Uma garota, com um pai extremamente conservador, possessivo e faminto por poder, decide aceitar duas apostas idiotas propostas pelo garoto popular mais desejado da escola.
Ela só não sabia que isso iria mudar sua vida radicalmente.
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• original b...
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Catherine Sanchez 17 years old ☀️
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Meu rosto já estava vermelho de vergonha.
Eu não estava entendendo nada.
Meu pai estava me pedindo desculpas e falando sobre os momentos mais vergonhosos da minha infância a mais de trinta minutos, dizendo que se arrependeu por tudo que fez e queria retornar a nossa antiga relação toda hora.
Aquele típico papo de bêbado que todo mundo já ouviu, é sempre a mesma coisa, fala e não faz. Igual homem casado quando traí e diz que vai mudar.
- tá bom! - Falei um pouco alto. - eu já entendi.
- eu me arrependo, minha filha. - ele falou embolando as palavras.
- por favor, sai do meu quarto?
- não acredita em mim Cath? eu juro que me arrependo! me perdoa?
- por favor. - repeti.
- para com esse processo, eu sou seu pai! você me deve respeito. - aos poucos, ele veio se aproximando, o tom de voz foi mudando.
Enfiei a mão na gaveta que ficava ao lado da minha cama e peguei uma faca que eu tinha deixado ali a pedido de Vinnie.
- não se aproxima.
- vai matar o seu próprio pai?
- você espancou sua própria filha! sai do meu quarto.
Ele estava bêbado, o cheiro de álcool pelo quarto me enojava.
- SAI DO MEU QUARTO, AGORA! - Gritei, me levantando.
- você nasceu pra me obedecer, Catherine. E infelizmente você não tem a opção de não querer.
- sai da merda desse quarto.
Ele me olhou uma última vez e saiu, batendo a porta.
Assim que ele saiu, não demorou muito pra eu lembrar que Vinnie ouviu tudo isso.
- tudo bem? - Ele falou, assim que abri a porta.
- tudo.
- que porra foi essa?
- se eu soubesse...
ᚔᚔᚔ
dois dias depois.
Entrei na casa sendo recebida por beijos e abraços de Maria.
Eu amo essa mulher.
- essa casa ficou tão triste sem você aqui, Cath! já estava morrendo de saudades de fofocar contigo.
- ah Mary, você nem imagina como essa semana passou devagar pra mim, parecia um mês! - ri, abraçando ela.
- vem, entra.
Entrei sentindo aquela energia gostosa que essa casa exalava.
Eu e Vinnie tínhamos conversado sobre contar o que estava rolando pra Maria, ele não gostava de esconder as coisas dela, e eu já confiava muito na mesma pra contar qualquer coisa.
Tudo bem que, a gente já desconfiava que ela sabia de tudo, nunca fizemos muita questão de esconder também. Mas se ela já sabe, por que não oficializar?
Tem um pouco mais de dois meses que estamos nisso de ficar apenas um com o outro.
Reggie me recebeu com um abraço também, já a namorada dele nem levantou, continuou sentada no sofá me olhando com carinha de nojo.
Eu mal lembrava o nome dela.
Maria me puxou pra cozinha, me chamando pra tomar café.
- me conta como foi! - ela pediu, colocando café em uma xícara pra mim, pra ela e pra Vinnie que estava atrás de mim.
Sentei na cadeira e comecei a descrever tudo que aconteceu nos últimos dias.
Maria começou a rir quando eu disse que meu pai me pediu desculpas, e óbvio que eu ri junto.
- eu já vou indo, tchau tchau sogra. - a namorada do Reggie deu um beijo na cabeça da Maria.
- não vai dormir aqui hoje? Pensei em fazer uma noite de filmes.
Maria é uma sogra incrível.
A garota olhou pra mim e depois pra Vinnie.
- fica amor. - Reggie disse.
Ela pensou um pouco e perguntou se aqui tinha alguma roupa dela, Reggie negou.
- se quiser, posso te emprestar, meu guarda roupa inteiro está aqui.
Não queria cria uma rivalidade boba com ela, principalmente pelo fato de que ela entrou na família antes de mim. Acho desnecessário.
- tudo bem. - ela respondeu depois de um tempo.
Voltei a tomar meu café tranquilamente enquanto eles subiram para o quarto.
- mãe! - Vinnie chamou a atenção da mulher sentada na minha frente. - a Cath quer te contar uma coisa. - ele me cutucou.
- eu e você queremos. - corrigi, cutucando ele de volta.
- o que gente?
- estamos juntos. - Hacker falou rápido.
- vocês estão o que?
- a gente tá junto, Mary. Tipo juntos, juntos. Não sei explicar isso.
- vocês estão namorando? - ela sorriu.
- não porque a sua favorita aí só me enrola.
- você nunca me pediu! - virei pra ele.
- namora comigo então?
- que pedido frouxo, tá vendo né, Mary?
- pede a menina em namoro direito, Vincent!
Ele levantou e afastou a cadeira, se ajoelhando em uma perna no chão. Hacker tirou um dos anéis que ele usava no dedo e segurou.
- me deixa namorar você, deusa da minha vida?
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