Divórcio - Siyoon

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Heyoon Jeong pov’s

Estava terminando de fazer o café da manhã quando escuto passos e resmungos. Olhei para as escadas vendo Sina descer e caminhar até a cozinha. Ela tinha a mão na testa, os olhos entreabertos e o rosto marcado.

— Que inferno — murmurava.

— Bom dia, flor do dia. — Ela me olhou culpada. — Dor? — Assentiu. — Senta e come algo, depois você toma um remédio. — Entreguei uma aspirina para ela.

Ela sentou na cadeira e olhou a mesa, depois me olhou e encolheu os ombros. Sentei junto dela, passando geléia no pão e enchendo uma xícara de café e depois com leite misturando em seguida. Sina ainda me olhava.

— Come, meu bem — falei calma e ela suspirou.

Ela pegou um pão francês e cortou, passando manteiga e fechando novamente. Colocou suco em um copo e logo começou a comer. Ficamos em silêncio, apenas comendo e às vezes nos encarando.

Quando acabou, a loira foi até o filtro e encheu um copo de água, tomando o remédio. Voltou para perto e se sentou no mesmo lugar, apoiando o rosto nas mãos.

— Perdão.

— Por que bebeu? — perguntei tirando as coisas da mesa e organizando tudo.

— Ham... — Piscou algumas vezes. — Sua mãe me ligou. — Encarei ela confusa. — Disse que você tinha falado com ela e que estava esperando um momento certo para falar comigo sobre a guarda de Andrew. Eu fiquei confusa, porque até onde eu sabia, estávamos caminhando para ficar bem... Não era? — Assenti. — Ela afirmou que você tinha ido atrás do divórcio e me enviou umas fotos dos papéis. Disse que eu tinha perdido a família e que eu havia destruído mais uma família. Eu fui te mandar mensagem, mas vi que você não estava em casa, tinha saído com um pessoal, postou uma foto com uma mulher e continuava sem a aliança. Desisti de te mandar mensagem. — Deu de ombros. — Eu saí pra esfriar a cabeça, mas parei logo ali...

— Espera aí, Sina — cortei ela. — Eu entendo minha mãe ter mentido para você e você ter acreditado, entendo que você ficou abatida por ela ter falado que você destruiu outra família. Mas agora, o que tem a ver eu estar fora com alguns amigos?

— Não tem problema algum. Foi apenas mais uma prova de que sua mãe estava certa, aí eu jurei que era verdade... Afinal, você falou com ela?

— Não, jamais falaria com ela sobre isso. E eu não agiria pelas suas costas! E você deveria saber disso.

— Não sabia que iria sair — desconversou e eu estreitei os olhos para ela.

— Eu não te devo satisfações!

— Percebi.

— Eu saio de casa quase uma da manhã, atrás de você porque você me mandou mensagem bêbada, nem sabia onde estava, te trouxe para casa e ainda te ajudei, deixei você dormir comigo e ainda estou aqui. E agora você quer ficar brava porque eu saí com alguns amigos? E nem são amigos, são o pessoal que estava gravando comigo! Você sequer sabe que eu estava gravando um filme importante onde eu era a protagonista? — Ela ficou em silêncio. — Sabe que eu encerrei as gravações ontem? — Ela continuou em silêncio. — Você não tem moral para vir me pedir satisfações se você não sabe o que está acontecendo na minha vida!

Sina colocou o rosto nas mãos suspirando nervosa. Neguei com a cabeça e voltei a arrumar as coisas. Passei por ela e subi para o meu quarto, onde eu troquei de roupa e arrumei a cama. Eu havia mandado mensagem para Alex, dizendo que iria buscar Andrew, ela insistiu tanto para eu almoçar lá que eu acabei aceitando, por causa do pequeno, que estava gritando no fundo para eu ir.

— Heyoon. — A voz de Sina ecoou no quarto.

— Ainda está aqui?

— Para sua infelicidade, sim. — Se aproximou. — Pode me ouvir?

— Não, não posso. Se possível eu gostaria que você fosse embora.

— Não, eu não vou — disse firme. — Eu preciso que me escute. — Suspirei sentando na ponta da cama. — Por favor, vamos conversar. Primeiro eu quero pedir desculpas, por ter pensado que você faria algo sem me falar, por ter agido desse jeito e por ter te mandado mensagem, se eu estivesse consciente eu não iria te perturbar.

— Não queria que parecesse que você não deveria me chamar, Sina.

— Não é esse o ponto. — Revirei os olhos. — Mas eu realmente estou exausta mentalmente.

— Algo em comum nós temos.

— São mais de cinco meses nisso. Eu só preciso saber de uma coisa. — Ficou em minha frente, agachada. — Olhe em meus olhos e me responda — encarei seus olhos, que eram os mais lindos desse mundo —, você quer assinar o divórcio ou voltar comigo?

Abri a boca um pouco. Eu não queria dar essa resposta agora. Não, agora não. Não era a hora. Muito menos depois dessa pressão toda. Dizer algo agora seria precipitado, e eu odiava tomar decisões precipitadas.

No momento que eu aceitei seu pedido de casamento foi quando eu coloquei na cabeça que eu queria estar com ela, queria formar uma família, queria estar ajudando sempre, disposta a tentar a conquistá-la todos os dias. Quando essas brigas frequentes começaram e decidimos terminar, foi uma decisão precipitada. Afinal, foi do nada.

Foi literalmente muito cedo para falarmos disso. Não conversamos e apenas desistimos. E isso não era o certo. Deixar um amor como esse para trás por conta de brigas? Não somos assim! Sina e eu sempre fomos super maduras no nosso relacionamento e sempre estávamos tentando.

Foi em um momento de fraqueza das duas. Onde eu dei essa ideia absurda e ela concordou com essa ideia – novamente, absurda – e quando terminamos de fato, nenhuma teve a coragem de ir atrás.

Na verdade, eu estava odiando isso e queria me resolver com ela. Era horrível dizer que não estávamos mais juntas, mesmo que meu coração ainda estivesse com ela. Minha mente ainda estava nela. Meu corpo ainda implorava pelos seus toques, tanto de malícia quanto de carinho.

Nosso amor é puro e verdadeiro. Somos almas-gêmeas e isso está nítido. Quando contamos para quem nos conhecia, ninguém acreditou. Foi um choque enorme. A mídia parou por uns dias. Foi surreal.

Eu acho que foi um grande surto coletivo.

E eu não quero ficar longe dela. Mas eu não quero voltar como se nada tivesse acontecido, sem termos mesmo uma reconciliação.

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Oi, bão??

Gente... Não tive tempo de postar antes, me perdoem 😭

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