Cole Sprouse
Antes que Lili pudesse vir para ficar em Malibu comigo, eu entrei em contato com um antigo amigo meu que era hacker. Depois que Ben me contou que encontrou a Lili através da minha mãe eu tive certeza de que algo podre estava acontecendo e que talvez Melanie estivesse escondendo isso em seu celular ou notebook.
O sistema de proteção do notebook da minha mãe era muito bom, então o hacker estava demorando a conseguir invadir. Isso poderia levar dias, então enquanto isso eu deveria apenas deixar as coisas seguirem normalmente.
Lili e eu fomos até a praia à noite e sentamos na areia sobre uma canga de praia. Estava um tanto quanto frio, então tivemos que utilizar casacos para suportar o vento. Como se fosse possível, Lili parecia ainda mais linda sob a luz da lua e eu agradeci aos céus mentalmente pela centésima vez por ter feito aquela cirurgia e poder olhar para ela agora. Enquanto ainda a encarava, ela olhou de volta para mim e sorriu fraco.
"Você teve medo?" — perguntou em linguagem de sinais.
— Medo de que?
"De fazer a cirurgia."
Ela estava lendo meus pensamentos?
— Não. — neguei com a cabeça. — É claro que toda cirurgia tem um risco, mas eu não me preocupei muito. O máximo que poderia acontecer era não dar certo e eu continuar cego.
Ela assentiu.
— Nunca tentou fazer uma cirurgia para recuperar a sua voz? — eu gostava de colocá-la contra a parede com essas perguntas, mas ela era boa em contorna-las.
Lili negou com a cabeça.
— Você não quer poder falar um dia?
Quando fiz a pergunta, ela desviou o olhar e enfiou os dedos da mão na areia. Consegui deixá-la nervosa?
— Não precisamos falar sobre isso se você não quiser. — eu disse.
"Obrigada." — sorriu.
— Ei, olha ali! — apontei para o céu onde um rastro havia acabado de passar. — A chuva de meteoros vai começar.
"Faz um D." — ela parou de sinalizar e pareceu ter dificuldade para lembrar da palavra que começava com D.
— Um desejo? — completei ao mesmo tempo em que mostrava como era a palavra em libras. — Ok, vejamos... — fechei os meus olhos e pensei em nós dois bem e confiantes, abertos um com o outro para qualquer coisa. — Não que eu acredite muito em estrelas cadentes, mas vale tentar. Pede algo também.
Lili fechou os olhos por alguns instantes e depois tornou a abri-los.
— O que você pediu?
"Não posso dizer."
— Por favor! — juntei as mãos em súplica.
Ela olhou para mim com diversão e negou com a cabeça.
— Talvez eu tenha que arrancar de você. — ergui minhas mãos na direção dela e então comecei a fazer cócegas em sua barriga.
Lili ficou vermelha, me empurrou e mordeu os lábios, mas não emitiu nenhum som. Eu pediria a ela para me ensinar a ter tanto autocontrole quando colocássemos tudo às claras.
Parei com as cócegas quando ela se deitou sobre a canga. Fiquei sobre ela, apoiando minhas mãos nas laterais de seu corpo. Nos encaramos até ela desviar os olhos para o céu e começar a sinalizar para que eu olhasse para lá. Deitei ao lado dela e então começamos a assistir à chuva de meteoros. Em dado momento, eu tive que ver as expressões no rosto dela. Lili parecia encantada. Quando notou que eu a olhava, virou o rosto para mim e franziu levemente a testa. Imaginei no que ela estava pensando.
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Your Skin ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ
FanfictionVizinhos são sempre inconvenientes e lidar com eles é uma tarefa impossível, então Lili preferia apenas ignorá-los. Essa regra muda completamente quando ela precisa reclamar do barulho que seu novo vizinho de cima está fazendo às sete da manhã de um...