CAPÍTULO 13

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🪐🪐🪐
WILL


Os primeiros metros foram de uma completa escuridão, fazendo-me tremer de medo. Mas o breu ao nosso redor rapidamente se estingue quando a luz de várias tochas presas nas paredes nos alcançam.

- é um pouco mais seguro quando quem ver de fora acha que é apenas um buraco escuro. - Yake explica, fazendo-me assentir levemente contra o seu pescoço, não tendo coragem de perguntar de qual tipo de ser essa tática os protege.

- A-acho que consigo ir caminhando agora, Grandão.- digo, antes de dá um beijo estalado no seu ombro e pular das suas costas. Começo a andar cuidadosamente atrás dele, mesmo que não haja mais uma nevasca da qual ele precise me proteger.

A caverna fica mais larga para todos os lados, assim como a claridade. Há diversas tochas presas nas paredes e está tão claro agora quanto se estivéssemos num dia quente de verão. O teto também fica cada vez mais distante da gente, me fazendo perceber a série de corredores dispostos por todos os lados, aqui embaixo e lá em cima, como se houvesse diversos andares sobrepostos. É como se isso tudo fosse um gigante formigueiro.

Sigo Yake pelo maior e mais largo corredor. Nossos passos ecoam pelos túneis, assim como alguns sons e vozes distantes vindo do lugar para onde estamos Indo.

Depois de mais alguns passos, a primeira coisa que vejo são as enormes silhuetas azuis se movendo tranquilamente pelo novo 'cômodo', rindo e conversando alto. Yake para na entrada do túnel comigo logo atrás dele, antes de fazer tossir levemente, indicando que estamos aqui. O pequeno som que ecoa pelas paredes é o suficiente para que várias cabeças com chifres virem na nossa direção, focando aqueles olhos do mesmo tom de azul em Yake por alguns segundos, e depois em mim.

- Yake! Meu Filho.- Um alienígena absurdamente alto (assim como todos os outros) surge em meio ao pequeno grupo. Apesar de ser musculoso e ter os maiores chifres entre todos, o seu cabelo já é de um cinza claro e também já é perceptível algumas rugas nos cantos dos seus olhos. Pelo maxilar quadrado e o formato do rosto, ele claramente é o pai de Yake.

- Pai.- o grandalhão ao meu lado diz, dando um curto aceno de cabeça e um pequeno sorriso para o outro, antes de passar um braço pelos meus ombros e me puxar para frente. O olhar do pai dele recai sobre mim, onde permanece por algum tempo.

- Quem é ele? o QUE é ele? - não há arrogância na sua voz, apesar dele está franzindo as sobrancelhas grossas (idênticas a do filho) e esperar a resposta de braços cruzados. Curiosidade brota no rosto da maioria dos outros, que se aproximam para me ver mais de perto.

- esse é Will. Meu parceiro. - o sorriso que surge no rosto de yake é tão grande e brilhante que poderia iluminar um planeta inteirinho. Isso me faz abrir um pequeno sorriso também, me aproximando um pouco mais dele e tentando não encarar ninguém diretamente nos olhos.

Um pequeno alvoroço começa entre os alienígenas. Dois caras fortões se aproximam de Yake e o da frente pergunta:

- há mais deles?? - o cara pergunta com sangue nos olhos, sem desgrudar os olhos de mim e claramente interessado em ter um parceiro também. Lembro-me do que yake disse sobre ter bem menos mulheres do que homens.

- Não. Meu Will é o único. - ele responde, antes de dá um passo para trás e me puxar também, colocando um pouco mais de distância entre os dois caras. O outro que permaneceu em silêncio tem cicatrizes enormes cobrindo boa parte do seu peitoral e rosto, Além de ter um chifre quebrado.

Decepção cruza o rosto de ambos, que encolhem um pouco os ombros e voltam para o pequeno grupo. Faço uma conta rápida e percebo que são são apenas 18 deles espalhados pela caverna espaçosa (contando com yake). 9 homens, 6 mulheres e 3 crianças (incluindo um bebezinho azul que está no colo de uma das mulheres).

QUASAR [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora