrás dele.