capítulo 1

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isso precisa dar certo. estou entrando de cabeça!

Des Moines, Iowa — Estados unidos
14:00 P.M

aos 18 anos me me mudei para a casa dos meus tios no exterior, em busca de oportunidade de emprego.

no Brasil, as vagas de emprego na minha área de formação (moda) eram quase inexistentes, então resolvi aproveitar meu último recurso que tinha, indo pra outro país.

meu avião havia chegado ao meio-dia e logo após deixar minhas coisas na casa deles, resolvi almoçar e providenciar o meu emprego.

realmente detesto a ideia de depender de outras pessoas, ainda mais sendo maior de idade, então montei meu currículo e os posters sobre meu trabalho, e sai para entregar nos lugares na cara e na coragem.

o ramo da moda realmente não é algo fácil. mas acima de tudo, eu sentia que essa era a minha área. desde criança fui muito criativa e gostava de desenhar, principalmente roupas para as minhas bonecas barbies. eu nasci pra isso!

meus tios desde o início disseram que eu não precisava me esforçar demais, que não se importavam em cuidar de mim e pagar as coisas que eu preciso, mas eu não consigo. sou muito grata pela bondade deles, porém eu quero conquistar as minhas coisas, não quero dar trabalho a eles.

depois de um longo dia distribuindo currículos e colando posters em posts e algumas paredes, decidi voltar para casa e descansar.

tomei aquele banho quente e demorado, que fez todos os meus músculos relaxarem aos poucos. me sequei, vesti roupas de frio e jantei. me joguei na cama completamente cansada, e acabei dormindo sem perceber.

algumas semanas se passaram, apesar de não ter recebido mensagens ou ligações referentes ao meu trabalho eu não desanimei. continuei espalhando meus panfletos pela cidade e entregando currículos por aí.

[...]
[TOQUE DE CELULAR]

fui acordada de repente no meio da madrugada com um número desconhecido me ligando. achei super estranho.

— alô? - mesmo com receio, eu atendi.

— alô! é a lisa? - disse uma voz masculina.

— sim, é ela.

— eu vi um dos seus posters espalhadas por aí e pensei que você poderia ajudar a minha banda com os figurinos. o que acha?

— me ligando a essa hora? é algum tipo de golpe? vai me matar e jogar num rio??? eu não vou cair nessa!

— pode ficar tranquila! - disse o homem aos risos.
— faço questão de te encontrar num lugar movimentado e conversar com você direitinho pra que não haja mais desconfiança. onde seria melhor para você?

— ** endereço **, as 14:00. tudo bem?

— combinado! te vejo lá, tenha uma boa noite!

— você também.

a ansiedade veio com tudo. será que é algo seguro de verdade? será que eu vou ser assassinada? será que eu devo me empolgar com isso?

apesar das grandes dúvidas, fiquei feliz que meu plano havia dado certo e torci para que essa oportunidade fosse algo real.

no dia seguinte acordei bem cedinho para me arrumar. após tomar banho, lavar e escovar o cabelo, vesti uma camisa preta do linkin park, uma calça preta skinny e coloquei um casaco de couro preta por cima. passei maquiagem, usei um perfume leve e coloquei meus acessórios.

numa bolsa eu coloquei meus documentos, dinheiro, cartão de crédito e uma mini canivete (só por garantia) e fui de encontro com o cara misterioso que tem uma banda.

ao chegar, avistei um homem sentado numa mesa, ele tinha mais ou menos 1.70 de altura, branco e loiro, com um pescoço incrivelmente largo.

será que é aquele homem ali?

Little Rockstar | [JOEY JORDISON]Onde histórias criam vida. Descubra agora