A protegida do Rei.

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Meu pai havia falecido a um mês, os piores dias de minha vida. Para piorar, Violeta não falava comigo, eu nem poderia culpa-la, eu fui um babaca com ela. Mas não foi minha intenção, eu havia acabado de receber a notícia que meu pai tinha morrido, só não queria que ela recebesse a notícia daquela forma igual a mim.

Mas eu acabei a magoando, não só ela, mas a mim mesmo. Ela não queria conversar comigo para eu me explicar, isso estava me matando aos pouquinhos.

Eu não me levantava da cama para nada, nem era eu que resolvia mais as coisas no reino, era o marido de Kate. Eu sentia falta de meu pai, sentia falta de Violeta. Sentia que minha vida poderia acabar ali, sem ninguém, sozinho. Eu poderia estar simplesmente me vitimizando, mas a falta que eu sentia dos dois ninguém poderia imaginar.

Kate novamente bateu em minha porta para que eu comesse, mas eu não sentia fome. Não conseguia me olhar no espelho, pois sabia que quilos estavam faltando ali.

__ Não quero comer Kate, já lhe falei.

__ Não é a Kate.__ ouvi a voz de minha doce Violeta, minha musa e morena dos cabelos mais lindos e cheirosos que eu já vi em toda a minha vida.

Ela adentrou no quarto com uma bandeja em suas mãos, sua expressão estava neutra, eu não a reconhecia. Ela colocou a bandeira em cima de minhas pernas e cruzou os braços me analisando.

__ Você está muito magro, por que não está comendo? Agora é uma criança birrenta?__ ela falava tão séria, me repreendendo como se eu realmente fosse uma criança birrenta.

__ Não sinto fome.__ falei ainda a olhando como um bobo apaixonado.

__ Não sente fome, mas precisa comer. Come! Nem que eu tenha que enfiar em tua boca você irá comer.__ achava sexy a sua forma mandona.

__ Mas...

__ Mas nada, fiz uma promessa ao meu pai, mas eu posso repensar nisso. Coma, preciso ir embora logo.

__ Não precisa ir agora. Não queres ficar?

__ Não, eu não quero.__ ela disse simples.

Meu peito congelou, como ela estava conseguindo ser tão fria comigo?... Acho que já lhe tratei dessa forma, então não posso culpa-la e nem julga-la.

Eu comia a comida que estava gostosa, mas descia seco, não tenho vontade alguma de comer, só quero ficar deitado em minha cama, lendo um livro ou simplesmente dormindo. Não tenho muitos motivos para me levantar ultimamente.

Eu comi a metade do prato, ela me obrigou a beber um copo d'água e depois algumas frutinhas. Eu fiquei um pouco mais alegre com a forma que ela estava cuidando de mim, eu sentia a sua falta como um louco.

__ Eu já irei, mas voltarei amanhã para que coma. Vamos fazer um combinado, se jantares hoje, irei vir amanhã e almoço com você.__ um sorriso escapou de meus lábios quando as palavras saíram de sua linda boca.__ mas se não jantares, eu não subirei quando chegar amanhã e muito menos almoçarei com você.

__ Combinado!__ falei de imediato.

Ela balançou a cabeça pegando a bandeja de minhas pernas. Saiu caminhando em direção a porta e eu pude ter a visão do seu traseiro delicioso. Eu fiquei todo feliz depois disso, tive até coragem de me levantar e tomar um banho demorado. Coloquei uma roupa melhor que o meu pijama, mas não saí de meu quarto, ainda não queria.

Pelo menos eu voltei a pintar, e como sempre, minha musa inspiradora era a belíssima Violeta.

Eu a amava com todas as forças de minha alma, eu lutaria pelo seu amor enquanto ela estivesse a vir, mas se for de sua vontade me deixar, ficarei feliz se ela estiver feliz, mesmo com o coração partido.