Azpilicueta estava desolado. Se sentia culpado, como ele não tinha percebido? Como ele não percebeu que o amor da vida dele estava tão mal à ponto de se matar? Talvez ele estivesse ocupado demais tentando dar o seu melhor em campo e esqueceu de se preocupar com sua esposa.
Havia 2 meses que sn tinha ido embora, 2 meses que o camisa 28 do chelsea morreu por dentro. Na real, ele só estava suportando tudo pelos filhos deles. Prometeu pra sn, no dia em que Pablo e Julietta nasceram que cuidaria deles de todo jeito.
Hoje teria um jogo do chelsea contra o arsenal e César iria jogar. Tuchel entendia a situação em que o defensor estava e compreendia que Azpilicueta precisava se recompor e voltar aos campos. Por decisão do Azpilicueta, ele iria jogar hoje e havia prometido à si mesmo que iria fazer um gol em homenagem ao amor da sua vida.
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O jogo já tinha começado fazia 30 minutos e estava 2x1 para o arsenal. Mas aos 32 minutos, Mason Mount dá uma assistência para César que faz a rede balançar. César se ajoelha e aponta para o céu dizendo ''foi pra você, meu amor''.
-Ela está orgulhosa de você, cara -Mason diz abraçando Azpilicueta que assente sentido seus olhos lacrimejarem
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O intervalo já havia terminado e quando os jogadores entraram em campo, uma voz ecoa pelo campo ''Dois minutos de silêncio pela morte de sn, esposa do autor de um gol de hoje, César Azpilicueta''. Foi incrível em como as torcidas obedeceram a voz e fizeram 2 minutos de silêncio, sem barulho algum.
Alonso abraça César antes do jogo começar e os jogadores vão para suas devidas posições.
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O jogo acabou em 4x2 para o arsenal, mas Azpilicueta estava feliz por ter feito um gol. O camisa 28 estava saindo do estádio, mas César foi parado por Alonso
-Ei, cara. Quem fez essa carta foi a sn, ela falou pra te entregar em algum jogo em que você fizesse gol então, toma. Ela me entregou isso em janeiro, antes do mundial -Alonso diz entregando a carta -E de novo, eu sinto muito. Não sei como é a dor de perder o amor da sua vida, mas qualquer coisa, eu tô aqui-
-Valeu, cara. Pela carta e pelas palavras -César da um pequeno sorriso e Alonso retribui
César vai para o carro dele no intuito de chegar logo em casa e poder ler a carta.
[...]
Azpilicueta tinha acabado de chegar em casa, as crianças estavam com o irmão de sn, então ele não teria que se preocupar em não chorar. O jogador estava tentando ao máximo parecer feliz na frente dos filhos, pois achava que isso iria influenciar os sentimentos das crianças
César só joga as coisas dele em qualquer lugar e senta no sofá para começar a ler a carta. Ele sorri ao ver a letra de sn, o qual ele achava muito bonita e sempre dizia isso à ela, recebendo um ''você é tão estranho'' da esposa.
''Oi, meu amor
Eu não sei por onde começar, mas eu queria começar me desculpando. Sei que você está destruído por minha causa, mas eu não aguentava mais. Quero te agradecer por tudo. Por você ser esse pai, esposo e jogador tão bom (à propósito, parabéns pelo gol que eu acho que você fez, espero que o Alonso não te entregue isso antes da hora.) Eu espero que você cuide tão bem dos nossos filhos como você cuidou de mim nesses últimos 8 anos. Não se sinta culpado pelo que aconteceu comigo, se sinta feliz. Você foi o motivo de eu ter durado tanto ai na terra, então, obrigada por isso também. Sei que você está chorando agora, mas enxugue esse rosto. Vem aqui fora, como de costume, pra te alegrar, tem até vaga-lume. Tem dia que vai piorar, saudade vai apertar. Até que você tá indo bem, faz falta aqui pra mim também . Lembra de quando eu ficava até tarde acordada esperando só pra ganhar um beijo de boa noite? Daqui não é diferente, te beijo, mas você não sente. Quando bater a saudade olha aqui pra cima, sabe lá no céu, aquela estrelinha que eu muitas vezes mostrei pra você? Hoje é minha morada, a minha casinha. Mesmo que de longe, tão pequenininha. Ela brilha mais toda vez que te vê. Enxugue esse rosto, meu amor. Eu não estou mais ai de corpo, mas minha alma continua aí. Não se sinta sozinho, pois eu vou estar sempre ao seu lado. Espero que você encontre alguém que te faça feliz como eu acho que fiz. Te amo muito, muito.
Ass: Sua princesa''
Quando César terminou de ler, estava aos prantos. A ficha ainda não tinha caído, Azpilicueta ainda não estava acreditando que o amor da sua vida tinha morrido. César sai e vai ver a estrela que ele já tinha até memorizado do tanto de vezes que sn havia mostrado para o mesmo. Quando César olhou a estrela, sentiu um frio incomum, um arrepio percorrer sua coluna. Ele sentia ela, sentia que sn estava ali com ele.
O jogador preferiu tentar dormir, pois estava cansado do jogo.
[...]
Azpilicueta se revira na cama novamente e suspira cansado. Desde que sn se foi, ele não conseguia ter uma noite boa de sono. Mas em meio aos seus pensamentos, César consegue dormir.
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