Always - Vol. 1 (Drarry +18)

"Prólogo"

~~~°~~~

🌈⃝⃒⃤  Espero que gostem dessa reescrita! O título dos capítulos provavelmente irá mudar.

~~~°~~~

Por Harry Potter

O Ron estava me deixando maluco, acabou de sair daqui bradando furioso que eu estava traindo a irmã dele. Mas será que esse cabeça de vento não vê que eu e Ginny não estamos mais dando certo, e que era ela quem estava com outra pessoa?

"Foda-se. Não é como se minha vida não fosse um constante tédio e tragédia.", entrei em um bar trouxa depois que vi que meu horário de serviço havia acabado. E me sentei sentindo o rosto quente de ódio.

— O que vai querer, senhor? — uma garçonete, loira alta e bonita, parou em minha frente com um sorriso largo e um guardanapo no ombro.

— Whisky. — me policiei para não dizer FireWhisk, ela me entregou com agilidade — Obrigado.

Enquanto rodeava o dedo na borda do corpo me senti um pouco perdido, sozinho, sem propósito nenhum a não ser ficar bêbado e ir para casa. "Eu estava mais sozinho do que nunca." Respirei fundo para não começar a chorar.

Havia uma cacofonia desagradável em meus ouvidos, talheres batendo, copos, tilintares, pessoas rindo, bebendo... "calmaria, eu quero calmaria." E por um segundo, um único segundo, eu quis saber onde estava...

— Harry? — escutei uma voz masculina me chamar, era grossa demais para ser do Ron. Virei-me para trás e vi um homem alto, parrudo, e familiar — Graças a Deus achei você.

Faziam tantos anos que eu não via Duda, ele estava mais forte e menos gordo. E parecia eufórico. Apertado em seu terno que aparentemente era de um número menor que o seu.

— Duda? O que faz aqui? — perguntei virando o banquinho do bar em sua direção, ele se sentou em minha frente ofegando — Você está bem?

— Sim, estou mais ou menos bem. Precisava urgentemente falar com você. — Duda segurava nas mãos duas folhas de papel e estava tremendo — Você está bem de saúde? Porque eu tenho uma notícia e não quero correr o risco de enfartar você.

"E o que a porra da minha saúde tem a ver com isso?" Pensei enquanto fazia um gesto para que ele continuasse falando, devia admitir que ele havia atiçado minha curiosidade. Duda respirou fundo e abotoou o colarinho, seu pescoço enorme estava vermelho, parecia ter corrido uma maratona.

— Tenho que te contar uma coisa — disparou, eu esperei bebendo mais um pouco de Whisky — Harry, eu sou assistente social... tire esse sorriso cínico da cara. — retorquiu me vendo abrir ainda mais o sorriso debochado — E estou cuidando de um caso no Norte do país, a um ano acharam uma moça que fazia as coisas desaparecerem e aparecerem, paredes do hospital tremiam quando ela chorava e vidros começaram a quebrar...

Seu olhar era significativo, ele estava se referindo a uma bruxa, por mais interessado que tivesse ficado ainda não entendi o que exatamente tinha a ver com isso.

— Ok, hã, você precisa de ajuda com ela? É isso? — ofereci, pois nunca na vida havia visto Duda tão nervoso — Se for da minha jurisdição-...

— Não — ele me interrompeu imediatamente — A moça morreu depois de dar a luz a uma garotinha, e é aí que você entra.

Ele me estendeu a carta, peguei-a sentindo a textura do papel entre meus dedos, abri e percebi a caligrafia trêmula, porém, elegante. Ao olhar as palavras ali escritas, minha reação natural foi começar a rir. "Esse bebê é filho de Harry James Potter", isso só podia ser uma piada.