𝐂𝐑𝐔𝐙𝐀𝐃𝐀 𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐀 ¦¦ Doutor Estranho Defensor & Mulher de Ferro

Inferno & Consequências.

Peter estava encarando Steve não acreditando no que quase presenciou. Jogou o escudo para bem longe vendo Steve acompanhar com os olhos, algumas teias sendo lançadas em sua direção fez o homem se afastar da engenheira no chão e dessa forma se aproximando dela a ajudando a levantar sentada.

— Sra. Stark está tudo bem? — O ferimento da cabeça de Natasha não parava de sangrar, o que fez um filete de sangue passar por seus olhos.

— Garoto você... Você tem que sair daqui. — ela levou a mão a tempora ensanguentada movendo suas pupilas e apertando os olhos pela sensibilidade a luz.

Tentou levantar com a ajuda de Peter, mas acabou ficando tonta. Estava sem equilíbrio e somado aos outros sintomas, sabia que o golpe do escudo lhe causou uma concussão. O Homem Aranha fez uma escolha quando entrou na frente da mulher uma vez que o Capitão deu um passo a frente.

— Filho, eu não quero te machucar. — Steve falou encarando Peter que apertou seus punhos.

— Não sei o que deu em você, Capitão, mas não viu deixar ferir a sra. Stark mais ainda. — Peter se preparou para atacar o loiro.

— Peter você tem... Tem que ir embora! — Natasha apertou o ombro do garoto para lhe chamar a atenção.

O Aranha se virou para ela sem baixar a guarda para o homem e pelo rosto dela sabia que ela precisava de um hospital, foi quando teve uma ideia. Sabia que O Sanctum não estava tão longe, então envolveu a cintura da mulher e a segurou firme lançando suas teias e começando a balançar. A Stark olhou para o garoto e antes de perguntar o que ele estava falando foi deixada na porta do santuário, deixando a mulher no chão se virou lançando uma teia e voltou na mesma velocidade e como esperava o loiro vinha naquela direção e no timing atingiu o peito de Rogers com os pés o fazendo voltar naquele momento.

Balançando na mesma direção que ele, pousou um metro a sua frente. Sua intenção era afastá-lo de onde a engenheira estava e evitar que a matasse. O adolescente se recusava a permitir que mais uma pessoa importante para si fosse morta.

— Sai da minha frente, Peter! Não posso permitir que desrespeite uma deusa! — esbravejou Rogers encarando o mais jovem.

— Uma deusa é? — Peter avançou novamente trocando socos com o capitão, atingindo-o com um pé no peito. — E quem disse que isso é problema, meu? — respondeu em seguida.

Distante de lá, uma confusa Natasha se apoiava na porta do Sanctum. Não ia pedir ajuda, na verdade estava difícil se concentrar e pensar em algo. Tinha que ir atrás do garoto, mas antes que pensasse direito a porta abriu o que a fez perder o equilíbrio e andar desajeitada para dentro, conseguindo parar em meio ao salão de modo curioso enquanto as portas se fechavam logo atrás. Sua cabeça doía e quando percebeu, viu o mago flutuar pelas escadas e parar em sua frente, sua visão dobrou mesmo que encarasse a figura em sua frente.

Algumas mechas de seu cabelo caia sobre aquele ferimento, não notou o quanto que a armadura estava destruída e muito menos da gravidade do seu pequeno ferimento na cabeça. O mago se aproximou e olhou em seus olhos sem questionar e afastou os cabelos olhando aquele corte.

— O Rogers quase te matou... — comentou em um sussurro mais para si mesmo do que para a outra.

A náusea e os movimentos de Stephen estava deixando ela ainda mais tonta, a fazendo apertar os olhos pela sensibilidade a luz. Ele concluiu seu diagnóstico e puxou a Stark pelo pulso e a fez sentar em uma cadeira.

— Strange está fazendo o que? — a pergunta só afirmou o que ele havia diagnosticado.

A fez erguer a cabeça para visualizar aquele corte. Já não era médico e não podia suturar em uma cirurgia como antes, mas nada o impedia de fazer um pequeno curativo. Atrás da poltrona havia um armário com uma gaveta e nela havia um adesivo curativo de sutura steri trip e o algodão com o antisséptico que precisaria.

— Pelo menos me paga uma janta! — reclamou ao ter seu rosto puxado de frente tendo seu ferimento limpo por ele, resmungando pela ardência. Mesmo que fizesse careta, nada disse em seguida.

Ficaram em silêncio e aquilo estava deixando-a incomodada. As mãos tremulas agora puxavam a sutura steri trip aplicando uma à uma até estarem to. Terminou de fechar o ferimento satisfeito com o resultado.

Por mais que ela tivesse seu rosto impassível, não era bem isso que estava se passando. Tudo o que aconteceu nas últimas horas passava por sua mente e a concussão a deixava sensível e ela odiava isso. Em um rompante levantou da poltrona mesmo que sua visão estivesse dupla.

— Não vou deixar você ir assim. — Strange avisou.

— Eu estou bem. Não posso deixar o garoto. — apertou os olhos e em seguida focou eles no outro.

— Sua armadura está destruída assim como essa coisa no seu peito. — a encarou deixando as mãos em seus ombros.

A mulher desviou o olhar para o outro lado apertando os punhos. Fez questão de desativar o que sobrou da armadura. Estreitou os olhos mais uma vez e sentiu ele empurrando seu corpo até cair sentada na poltrona.

— Fui avisada e ainda vacilei. Os Vingadores e o que sobrou dos Vingadores da Costa Oeste estão do lado da mulher. — explicou colocando uma mão sobre os olhos. — Bárbara avisou que antes de morrer, Arachne falou para não confiar nela, mas nenhum deles me escutaram.

— Você tentou. — Strange foi estranhamente compreensível com ela.

Fitava a mulher ferida à sua frente. Esses ferimentos em sua maioria sabia que havia sido Steve Rogers. Por um momento sentiu incômodo pelo capitão.

— Não foi o suficiente... Ela fez a cabeça deles o que me lembra. — levantou novamente caminhando rumo a porta mesmo que tonta. — Não tenho tempo e não posso correr o risco de morrer.

— Ela não fez minha cabeça, Stark. — respondeu ele a acompanhando.

— Recebi algumas... — se perdeu nas palavras e se apoiou em uma parede deixando seu corpo deslizar até esta sentada no chão. — Algumas facadas... Meus amigos... Preferiram uma estranha... — levou as mãos ao olhos e as apoiou nos joelhos. — Ao acreditar em... — e vergonhosamente o choro veio.

Estava culpando os sintomas da concussão pela sensibilidade do momento. Prometeu não chorar de novo por eles e nem muito menos pelo Steve, mas acabou na mesma situação e o pior era que ela sabia aonde acabava isso. Como acabava isso.

— Eu estou aqui, Natasha. - ele pegou as mãos dela as afastando de seu rosto molhado. - Não dou a mínima para os seus amigos, eles não... - ela apenas tombou a cabeça para frente contra o seu peito, por exaustão.

Apenas quando levantou para pegá-la que notou que havia mais um ferimento. Soltando um suspiro pesado a levou para seu quarto e a deixou sobre a cama. As proteções em volta do Sanctum impedia que qualquer ser adentrasse aquele espaço. Isso explicava porque a deusa não havia tentado coagi-lo.