Capítulo 12

786 44 20
                                    

GUSTAVO

***************

_ Acorda – a primeira coisa que pensei foi que me acostumaria a ser acordado com aquele sorriso.

_ Nunca mais me deixe dormir no carro – falei me espreguiçando e estralando o pescoço, e a coluna assim que saltei do carro – estou todo quebrado.

_ E desde quando você consegue ficar acordado no carro? – falou o velho, eu apenas olhei sério em direção dele e fingi indiferença, assim que dei um passo sou surpreendido com o abraço da minha avó.

_ Estou tão feliz que você voltou – falava ela me apertando, eu só conseguia ver a cabeça branca dela, fiquei sem reação apenas com as mãos levantadas – perdoe a vovó, sim?

O Estefano pegou minhas mãos e desceu em direção às costas delas, me fazendo abraça-la também, e devo admitir que era uma sensação boa.

_ Tudo bem vó – sussurrei, porque é meio que impossível sentir raiva de senhorinhas fofas, ainda mais se forem suas avós.

_ Eu pedi pra fazerem torta de limão – ela tinha lagrimas no rosto, mas não se importou, ficou alisando o meu rosto – era a sua sobremesa favorita.

_ Eu só voltei por causa dela – brinquei, mas fiz questão de enxugar as lágrimas dela.

Dei mais um abraço forte nela, e fui guardar a bolsa no quarto, com o Estefano me seguinte e sem fechar a boca, quando chegamos no corredor ele foi na minha frente, abriu a porta, entrou e fez gesto com as duas mãos pra dentro.

_ Bem-vindo de volta ao...

Mas eu não o deixei terminar, assim que bati a porta atrás de mim, comecei a beijá-lo, larguei a mochila e apertei o queixo dele, nossas línguas estavam em festa, as cabeças levemente inclinadas, eu desci uma mão percorrendo as costas dele até parar na bunda, eu queria tanto senti-la, apertá-la, levantei a perna dele até a minha cintura, me abaixei levemente e com a outra mão ergui-o fazendo cruzar as pernas em torno de mim e se apoiar no meu pescoço, não era nenhum esforço pra eu sustentar o peso dele, por mais que ele fosse alguns centímetros mais alto que eu, ele era bem magro e eu era bem mais forte.

Nossas bocas não pararam de se tocar em nenhum momento, o levei até a sua cama e o deitei ali, ele continua com os pés cruzados em torno de mim enquanto eu tirava a camisa dele e a minha própria, alisei a barriga dele, a pele branca, a clavícula saltada, comecei chupando os mamilos dele, uma mão passou pela cintura dele, que era de fazer inveja em qualquer mulher, e puxei levemente pra cima, a outra mão passou pelo pescoço puxando a cabeça dele enquanto eu poderia saborear, passei a língua pelo pescoço, pela orelha, senti levemente o gosto do metal da argolinha que tinha ali, mas nada que me impedisse de sentir o gosto da pele.

Ele então resolveu se mexer e se soltou de mim, passou a mão pela minha barriga e desabotoou minha bermuda, puxando e me deixando nu, ele segurou meu pinto na mão e fez uma leve pressão para deixa-lo duro, encostou os lábios levemente e até chegou a passar a língua, mas sem sinal, eu tirei meu pinto da mão dele e fiquei forçando uma punheta, mas não tive nenhum resultado.

_ Só um instante – falei puxando-o para um beijo, sem descansar a mão, mas quanto mais eu gesticulava, menos pinto eu sentia na mão, tipo quando tá frio e você vai tomar banho em uma água fria.

_ Tá tudo bem – falou ele me segurando pelo ombro e se sentando ao meu lado.

_ Não, espera – e continuei tentando, mas parecia o pinto de um recém-nascido, só tinha o sinal, ovos e pele.

_ Sério Gustavo – ele segurou a minha mão e se aproximou pra me dar um beijo, mas quando eu larguei meu pau, abracei minha cabeça apoiando os cotovelos no joelho, me fechando no meu mundo, ouvi-o vestindo a camisa – ei, ei olha pra mim, você sabe que não tem culpa do que aconteceu né? Nós não temos culpa do que aconteceu.

DEPOIS DE TODO ESSE TEMPO?Onde histórias criam vida. Descubra agora