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WILLQuando acordo, estou me sentindo completamente revigorado. Esfrego os olhos de forma calma e solto um suspiro alto. Yake se remexe ao meu lado, claramente acordado também.
- está com fome? - ele diz, levantando um pouco da cabeça. O cabelo escuro está muito bagunçado, e há algumas mechas enroladas nos chifres espiralados.
- hum... Não. Mas a gente deveria tomar um banho agora. - respondo, sentando na cama e observando seu belo e enorme corpo nu por alguns instantes. Com curiosidade, toco a ponta da sua cauda, surpreso pela maciez dos pêlos dali.
- sim. Acho que a água que coloquei nos cantis já deve estar quente o bastante para você tomar banho. - ele diz, antes de pular da cama também, me dando uma bela visão do seu traseiro musculoso.
- ainda não acredito que você usa neve para tomar banho. - também saio da cama e o sigo para fora da caverna, mas não sem antes enrolar o cobertor no corpo. Ele para assim que me vê o seguindo, franzindo as sobrancelhas grossas.
- para onde você vai?
- ajudar você. Ué. - dou de ombros, observando ele abrir e fechar a boca uma centena de vezes. Suas bochechas esquentam um pouco e ele abre um sorriso mais brilhante que o sol para mim, antes de assentir e continuar caminhando para fora.
Aperto o cobertor ao redor do corpo assim que coloco os pés fora da caverna e encaro a imensidão de neve ao nosso redor. A floresta fica lá embaixo, e está caindo pequenos flocos de neve, mas não o suficiente para ser uma tempestade ou algo do tipo.
- suas bolas vão congelar nesse frio. - aviso com um sorrisinho no rosto. Ele semicerra os olhos para mim, com diversão cruzando seu rosto anguloso.
- sério? Então por que meu parceiro não vem aqui esquenta-las para mim? - rebate, antes de soltar uma risadinha. Arregalo os olhos ao ouvir a provocação, quem diria que alienígenas conseguem ser sarcásticos assim?!
- ah é? Então deixa eu ajudar. - solto um grunhido baixinho, então abaixo-me e faço uma bola de neve, antes de arremessa-la diretamente na sua cara. Ela bate na sua testa e espatifa para todos os lados, deixando-o lá com os olhos Arregalados.
Yake pisca os olhos várias vezes para mim, fazendo a neve dos seus cílios caírem no chão. A gargalhada que sai de mim é rouca devido ao clima congelada, fazendo-o revirar os olhos.
- só não vou retribuir, porque você não aguentaria sequer uma das bolas de neve que eu jogaria. - diz ele, antes de se abaixar, pegar uma porção considerável de neve e começar a esfregar na pele. Mostro a língua para ele e vou até lá para ajudá-lo, pegando outro punhado de neve, mas dessa vez para passar em suas costas musculosas.
- pois saiba que eu sou muito forte. Aguentaria facilmente. - digo enquanto esfrego a sua pele azul.
- É muito bom saber disso. Então espero que "aguente facilmente" como diz quando eu tiver outra coisinha para você. - responde ele, lançando um sorriso animalesco para mim por cima dos ombros. Minhas bochechas começam a pegar fogo no exato segundo que interpreto o que ele quer dizer com isso, me fazendo soltar outro grunhido. Dou um beliscão na sua nuca, mas ele parece não se abalar nem um pouco com isso, já que continua sorrindo feito um maníaco para mim, mostrando as presas longas, brancas e afiadas.
Quando terminamos de tirar todo o vestígio de sujeira e do que fizemos antes da sua pele, nós dois voltamos para a caverna, onde tomo o meu próprio banho, com um Alienígena gostosão sentado ali na cama observando cada movimento meu.
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- será que eu posso cortar isso aqui? - pergunto para Yake um bom tempo depois, apontando para o cobertor de peles fofinha. A gente acabou de comer, e agora estamos apenas matando o tempo.
- claro. O que você quer fazer? - responde ele, me lançando um olhar de curiosidade.
- preciso de roupas. O meu pijama não é uma roupa muito adequada para o frio daqui. - explico para ele, que assente levemente com a cabeça e levanta de onde está sentado, antes de caminhar até a pilha de coisas no canto da caverna.
- acho que isso é seu. - Yake mostra a faca que roubei dos alienígenas reptilianos. Pego-a dele, e depois de muito tempo analisando o cobertor para saber que tipo de roupa vou fazer, começo a corta-lo com a ajuda do meu Alienígena enorme e prestativo.
Depois de algum tempo, a gente já picotou um cobertor inteirinho e fizemos uma espécie de tanga para mim (exatamente como a de Yake), um par de botas e uma capa grande com o que restou para me proteger do frio.
Visto minhas novas roupas com um sorriso no rosto. Se essa é minha nova vida, é melhor eu me acostumar com isso.
- Ei. Will. Deita aqui comigo. - Yake pede, indo em a cama. Retiro as botas e a capa, antes de ir até lá deitar ao seu lado.
- o que foi, Grandão? - pergunto, levantando o rosto para encará-lo.
- você... Pode me falar um pouco sobre você. Sobre antes de ter me encontrado?- suas bochechas ficam levemente mais azuladas. Me dou conta para ele que nunca expliquei nada para ele sobre mim, e mesmo assim ele me ajudou.
Solto um suspiro longo e começo a contar para ele tudo. Sobre minha vida na terra; sobre a fazenda dos meus avós; sobre o sequestro; a queda; absolutamente tudo.
Yake ouve tudo calmamente e faz algumas perguntas, me puxando contra ele com mais força e franzindo as sobrancelhas de vez em quando. Respondo todas as suas perguntas e continuo explicando da melhor maneira possível sobre como vim parar aqui.
A verdade é que eu estaria perdido se não fosse por ele. Não consigo imaginar o que faria, como conseguiria sobreviver nesse lugar se não tivesse caído naquela armadilha no primeiro dia.
Pelos sons estranhos que ouvi quando escureceu da última vez, há criaturas mostruosas vagando por aí, apenas esperando um humano bocó cair diretamente em suas garras. Não gosto nem de pensar nisso...
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Gente esse livro tá só aquele meme da garota dizendo "Caralho vai tomar no c* eu tô com muito frio. Por que? Porque eu só tenho roupa de piranha. Por que eu só tenho roupa de piranha? Por que eu sou, aí eu sofro nesse frio. Caralho froze, vai com calma sua quenga" kskksskk.
(Por favor me digam q não foi só eu que vi isso kskskskskks).⭐
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QUASAR [COMPLETO]
De TodoViver numa fazendazinha no interior do Alabama não é algo muito motivador, não é? Mas ser sequestrado por alienígenas, ver a nave em que você está preso praticamente despencar em queda livre na direção de um planeta totalmente desconhecido onde voc...