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Heyoon Jeong pov's

Sina havia voltado para casa há um mês e pouco e parece que mudamos do inferno para o paraíso em pouquíssimo tempo. Andrew está muito mais animado e feliz, eu estou muito mais animada e feliz e Sina não está diferente.

Hoje faltava exato 1 semana para lançar "Por Lugares Incríveis" e eu estava ansiosa. Por incrível que pareça, minha esposa está animada também – o que é raro, pois ela é ciumenta e saber que eu faço par romântico deixa ela pilhada – e já tinha me perguntando como foi a experiência de gravar, me elogiado e dito que estava orgulhosa. Eu acho que depois de eu ter falado que ela não fazia ideia do que estava acontecendo na minha vida ela começou a se importar mais.

É, tudo mudou para melhor.

Estava terminando de fazer o café-da-manhã enquanto conversava com Andrew, que tinha acordado cedo e não parava de tagarelar no meu ouvido sobre sua longa noite de sono. Não que eu estava entediada e querendo que ele cale a boca, eu apenas estava sem mais respostas e apenas concordava com o que ele falava.

— Mamãe, você sabia que 1 mais 1 é 2? — Fez com os dedinhos e eu ri da mudança drástica de assunto.

— É mesmo? — Ele assentiu. — Quem te ensinou algo tão impressionante assim?

— A professora. — Eu ri baixo.

— Entendi.

Coloquei a jarra de suco na mesa e ouvi a campainha tocar. Franzi o cenho, tentando lembrar se eu tinha chamado alguém ou quem poderia ser esse horário, afinal, ainda eram 8 horas da manhã.

Deixei as coisas sobre a mesa e fui abrir a porta. Minha expressão de decepção ficou clara quando vi meus pais ali. Com todo respeito a eles – ou não –, mas as últimas pessoas que eu gostaria de ver estavam em minha frente.

— Oi, filha! — ele foi o primeiro a falar. — Sentimos saudades.

— Novidade — murmurei sendo abraçada pela minha mãe. — O que querem?

— Viemos ver você e Andrew. Ele está acordado? — minha mãe perguntou sorridente.

— Está — me permitir responder. — Iríamos tomar café agora, inclusive.

— Que ótimo! Chegamos no café da manhã! — Me segurei para não revirar os olhos.

— Seja educada e nos chame para entrar, Heyoon.

— Eu não quero que vocês entrem — falei baixo dando passagem.

— Obrigada! — ela falou sorridente.

Respirei fundo e fechei a porta, me virando e sorrindo ao ver minha mulher beijando a cabeça de meu filho e me olhando em seguida. Tive medo de sua expressão mudar quando ver meus pais, mas não, pelo contrário, ela apenas ignorou.

— Bom dia — falou educada. — Bom dia, meu amor.

— Bom dia, vida — falei caminhando até ela. — Dormiu bem? — perguntei baixo e ela assentiu selando nossos lábios.

— E você? — Balancei a cabeça em concordância.

— O que diabos é isso? — Jane perguntou inconformada. — Vocês não tinham se separado? Por Deus! E o divórcio?

— Nunca nos divorciamos, senhora Jeong. E, para a felicidade de vocês, estamos juntas! — Sina falou irônica e ela revirou os olhos assim como meu pai.

— Eu mereço! — esbravejou.

— Oi, vovó — Andrew falou cortando sua fala.

— Oi, meu netinho. — Beijou o rosto do menor. — Ei, que tal sair com a vovó e o vovô hoje?

— Eu ia sair com a mamãe — apontou para nós — para o parquinho.

— Vocês vão outro dia! Não é, Yoon? — Me olhou sorrindo.

— Não. Vamos sair hoje, eu, ele e Sina. — Sua expressão caiu.

— Você realmente só trouxe problemas para nossa família, Sina — meu progenitor falou com desprezo.

— Errado! Ela me salvou e me deu uma família de verdade — falei me aproximando deles. — Eu nem deveria ter deixado vocês entrarem. Dão licença, vamos tomar café para sairmos. — Abri a porta para eles saírem.

— Não me conformo com isso! — ele gritou andando até mim.

— Eu não me conformo que vocês ainda estão nessa! Passaram-se anos e vocês continuam dizendo que minha mulher estragou a família de vocês, que ela me desviou e que ela é a culpada por vocês não terem mais ninguém!! O que não é verdade, pois a culpa é toda de vocês! Vocês são arrogantes e babacas ao ponto de afastar tudo e todos de vocês. Pode ter certeza de que Andrew não vai continuar perto de vocês por muito tempo.

— Olha como fala, Heyoon! Me respeite que eu sou seu pai!

— Foda-se o que dizem que é. Vocês não são nada para mim nos tempos atuais e eu não me arrependo de ter saído da casa de vocês para viver feliz.

— Você é uma ingrata! Nós cuidamos de você, te acolhemos, demos casa, comida, estudos, ensinos, nunca te faltou nada!

— Faltou, ô se faltou! Faltou amor, carinho, respeito, compreensão. Faltou o básico de uma família. Bens materiais não é tudo. E eu encontrei alguém que me deu todo esse amor que eu precisava, todo esse carinho e respeito, que foi compreensível ao ponto de aguentar vocês falando merda e ainda continuar comigo até eu ter coragem de tomar a frente. Vocês têm é que agradecer que Sina sempre foi paciente e respeitosa, nunca aumentou o tom de voz com vocês, nunca falou mal ou xingou vocês, nunca fez nada de mal e sempre os trata com todo o respeito do mundo, mesmo vocês sendo dois babacas com ela! Vocês não são meus pais!! Saíam daqui e, por favor, não apareçam nunca mais, eu não irei me responsabilizar pelos meus atos se vocês aparecerem de novo para perturbar nossa vida.

Os olhares de repulsa e desprezo deles não me atingiram. Eles ficaram apenas me encarando, minha mãe iria dizer algo, mas o homem impediu-a, puxando a mulher para fora.

— Eu não sou obrigado a ouvir o que essa ingrata fala — falou, antes de bater a porta do carro e sair.

Eu estava encarando o chão e refletindo. Eu realmente estava no limite.

— Você foi ótima, prometo que se eles fazerem mais algum mal a você eu mesmo dou um jeito — Sina sussurrou me abraçando por trás.

— Eu te amo.

— Eu amo você. — Beijou meu rosto e fechou a porta. — Vamos comer?! E depois, passear!! — falou alto para Andrew ouvir que comemorou. Ele não estava prestando atenção na briga e eu agradeci por isso.

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Oi, bão fml??

Qualquer erro avisem aí, please :)
Votem e comentam pra ajudar a tia aqui tbm :)

Até mais hehe

Divórcio - SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora