Naruto estava sentado em cima de sua mesa, com um copo de Cosmopolitan na mão, enquanto olhava pela janela, pensando nas lutas que teria. Mas sua linha de pensamentos foi violentamente cortada por duas assinaturas de chakra muito conhecidas que pararam bem em frente à sua porta. A porta foi se abrindo e Naruto ficou tenso, agarrou o tecido delicado e caro se suas vestes, o pânico tomando conta de sua mente.
— Naruto...
Ele se recusou a olhar para os homens que uma vez viu como figura paterna e materna.
Por que seus guardas deixariam Shikaku e Iruka entrar, sabendo do conflito interno que tinham por ambos?
— Nara-san. Umino-san. — Ambos os homens sentiram uma dor em seus corações pelo tom sem emoção.
— Naruto, você ainda me odeia? — Iruka perguntou, com um sorriso amargo em seu rosto.
— Acredito que já saiba a resposta. — Naruto respondeu, duro e frio. — Na verdade, acredito que os dois saibam à resposta. — Seu coração batia em agonia, fazendo seu corpo tremer.
— Você vai nós ouvir, Naruto? — Shikaku pergunta. — Vai dar uma chance a quem você já chamou de pai?
Naruto parou bruscamente. Suas mãos começaram a tremer e ele as entrelaçou, se virando lentamente em direção aos homens. Seus olhos só mostravam dor e traição.
— O quê vocês querem de mim? — Naruto sussurrou, olhando para o chão enquanto apoiava seu corpo na mesa. Seu corpo tremia, mas não era de raiva, era de impotência. Desespero. — Querem me quebrar novamente? Querem arrancar meu coração? Vamos! Digam-me! — Olhou para cima.
— Você ainda é tão fácil de irritar, Naruto — Iruka disse, sorrindo. —, continua o mesmo de sempre.
— Não! — Naruto riu. Riu nervosamente. Desesperado. — Não sou mais o menininho tolo que vocês conseguiram iludir! Não sou mas aquele pirralho carente, sedento por atenção! Não! Não mais!
— Naruto... — Shikaku susurrou suavemente, um sorriso triste em seu rosto cansado. —, você nunca foi um tolo, Pequeno Cervo. Eu sei que você ainda é aquele loiro teimoso e adorável de coração puro. Eu, nós, mim e Iruka, sempre pudemos ver através daquela máscara que você colocou. Sempre pudemos ver aquela barreira que você criou para se proteger.
"Impossível", Naruto pensou, atordoado. "Aquela masca era perfeita. Todos acreditavam!"
Naruto virou de costa. Não se atreveu a olhar para os rostos dos homens. Sabia que eles estavam dizendo a verdade. E por mais que não quisesse acreditar, ele também sabia que era verdade.
— Não demorou muito para descobrir que fomos os únicos que conseguiram ver através daquela fachada — Iruka continuou. — Então não, Naruto. Você nunca foi um tolo. Você era uma criança machucada. Não um idiota em busca de atenção. Você só queria ser aceito. Ter um lar.
Naruto não tinha nada a dizer. Ele não conseguia achar palavras para pronunciar. Ele sempre se orgulhou daquela máscara. A máscara da felicidade. Onde todos viram que você era feliz e alegre. Sem nenhum problema na vida. Merda. Era uma máscara perfeita! Mas agora Iruka e Shikaku estavam dizendo que sempre puderam ver através dela.
— Sempre soube que você estava sofrendo — Shikaku falou. — Sempre soube. Mas não pude fazer nada. Tentei te adotar, mas o Concelho negou e o Sandaime não podia fazer nada. Não pude ter contato com você sem parecer suspeito, até que você ficou amigo de Shikamaru e começou a frequentar minha casa.
"Para", em pensamento, com os olhos fortemente fechados, Naruto implora."Por favor, pare."
— Também quis te adotar, Naruto — Iruka falou, e Naruto pode ouvir leves fungadas e o cheiro de lágrimas pairava no ar. —, mas o Concelho também negou. Disseram que você era instável, não era seguro para ninguém ter você por perto.
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consequência | kuranaru
FanfictionAcusado injustamente de tentar assassinar Sasuke Uchiha, o último membro da prestigiada família Uchiha, Naruto Uzumaki foi banido de Konohagakure e da Capital do Fogo. Sem direito a defesa ou julgamento justo, ele foi expulso, abandonado por aqueles...