"Entre mortos e feridos"

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🌈⃝⃒⃤  Espero que gostem do capítulo!

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Por Draco Malfoy

Com a mão dele segurando a minha, tive certeza de que isso não era um sonho fodido, era a pura realidade: eu e o amor da minha vida estávamos indo ao encontro do bruxo mais perigoso que já existiu em nosso tempo e iríamos lutar com ele até a morte de alguém.

Harry não me soltava por nada, e isso me deu um pouco de segurança.

— Ora, ora... vocês são um casal incomum. — a voz fria dele irrompeu daquela fumaça preta e verde que nos rondava. Ergui a varinha para frente — Draco Malfoy... sabia que você era fraco mas não a ponto de se aproveitar de um moleque fragilizado.

Meus dentes rangeram fazendo um barulho irritante. Apertei o cabo da varinha, e a mão de Harry que estava costas com costas comigo.

— Por que não aparece e veremos o quanto você está fragilizado, Tom? — Harry desafiou com a voz firme e cheia de ódio. Foi fofo perceber que ele estava me defendendo.

Voldemort riu, e um vulto passou ao nosso lado, atacamos juntos e uma pedra explodiu em milhões de pedaços. A poeira tomou conta da visão, nós tossimos com as impurezas que invadiram nossas respirações.

— Eu, fragilizado? Estou mais forte do que nunca, Potter! O sangue do pequeno Scorpius faz milagre.

Rugi em minha garganta e quis tirar cada membro seu com minhas próprias mãos. Um ataque violento veio de cima bem em nosso meio, nos jogamos para frente separando nossas mãos.

Era um duplo duelo, Voldemort atacava nós dois ao mesmo tempo do centro, eu e Harry defendíamos das pontas. E por incrível que pudesse parecer: a luta estava parelha.

Um corte fundo apareceu em minha barriga e eu me abaixei diminuindo minha proteção. Voldemort me ergueu e jogou-me para trás, minha varinha caiu entre meus dedos e me vi desarmado.

Minhas costas doeram quando bateram em um pedregulho, ao meu lado, algo muito bem polido brilhou, a espada. Harry estava tentando alcançar sua varinha em meio a todo o terreno irregular, só então notei que ele também foi jogado para trás. Estiquei a mão que não tentava estancar a hemorragia o máximo que pude mas dos céus irromperam dois jatos de luz roxa, ergui as mãos para cima e gritei: — Protego!

Um campo muito maior do que eu estava acostumado a fazer se projetou em cima de mim, a magia canalizada estava saindo das palmas de minhas mãos e não da ponta da varinha, mesmo que distante como já estava acostumado.

Era a magia sem varinha mais foda que eu já tinha feito.

O ataque cessou quando Harry atacou um vulto ao lado e Voldemort se fez presente jogado no chão a poucos metros de nós. Harry estava mais perto dele do que eu e essa foi a pior posição em que ele poderia se colocar. Voldemort ergueu a mão e uma enorme rocha voou em direção ao peito de meu namorado, o campo de proteção ainda em minha volta se enrolou em Harry e o casebre de madeira atrás dele explodiu com a força de seu corpo.

Eu o procurei, mas ele não se levantou. Com o sangue pingando do corte quase cicatrizado com meu feitiço não verbal tentei levantar-me para procurá-lo. Feixes de tecido preto se amarraram em meu corpo, Voldemort havia me cercado pelas pernas, pelos braços e o pescoço, as amarras ficaram quentes como se ele quisesse me cozinhar.

O lorde fez-se visível e chegou bem perto de mim, eu via meu medo em seus olhos.

— Quem diria que você seria o último de pé? — debochou com nojo escorrendo de suas palavras.

Always - Vol. 1 (Drarry +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora