Aos meus 15 anos comecei a namorar, e pra falar a verdade, eu sentia que aquele amor iria até o fim, até porquê o que iria me impedir de levar esse amor até o túmulo?
Eu sorria quando via seus olhos brilharem e aquele sorriso torto se formar em seus lábios quando ele me via, eu me sentia especial, a cada toque, beijo, carícia e qualquer forma de demonstração de amor, eu me apaixonava ainda mais por aquele garoto.
Um mês se passou.
Depois dois meses.
E por fim, três meses, quando ele me chamou pra conversar e meu coração acelerou, então ele disse:
-Tenho uma coisa para te contar.
Observei seu rosto procurando alguma expressão de brincadeira, mas apenas encontrei seu rosto empalidecendo, e ali eu soube que o que estava pra vir era sério, muito sério.
Naquela noite, ele me contou que estava com câncer, senti o mundo desabar ao meu redor e a única coisa que eu não queria pensar era em um mundo sem ele, sem o meu garoto dos olhos brilhantes, e do sorriso torto.
Um mês depois, visitá-lo no hospital havia virado rotina, mas nesse dia em específico, ele pegou em minha mão e disse que me amava infinito, meus olhos se encheram de lágrimas e eu sabia o que aquilo significava, a quimioterapia não estava funcionando, e ele só tinha alguns dias de vida.
Aproveitei ao máximo os 7 dias que o meu garoto dos olhos brilhantes e do sorriso torto ficou comigo, após isso ele morreu enquanto eu estava deitada em seu peito deixando que algumas lágrimas o molhasse, senti o carinho em minha cabeça parar e a minha reação foi fechar meus olhos e abraçá-lo fortemente, ele conseguiu, levou o nosso amor até o túmulo.