Always - Vol. 1 (Drarry +18)

"Eu te amo, Harry"

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🌈⃝⃒⃤  Espero que gostem do capítulo!

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Por Harry Potter

Minha mente estava perdida, dividida entre desmaiar sem forças no chão e sair correndo na direção das crianças. "A espada, como?" Só poderia ser possível se ela estivesse fragilizada.

"Já sei o que fazer!"

— Volto já. — decretei dando as costas para as outras sete pessoas ali presentes e descendo as escadas intermináveis das masmorras.

Os alunos estavam começando a encher os corredores mas foram poucos os que me viram entrando na gárgula. Meu sistema nervoso todinho estava tendo um colapso, se já era hora do café da manhã a professora Minerva já devia estar no salão principal.

Adentrei a sala com certa ânsia, sem saber ao certo o que procurar.

— Se sente perdido, Harry? — a voz dele tocou-me os ouvidos e então vi seus olhos azuis brilharem atrás dos oclinhos meia lua — Sinto muito pela pequena MJ...

— Não diga que sente muito, professor. — interrompi grosseiramente — Se disser parece que ela vai morrer e eu não vou deixar isso acontecer.

— Sim, claro. — ele cedeu olhando em volta — Se está procurando alguma coisa talvez eu possa ajudar.

Me dirigi ao armário onde geralmente ficava o chapéu seletor e coloquei minha mão em seu interior como última opção, nada. Não havia nada ali. Meu chão desprendeu-se dos pés e eu cambaleei para trás caindo sentado. O professor se levantou mas não veio até mim, ficando a uma distância segura, pois eu poderia me esquecer de seu estado fantasmagórico e tentar me escorar nele.

— Harry? Respire garoto. O que descobriu? — perguntou curioso e preocupado.

— A espada, é uma Horcruxe. — o vi arregalar os olhos e respirar fundo — Ele conseguiu as quatro relíquias dos fundadores. Não sei como, mas se as crianças tocarem na lâmina, Voldemort vai voltar e eu não vou poder fazer nada.

Apoiei minhas mãos nos joelhos e senti a porcaria do mundo parar de girar. "Pensa, Harry!"

— Como destruir uma Horcruxe sendo que ela é a única coisa que pode se destruir? — perguntei mais para mim do que para ele, mas Dumbledore fez um som de concordância como se estivesse pensando — Professor?

— Sabe, a decomposição dos Basiliscos demora muito. — comentou alisando a longa barba.

Eu entendi que deveria voltar à câmara secreta, mas fiquei paralisado olhando para o chão enquanto o chapéu parecia dormir em minhas mãos.

— Harry? Meu rapaz, sei que parece o fim do mundo.

— É a minha filha. — balbuciei condenando meus olhos traidores por formarem lágrimas tão grossas que não se detiveram na borda dos óculos — Ela só tem cinco anos, nenhum talento excepcional de magia. Ela vive no mundo dos unicórnios, MJ não tem força pra aguentar tanto medo.

— Tem sim. — disse calmamente com um sorriso acolhedor.

— Por que diz isso? — ergui o olhar para ele, que agora flutuava pela sala vindo em minha direção.

— Porque é sua filha.

Será possível que MJ aguente tudo isso? Da forma que eu aguentei? Uma pontada de esperança me invadiu e então eu soltei o chapéu em cima da mesa. Sei que Dumbledore me daria um tapinha no ombro se pudesse. Atrás de nós a porta se abriu, esperei que a voz de Hermione irrompesse, mas o professor sorriu e se afastou de mim gradativamente.