Always - Vol. 1 (Drarry +18)

"Papa!"

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🌈⃝⃒⃤  Espero que gostem do capítulo!

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Por Harry Potter

Ao sair do hospital, eu finalmente pude respirar, de dentro do bolso da jaqueta tirei a capa da invisibilidade e joguei sobre mim e minha filha. Ela ainda estava dormindo, efeitos do soro de nutrição. Esperava que desse para desaparatar.

— Não passe mal, meu bebê. Prometo que vai passar logo. — entrei em um beco e segurando a... - preciso dar um nome a ela -, desapareci.

Aparatei em frente a Toca, parecia calma, a essa hora todos deviam estar trabalhando, minha filha se mexeu no meu colo e abriu minimamente os olhinhos esfregando a mão nas pálpebras.

— Olha querida, essa é a Toca. — disse baixinho em aproximando da árvore, havia alguém sentado no balanço, lindos cabelos ruivos voavam com o vento e o semblante abatido. Fiquei perto, mas ela não me viu — Ginny?

Ela levantou o rosto rapidamente e olhou para mim, seus olhos estavam molhados e vermelhos.

— Harry? Como chegou aqui? — disse surpresa sem deixar os olhos correrem para a garotinha em meus braços.

— Do jeito tradicional, desaparatei — dei de ombros, tentei dar um sorriso mas ela não retribuiu — Posso me sentar com você?

De má vontade ela me deu espaço, me sentei enviesado para olhar para ela, mas Ginny não queria olhar na minha cara.

— Eu ia vir mais tarde, para poder explicar tudo a todo mundo ao mesmo tempo, mas tive esperança de que você estivesse sozinha aqui.

— Não estou sozinha. — rebateu ríspida.

— Ok, mas será que pode pelo menos olhar para mim? Eu quero explicar. — perguntei, estava ficando nervoso com tudo isso. Minha filha se mexeu e ficou brincando com os meus dedos. Às vezes ela me mordia. Ou tentava.

— Eu quero que você explique, mas não quero que seja agora — disparou, finalmente olhou nos meus olhos e deixou os ombros caírem — Você me assustou! Assustou todos nós! Mamãe chorou como se tivesse perdido um filho! Ron parou até de comer e mal dormia. E eu... não sabia o que me angustiava mais: não saber onde você estava ou com quem estava.

Rolei meus olhos respirando fundo, não queria começar uma briga.

— Ainda com essa ideia fixa de que eu te traí? — o tédio na minha voz era palpável, lá íamos nós de novo.

— Você está segurando uma filha que não fui eu que pari, então se quiser explicar somente essa parte por enquanto, agradeço. — ela cruzou os braços.

— Ela tem um ano de idade, exatamente um ano e dois dias. Que eu saiba, na época em que ela foi concebida nós não estávamos juntos por causa daquela sua dúvida quanto a uma certa loira platinada.

Engoli seco com minhas próprias palavras, foi a minha vez de pensar em um loiro platinado, e um arrepio forte me percorreu na espinha, o gosto da boca dele ainda presente na membrana da memória... o toque suave das mãos...  "Harry, pelo amor de Deus, foca!"

— Nossa, é que... ela parece tão novinha. — Ginny assumiu um tom de vermelho muito fofo — Então, ela...

— Não é fruto de um chifre seu. — completei, ela não aguentou e riu. Como eu tive saudade dessa risada.

— Não sei porque, talvez seja um ego enorme, mas estou aliviada. E ao mesmo tempo me sentindo muito babaca. Eu deveria estar preocupada com você.

— Preocupada por quê? — eu quis saber.