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Heyoon Jeong pov’s

Eu estava em casa, hoje não teria gravações e eu agradecia mentalmente por isso. Eu estava cheia de coisas para fazer em casa, precisava arrumar ela – que estava um caos –, precisava fazer a compra do mês, comprar algumas roupas para Andrew e passar no banco para sacar a pensão dele – se é que Sina depositou.

Nós nunca tivemos problemas com dinheiro, Sina veio de uma família rica – ótimo berço de ouro – e assim que nos casamos e eu engatei na minha profissão nossas condições melhoraram bastante. Ela é arquiteta e é a mais conhecida da região, além de ser herdeira da empresa do pai, que tem duas, uma de dança e outra de negócios, cada uma ficará para um de seus filhos; a de negócios para Sina e a de dança para seu irmão, Josh.

Lembro-me bem de quando íamos nos casar a briga que foi para decidirmos se seria separação total de bens ou parcial. Acabou sendo parcial e, atualmente, eu me arrependo. Agora eu não tenho nem a coragem de cobrar alguma coisa dela.

Depois de organizar tudo a casa e limpá-la, eu fui para o meu quarto, que era o único que restou, por ser o mais organizado. Arrumei poucas coisas que estavam fora do lugar e parti para o banheiro. Depois de lavar eu tomei um banho e fui me trocar.

Fiz minhas compras e passei no banco, depois na lotérica e fui para casa. Chegando lá eu fui arrumar as compras, mas, no meio da minha arrumação, a campainha tocou, me fazendo ter que parar.

— Oi — Sina falou assim que eu abri. — Atrapalho? — Neguei.

— Oi. O que faz aqui?

— Vim te fazer um pedido.

— Ih lá vem. — Ela revirou os olhos rindo. — Fala.

— Queria ficar com Andrew essa noite, amanhã, depois da escola, eu trago ele aqui.

— Pra que? — perguntei, um pouco recuada.

Eu não sou de negar isso, até porque Andrew adora ficar com Sina, mas hoje eu queria estar com meu filho. Eu sou uma pessoa sensível, tipo, muito. E hoje, em específico, queria o carinho do meu bebê, porque eu estou prestes a surtar com tudo que está acontecendo nos últimos meses e, por incrível que pareça, Andrew me ajuda. Ele não fala nada, mas sempre tá ali me abraçando e falando que me ama, mesmo nem sabendo o que está acontecendo.

— Te devo alguma coisa? — Fechei a cara e ela riu. — É brincadeira, mulher. Meus pais me chamaram para jantar lá e queria levar ele. — Suspirei. — Qual é, Heyoon, é só um dia. Não seja egoísta, vai.

Por mais que eu sabia que ela estava brincando nessa parte, eu me senti mal, porque eu realmente estava sendo egoísta se não deixasse.

— Tá bom.

— Ei, sabe que eu tô brincando. Eu vou entender se não quiser, eu marco outro dia com minha mãe, não tem problema.

— Não, tá tudo bem, pode levar ele. Quer pegar algumas roupas?

— Hum, pode ser. — Dei passagem para ela entrar.

Nós subimos para o quarto dele e eu deixei ela pegar, já que eu não fazia ideia se eles iriam sair para algum outro lugar. Logo descemos, ela agradeceu e foi embora. E eu voltei para os meus serviços.

Já eram dez da noite, eu tinha acabado tudo agora. Fiz apenas um pão integral com geleia e um suco, e essa foi minha janta. Estava sem vontade de comer e de fazer alguma coisa. Limpei o que eu sujei e subi para o meu quarto indo até o banheiro.

Me encarei pelo o espelho sentindo meu peito apertado, uma angústia enorme e uma vontade de chorar, enquanto eu era atingida por lembranças dolorosas.

Divórcio - SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora