Capítulo 5 - Cible D'ange

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Angel e Esme estavam há uma semana trabalhando na boate Godesses em Monaco. Elas nunca ficaram tanto tempo sendo chamadas por Vênus e Athenas.

Por ser uma cidade menor em um país minusculo, Angel não esperava que a boate lotaria tanto e nem que ela trabalharia por tantas horas.

Era sábado à tarde e Angel estava deitada na cama de cima da beliche encarando o teto, seu celular estava ao seu lado e sua mãe contava as novidades da pequena Alençon.

- Eles vão se casar amanhã e eu comprei uma coberta que comprei no centro, foi bem cara, mas ela era uma boa amiga, lembra?

- Sim, Florence era legal... - Angel respondeu desanimada a sua mãe, Natalie.

- O que há de errado com você, mon ange? Parece triste...

- Não é nada demais, só estou cansada.

- Tem estudado muito?

Angel ficou em silêncio por alguns instantes antes de responder. A mãe não sabia o que ela fazia, desde que saiu de Alençon prometeu a mãe que estudaria para se tornar uma profissional de sucesso - qualquer que fosse a profissão.

- Viro a noite estudando...

- Ainda não entendi por que decidiu mudar para a Universidade de Monaco, aí é tão pequeno e caro.

- Esme precisou vir e me chamou, só isso. Está tudo dando certo, pelo menos até agora. Estou ganhando um bom dinheiro nesse trabalho que consegui.

Natalie suspirou do outro lado da linha.

- Só por favor, tome cuidado. Tem muita gente maldosa nesse mundo, Angel. Pessoas que podem... Querer se aproveitar de você e da sua beleza.

Angel teve vontade de chorar e contar tudo a sua mãe, mas a garota sabia que a mãe ficaria decepcionada.

- Eu sei, eu tomo cuidado, mãe. Fique tranquila...

- Sinto sua falta, quando vem me visitar?

Angel suspirou e encarou a porta, Esme estava chegando de um trabalho especial com um cliente.

- Logo, eu espero. Preciso juntar um dinheiro antes, não é tão barato sair daqui de táxi, ir até Nice e depois Paris...

- Você não estava tão longe de mim, estávamos há duas horas de distância, Angel... Nunca consegui visitar você.

- É por que você mora na comuna de uma comuna. Não queria ser mais isolada?

Natalie riu do outro lado da linha e Angel encarou Esme que sorria. A garota estreitou os olhos de cima de sua beliche.

- Eu preciso ir agora, Esme chegou da aula de sábado, vamos estudar agora... Amo você. - Angel ouviu a mãe dizer que também a amava e desligou - Está bem, que cara é essa, Esme?

- Você estava certa sobre Mônaco, Angel! - Esme correu para perto da cama e subiu as escadinhas para deitar-se ao lado da amiga.

- Você saiu ontem a noite e sumiu, só mandou uma mensagem de manhã falando que estava viva e bem, achei que tinha só trabalhado e nada mais.

Esme sorriu e se ajeitou no travesseiro de Angel.

- Eu trabalhei, mas se esse trabalho for sempre assim, será fácil demais... - Esme encarou o teto - Era uma despedida de solteiro, não tinha nenhum cara feio e muito menos pobre. Passei a noite em um iate, acho que o noivo se apaixonou por mim. Tinha que ver a cara dele enquanto eu dançava, não me olhava daquele jeito...

- Ele te olhou diferente enquanto você estava dançando?

Esme assentiu.

- Eu dancei para todos os amigos dele e depois, um dos caras deu uma bolsinha para ele cheia de euros para que nós dois fossemos ao quarto. No começo, Trevor disse que não transariamos, ele se casaria hoje, blá, blá, blá...

Fools | 1 | Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora