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Por que aquela mulher dizia que a culpa era minha? Eu ao menos a conhecia?...

Quando eu acordei Samuel já tinha me deixado, mas seu lado da cama ainda estava com seu cheiro. Ele tinha ficado comigo por um bom tempo, sentia a sua presença.

Me levantei para tomar banho e tomar café, coloquei um vestido e uma capa minha antiga. Saí de meu quarto indo até o de José, mas ele não estava lá.

Será que Samuel o levou para longe de mim novamente? Comecei a ficar preocupada e andar rápido pelo castelo procurando por meu pequeno irmãozinho.

Fiquei surpresa quando o encontrei no jardim brincando com uma mulher. José me avisou e veio correndo até mim me abraçando forte.

A mulher de cabelos pretos sorriu e veio andando até nós. Ela estendeu a mão para mim.

__ Prazer, sou Kate. Irmã do Samuel.

__ Prazer, Violeta.

__ Você é bonita, não me surpreendo meu irmão estar completamente caidinho por você.__ franzi a testa.

__ Do que estás a falar?

__ Você sabe... Ele gosta de você. E eu acho que também gostas dele, está com as bochechas vermelhas.

Coloquei minhas mãos em minhas bochechas a escondendo. Ela deu risada e chamou José para continuar brincando. Me sentei na grama e fiquei observando os dois.

Eu gostava dele?...

Isso fez até o sonho sair um pouco de minha mente. Queria poder ter visto o rosto das pessoas, pela primeira vez eu lembro dos sonhos, talvez eu consiga ver o rosto delas outras vezes.

Me levantei batendo em minhas roupas, caminhei para dentro da casa para pegar um casaco pra José, estava gelada está manhã.

Quando subi e fui até o quarto de José, acabei tombando em alguém. Olhei para cima vendo o Rei... Ele estava lindo.

Com a sua roupa elegante de realeza, havia uma coroa em sua cabeça, coisa que eu nunca vi aqui dentro.

__ Me perdoe.__ digo me afastando.

__ Como estás?__ ele pergunta olhando em meu rosto.

__ Bem, obrigada.__ me virei para sair, mas fiquei surpresa quando ele segurou em minha cintura me puxando para um quarto.

Ele me virou na parede deixando nossos corpos próximos. Senti sua respiração em meu pescoço, ele aproximou os lábios dos meus. Roçou seus lábios nos meus e eu fechei os meus olhos, nunca tinha sentido isso em minha vida.

__ Posso lhe beijar?__ ele pergunta. Senti o seu hálito em minha boca e fiquei arrepiada dos pés a cabeça.

__ Sim...

E então ele me beijou e pela primeira vez eu sentia alguém beijar os meus lábios. Sua língua passou pela minha boca, abrindo os meus lábios e pedindo passagem.

Ele apertava forte a minha cintura, mas não me machucava, eu estava gostando muito na verdade.

Quando nossos lábios desgrudaram, ele me deu um celinho demorado. Eu não abri meus olhos, estava envergonhada por ter gostado tanto. Como alguém pode mexer tanto assim comigo?....

__ Abra os olhos.__ ouvi sua risada gostosa.

Eu abri meus olhos vendo os seus. Ele sorriu para mim e beijou novamente em meus lábios. Senti minhas bochechas queimarem de uma forma, ele percebeu.

__ Você fica linda corada.__ eu deitei minha testa em seu peito envergonhada e ele me abraçou.__ não sabes o quanto eu esperei por esse momento, quanto eu desejo o seu corpo.

Levantei meu rosto enquanto minhas mãos ficaram espalmadas em seu peito duro. Suas mãos passavam pelas minhas costas e minha cintura, ele me olhava com tanta profundidade que eu achava que minhas pernas iriam amolecer como gelatina.

Eu aproximei meu rosto do seu paga beija-ló, ele veio também. Nossos lábios ficaram grudados um no outro enquanto olhávamos nos olhos. Seus olhos eram a coisa mais bela que eu já vi, me sentia aquecida com o seu olhar de desejo pelo meu corpo.

Fechei meus olhos para continuar o nosso beijo, mas quando nossos lábios se abriram batidas fortes foram dadas na porta.

__ Samuel resmungou ainda me segurando.__ o que foi?__ ele perguntou.

__ Majestade, descobrimos sobre alguns moradores...

__ E o que eu tenho a ver com isso?__ ele falou com uma voz séria, me deixou meio quente...

__ São ciganos.

Vi Samuel resmungar alguma coisa, mas seu corpo ficou tenso e ele abriu a porta me deixando sozinha. Ele ficou nervoso? Provavelmente sim, aqui ciganos morrem e eu não faço a mínima ideia do porque.

Pensei na senhora que me abrigou, será ela que foi descoberta? Eu espero de coração que não, ela tem um bom coração e não merece morrer por ser quem ela é e ter o sangue de povos ciganos.

A protegida do Rei.Onde histórias criam vida. Descubra agora