Imagines | Harry Potter

Draco Malfoy - MINE

Beijos beijos.

- 🐍-

Toda vez que eu acordo tarde eu deveria pensar duas vezes ao levantar, o certo seria eu dormir o resto do dia, pois um dia que eu acordo tarde com certeza é um dia em que nada vai dar certo.

Hoje era dia de aguentar a S/n e seu ego idiota.

- Pronto? - ouvi sua voz docemente irritante.

- Não me perturba não. - respondi baixo.

Ignorei sua presença atrás de mim e caminhei até a sala, pelo menos era aula de poções o que me deixava cinco porcento mais animado. Os outros noventa e cinco eram divididos entre raiva e impaciência por conta da S/n.

Snape entrou dando sua aula do seu jeito fechado como sempre e chamando atenção sempre que podia do testa rachada e sua trupe de patetas e sangues-ruins. Aquele dia em específico a morena ao meu lado não fez nada além de prestar atenção nas aulas e foi até gentil ao me perguntar sobre algo que não tinha escutado, aquilo não era corriqueiro.

Ela se levantou assim que a aula acabou ajeitando os pertences e me oferecendo ajuda para guardar os meus, definitivamente ela estava doente ou aprontando. S/n não podia ver uma oportunidade de me jogar na cara que tomou meu posto como apanhador assim que eu tive que sair, cada dia estava cada vez mais próximo do torneio e ela não estava me enchendo de piadas.

- Até mais. - falou baixo com a voz estranhamente triste.

Olhei em volta e não tinha mais ninguém na sala a não ser eu e a morena.

Segurei seu braço fazendo ela parar de andar e olhar virar na minha direção sem olhar nos meus olhos. Levantei seu queixo e vi seus olhos vermelhos e inchados, ela estava totalmente acabada mas seus olhos cor de mel ainda brilhavam.

- Você está bem? - perguntei ainda segurando seu braço e queixo.

- Claro que eu estou, é só que com o meu novo posto no quadribol eu não tenho dormido bem. - se soltou e deu alguns passos de afastando de mim.

Ela mentia tão bem, me faria acreditar se eu não conhecesse ela tão bem. A cinco anos que eu convivia com ela e aprendi a diferenciar suas mentiras de suas omissões.

Fomos amigos muito próximos até eu estragar tudo.

- Eu vou indo. - disse novamente tentado ir embora mas segurei novamente seu braço.

- Sabe que ainda pode contar comigo, não sabe? - rodeei meus braços em seu entorno sentindo depois de tantos meses seu corpo quente e cheiroso perto do meu, aquilo me afetou.

- Não posso, não somos mais amigos, lembra? - susurrou contra meu peito.

- S/n, olha eu sei que o que aconteceu entre a gente foi embora mas eu ainda estou aqui. - afaguei seus cabelos castanhos. - Eu ainda tô aqui.

Ficamos abraçados por algum tempo até eu sentir suas mãos me rodeando e alertando com força, em seguida só consegui ouvir seus soluços enquanto ela chorava no meu peito.

Me matava por dentro ver ela daquele jeito, eu tentava de todas as formas nutrir algum tipo de implicância com s/n para que eu não sentisse tanta falta de seu toque. Eu fazia de tudo para fingir não me importar com todas as vezes que ela apareceu com os olhos vermelhos mas eu não estava mais aguentando.

Quando resolvemos que não podíamos mais ser amigos por que eu sentia algo a mais por ela eu prometi para mim e para ela que não ia me intrometer em sua vida. Mesmo que aquilo tivesse me destruído e destruído ela.

Era impossível a possibilidade de ficarmos juntos, depois que nos beijamos pela primeira, segunda, terceira vez percebemos que não dava para ser apenas alguns beijos, aquilo não matava minha sede dela. Então partimos, cada um para seu lado para evitar certos acontecimentos, para evitar mortes, para evitar a fúria de seu pai.