Mattheo Riddle - Party of

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O som alto da festa machucava meus tímpanos, essa noite por um motivo específico eu estava totalmente fora do clima de festejar, não toquei na bebida, não sai do sofá por um minuto. O único movimento que eu fazia era para levar o cigarro até a boca e soltar a fumaça.

Uma menina sentou no meu colo e começou a cochichar alguma coisa em meu ouvido, não entendi o que ela queria, não prestei a mínima atenção no que ela disse. Acho que ela percebeu já que ela bufou e saiu do meu colo andando duro.

Meus olhos estavam fixos na garota rebolando no meio da pista de dança com outros dois caras. Maldita S/n, não sabia o quão irritado estava me deixando, o cara mais alto de cabelos loiros passou a mão pela cintura dela puxando o corpo de S/n contra o seu, a minha garota sorriu maliciosa e esfregou a bunda no loiro ao ritmo da música, o moreno da frente a fechou de frente segurando a nuca dela e colando o peito no dela.

Eu e S/n tínhamos um relacionamento complicado, e a parte complicada dele era que ele não existia. A minha garota, mas ela ainda não sabia que era minha.

Ela não ia muito com a minha cara, o motivo era idiota, a peguei se masturbando quando entrei em seu dormitório para me esconder, ofereci ajuda, chupei aquela garota e não consigo mais tirar ela da cabeça e ela não consege olhar na minha cara. Foi assim que eu passei a reparar nela, e foi assim que ela fez de tudo para nunca mais esbarrar comigo nem olhar para mim, já tentei conversar com ela, já tentei entrar em seu quarto "sem querer" novamente mas ela o deixa trancado sempre, mesmo que eu escute seus gemidos através da porta, não posso tocar ela. Já faz dois meses desde que eu enfiei minha língua naquela boceta molhada e não paro de sentir seu gosto involuntariamente, não paro de pensar sobre isso, de desejar isso novamente.

Eu estava completamente obcecado por ela, não tentava esconder, não escondia dela nem de ninguém mas da mesma forma ela agia como se eu não existisse ou como se eu fosse uma pedra em seu sapato.

A música alta e com batida sensual estava me irritando, mais ainda porque essa estava a fazendo dançar colada naqueles dois idiotas, alguns outros caras também passavam olhando para ela, o que eu podia fazer? Ela era linda pra caralho. A festa rolava, bêbados dançando, gente de pegando se esfregando, e eu num canto atrás de um armário da comunal observando atentamente os movimentos do corpo dela.

O moreno passou o dedo pela parte interna da coxa dele e ameaçou entrar com a mão embaixo de sua saia. S/n segurou a mão dele e a colocou em cima da mão do outro menino em sua cintura, como se ela não tivesse feito nada o moreno tentou voltar com a mão para baixo de sua saia contra sua vontade, joguei o cigarro no chão amassando ele, e então eu explodi.

Quando me dei por mim eu estava em cima do moreno socando seu rosto com raiva, o loiro tentava me acertar e me tirar de cima do amigo. Tenho certeza que senti meu rosto ser acertado alguma vezes, sentia o gosto metálico do sangue em minha boca mas eu estava pouco me importando, ele podia dançar com ela, ela não era só minha — mesmo que quisesse que fosse — , mas ele jamais poderia toca-la sem que ela quisesse.

— Sai de cima dele cara, o garoto vai desmaiar. – alguma vozes gritaram.

Ignorei.

Senti meu rosto ser erguido e me preparei para mais um soco mas só vi ela, com suas mãos pequenas me olhando nos olhos.

— Solta. – mandou.

Soltei sua blusa e joguei seu corpo desacordado no chão, maldito assediador nojento.

Ela pegou minha mão e me levantou, eu não sabia o que dizer, ela a primeira vez que ela me tocava desde aquilo, primeira vez que dirigia a palavra a mim.

— Leva ele pro quarto dele, Alex, não vai contar a nenhum professor o que aconteceu, ninguém vai. – ela aumentou o tom de voz. — Se isso vazar, a festa com bebidas e drogas vaza, se isso aqui sair daqui vai todo mundo se foder, e esse babaca tentou me tocar, mereceu isso.

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