capítulo 3

805 73 28
                                    

a entrevista havia começado e eu estava por trás das câmeras, observando. os meninos eram muito engraçados e violentos, estava me divertindo muito. mas houve um momento extremamente desconfortável, mas eu fiz absolutamente tudo para manter a postura e fingir que aquilo não me irritou, e ainda assim eles tinham percebido.

a entrevistadores dava investidas românticas no Joey o tempo inteiro de forma descarada. ele também parecia não estar curtindo isso, o que me aliviou de certa forma. mais ou menos 30 minutos depois a entrevista acabou. ter que ouvir aquela mulher dizendo coisas muito escrotas para o Joey foi um trampo do caralho. sinceramente, ali eu percebi como eu consigo controlar minha raiva e isso me deixou orgulhosa.

quando as câmeras foram desligadas e eles vieram para perto de mim, fiz questão de beijar o Joey na frente dela. o jeito que ela me olhou, toda constrangida percebendo a besteira que fez, me satisfez bastante.

— eu vi a hora de você arrancar a cabeça dela. - disse Mick.

— mas você me ajudaria a esconder o corpo dela né? - falei juntando as mãos como se estivesse implorando.

— conte comigo. - disse Mick.

— ótimo. - falei rindo.

— vocês me dão medo. - disse James.

— não sabia que você sentia ciúmes de mim. - disse Joey, se sentindo vitorioso.

— cala a boca, Jordison. - falei dando um tapinha no ombro dele, fazendo o mesmo rir.

alguns minutos após terminar a entrevista, vejo Corey muito inquieto ao telefone. automaticamente lembrei da situação tóxica que ele estava com sua atual esposa e me preocupei. me aproximei discretamente enquanto esperava o mesmo terminar a chamada.

— mas que porra ela tem na cabeça... tá, só trás ele logo pra cá. - disse ele muito estressado, desligando o telefone.

— tá tudo bem, Corey? - falei colocando minha mão em seu ombro.

— ela passou de todos os limites hoje.

— você quer conversar?

— ela simplesmente achou que era uma boa ideia beber enquanto cuidava do Griffin e desmaiou. a empregada encontrou ela no sofá e meu filho ao lado dela chorando muito.

— caralho, eu sinto muito. - falei dando um abraço nele.

— eu não posso confiar nela e não consigo pensar em outra pessoa para cuidar dele enquanto eu trabalho.

— eu posso ajudar. como sempre preparo os figurinos e máscaras com antecedência, acabo ficando com tempo livre.

— eu não quero te preocupar com isso, sério.

— você mesmo disse que era uma ajuda para quando você estivesse trabalhando, então consigo me virar até você conseguir alguém melhor.

— você faria isso por mim? - disse ele com aqueles olhinhos de cão que caiu da mudança.

— claro Corey, relaxa. vou dar o meu melhor.

enquanto conversávamos, a empregada da esposa dele havia chegado com o bebê. ele era muito lindinho, loiro, com bochechas gordinhas e avermelhadas. uma gracinha!

— ele é a sua cópia! - falei surpresa.

— você acha? - disse ele sorrindo enquanto pegava o Griffin no colo.

— demais!

me aproximei deles e comecei a brincar com Griffin. ele ainda estava estressado e choroso pela situação que presenciou com a mãe, mas em pouco tempo consegui distrai-lo. os outros meninos logo se aproximaram para voltarmos ao estúdio e ficaram todos babões pelo neném.

— olha ele quer vir pro meu colo! - falei surpresa com o bebê estendendo os bracinhos pra mim.

— isso é tão fofo, eu poderia bater em alguém a qualquer momento por causa disso. - disse Mick estralando os dedos.

— nem me olhe. - disse Shawn saindo de perto dele.

entramos na vã e voltamos para o estúdio. os meninos começaram a planejar tudo sobre o álbum que seria lançado esse ano, mas Joey se separa do grupo e vem em minha direção.

— não sabia que era boa com crianças.

— na verdade, nem eu sabia. mas que bom que sou. - falei brincando com mini Corey.

— acho que você seria uma mãe incrível.

— você acha? - falei confusa.

— é só um pensamento meu. - disse ele rindo, enquanto o mini Corey segurava o dedo indicador do mesmo.

Griffin começou a chorar sem motivo aparente e entrei em pânico.

— ok, o que faremos. - falei assustada.

— a fralda dele deve estar cheia. - disse ele poucos segundos antes de conferir. — meu deus, é muito cocô pra pouco bebê.

— não sabia que tinha experiência com crianças.

— eu tenho um sobrinho pequeno. - disse ele me ajudando a trocar a fralda.

— porque nunca me falou dele? deve ser uma gracinha também.

— ele é muito importante pra mim. acho que só não tive uma oportunidade tão boa quanto essa pra falar sobre.

— que fofo, titio Joey! - falei apertando a bochecha dele.

— não começa. - disse ele rindo.

— vocês seriam pais muito babões. - disse Shawn aparecendo de repente.

eu e Joey nos olhamos confusos e com uma expressão de ''meu deus, não''.

— crianças são adoráveis quando você pode devolvê-las aos seus pais no fim do dia. - falei rindo.

— é, acho que concordo com ela.

— entendo. quem sabe mudem de opinião com o tempo, são novos ainda. - disse ele saindo.

— que audácia desse palhaço.

— esse filho da puta enlouqueceu de vez. - disse Joey rindo.

vestimos o mini Corey e ele adormeceu. ele era muito angelical e dormia tranquilamente.

— como ele está? - disse Corey saindo da sala de gravação.

— dormindo feito anjo.

— milagre! - disse ele surpreso. — você não tem noção do quanto ele pode ser hiperativo.

— jura? ele ficou bem quietinho.

— pode ser timidez, já que ele tá te conhecendo. - disse Joey.

faz sentido.

— é bom ver vocês não tentando matar um ao outro. - disse Corey.

— ainda nos odiamos. - falei revirando os olhos.

— somos arquinimigos. - disse Joey.

— é arqui inimigo, Joey. - falei rindo.

— você entendeu. - disse ele rindo.

— vocês são uma comédia. - disse Corey saindo da sala.

— ninguém acredita mais nisso né? - disse Joey.

— com certeza somos péssimos nisso. - falei me sentando no sofá.

— essa entrevista me cansou. - disse ele se sentando ao meu lado.

— Joey... se eu não estivesse lá, você reagiria como à aquela reporter?

— eu só não digo que tô em compromisso porque não sei se você gostaria dessa exposição à mídia. então eu a rejeitaria.

— bom saber. - falei deitando minha cabeça em seu ombro.

— você é a única mulher que tenho interesse, Lisa.

Little Rockstar | [JOEY JORDISON]Onde histórias criam vida. Descubra agora