a entrevista havia começado e eu estava por trás das câmeras, observando. os meninos eram muito engraçados e violentos, estava me divertindo muito. mas houve um momento extremamente desconfortável, mas eu fiz absolutamente tudo para manter a postura e fingir que aquilo não me irritou, e ainda assim eles tinham percebido.
a entrevistadores dava investidas românticas no Joey o tempo inteiro de forma descarada. ele também parecia não estar curtindo isso, o que me aliviou de certa forma. mais ou menos 30 minutos depois a entrevista acabou. ter que ouvir aquela mulher dizendo coisas muito escrotas para o Joey foi um trampo do caralho. sinceramente, ali eu percebi como eu consigo controlar minha raiva e isso me deixou orgulhosa.
quando as câmeras foram desligadas e eles vieram para perto de mim, fiz questão de beijar o Joey na frente dela. o jeito que ela me olhou, toda constrangida percebendo a besteira que fez, me satisfez bastante.
— eu vi a hora de você arrancar a cabeça dela. - disse Mick.
— mas você me ajudaria a esconder o corpo dela né? - falei juntando as mãos como se estivesse implorando.
— conte comigo. - disse Mick.
— ótimo. - falei rindo.
— vocês me dão medo. - disse James.
— não sabia que você sentia ciúmes de mim. - disse Joey, se sentindo vitorioso.
— cala a boca, Jordison. - falei dando um tapinha no ombro dele, fazendo o mesmo rir.
alguns minutos após terminar a entrevista, vejo Corey muito inquieto ao telefone. automaticamente lembrei da situação tóxica que ele estava com sua atual esposa e me preocupei. me aproximei discretamente enquanto esperava o mesmo terminar a chamada.
— mas que porra ela tem na cabeça... tá, só trás ele logo pra cá. - disse ele muito estressado, desligando o telefone.
— tá tudo bem, Corey? - falei colocando minha mão em seu ombro.
— ela passou de todos os limites hoje.
— você quer conversar?
— ela simplesmente achou que era uma boa ideia beber enquanto cuidava do Griffin e desmaiou. a empregada encontrou ela no sofá e meu filho ao lado dela chorando muito.
— caralho, eu sinto muito. - falei dando um abraço nele.
— eu não posso confiar nela e não consigo pensar em outra pessoa para cuidar dele enquanto eu trabalho.
— eu posso ajudar. como sempre preparo os figurinos e máscaras com antecedência, acabo ficando com tempo livre.
— eu não quero te preocupar com isso, sério.
— você mesmo disse que era uma ajuda para quando você estivesse trabalhando, então consigo me virar até você conseguir alguém melhor.
— você faria isso por mim? - disse ele com aqueles olhinhos de cão que caiu da mudança.
— claro Corey, relaxa. vou dar o meu melhor.
enquanto conversávamos, a empregada da esposa dele havia chegado com o bebê. ele era muito lindinho, loiro, com bochechas gordinhas e avermelhadas. uma gracinha!
— ele é a sua cópia! - falei surpresa.
— você acha? - disse ele sorrindo enquanto pegava o Griffin no colo.
— demais!
me aproximei deles e comecei a brincar com Griffin. ele ainda estava estressado e choroso pela situação que presenciou com a mãe, mas em pouco tempo consegui distrai-lo. os outros meninos logo se aproximaram para voltarmos ao estúdio e ficaram todos babões pelo neném.
— olha ele quer vir pro meu colo! - falei surpresa com o bebê estendendo os bracinhos pra mim.
— isso é tão fofo, eu poderia bater em alguém a qualquer momento por causa disso. - disse Mick estralando os dedos.
— nem me olhe. - disse Shawn saindo de perto dele.
entramos na vã e voltamos para o estúdio. os meninos começaram a planejar tudo sobre o álbum que seria lançado esse ano, mas Joey se separa do grupo e vem em minha direção.
— não sabia que era boa com crianças.
— na verdade, nem eu sabia. mas que bom que sou. - falei brincando com mini Corey.
— acho que você seria uma mãe incrível.
— você acha? - falei confusa.
— é só um pensamento meu. - disse ele rindo, enquanto o mini Corey segurava o dedo indicador do mesmo.
Griffin começou a chorar sem motivo aparente e entrei em pânico.
— ok, o que faremos. - falei assustada.
— a fralda dele deve estar cheia. - disse ele poucos segundos antes de conferir. — meu deus, é muito cocô pra pouco bebê.
— não sabia que tinha experiência com crianças.
— eu tenho um sobrinho pequeno. - disse ele me ajudando a trocar a fralda.
— porque nunca me falou dele? deve ser uma gracinha também.
— ele é muito importante pra mim. acho que só não tive uma oportunidade tão boa quanto essa pra falar sobre.
— que fofo, titio Joey! - falei apertando a bochecha dele.
— não começa. - disse ele rindo.
— vocês seriam pais muito babões. - disse Shawn aparecendo de repente.
eu e Joey nos olhamos confusos e com uma expressão de ''meu deus, não''.
— crianças são adoráveis quando você pode devolvê-las aos seus pais no fim do dia. - falei rindo.
— é, acho que concordo com ela.
— entendo. quem sabe mudem de opinião com o tempo, são novos ainda. - disse ele saindo.
— que audácia desse palhaço.
— esse filho da puta enlouqueceu de vez. - disse Joey rindo.
vestimos o mini Corey e ele adormeceu. ele era muito angelical e dormia tranquilamente.
— como ele está? - disse Corey saindo da sala de gravação.
— dormindo feito anjo.
— milagre! - disse ele surpreso. — você não tem noção do quanto ele pode ser hiperativo.
— jura? ele ficou bem quietinho.
— pode ser timidez, já que ele tá te conhecendo. - disse Joey.
faz sentido.
— é bom ver vocês não tentando matar um ao outro. - disse Corey.
— ainda nos odiamos. - falei revirando os olhos.
— somos arquinimigos. - disse Joey.
— é arqui inimigo, Joey. - falei rindo.
— você entendeu. - disse ele rindo.
— vocês são uma comédia. - disse Corey saindo da sala.
— ninguém acredita mais nisso né? - disse Joey.
— com certeza somos péssimos nisso. - falei me sentando no sofá.
— essa entrevista me cansou. - disse ele se sentando ao meu lado.
— Joey... se eu não estivesse lá, você reagiria como à aquela reporter?
— eu só não digo que tô em compromisso porque não sei se você gostaria dessa exposição à mídia. então eu a rejeitaria.
— bom saber. - falei deitando minha cabeça em seu ombro.
— você é a única mulher que tenho interesse, Lisa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Little Rockstar | [JOEY JORDISON]
FanfictionJoey Jordison, membro de uma banda de metal prestes a decolar, se vê numa posição conflitante e amorosa com sua parceira de trabalho. sentimentos podem ser coisas difíceis de lidar... [uma obra puramente FICTÍCIA baseada na história do slipknot]