Conversar sempre pareceu fácil. Conversar sempre foi fácil para mim. Abrir minha boca e as palavras saírem, mas quando retornamos para o hotel à noite, eu esqueci o objetivo e o significado das palavras. Tudo se alojou na minha garganta no momento que o olhar de Beau encontrou o assim que ele se sentou na cama, com uma perna pendurada sobre a beirada. A luz de seu telefone iluminava sua feição, a sombra de projetando abaixo sua mandíbula esculpida e iluminando seus lábios rosados. Aqueles que eu tenho uma vívida lembrança de ter sentido.
Anthony disse para falar. Eu estava com muito medo para falar, mas Beau não estava.
"Onde você se enfiou o dia todo?"
Entendi sua pergunta como um ataque, rosnando baixinho: "Não é da sua conta."
O arrependimento tomou conta de mim em um instante, esmagado sob o escrutínio de Beau.
"Tanto faz." Ele bufou, voltando ao seu telefone.
A tensão não era uma sensação estranha entre nós, mas o que pairava no ar criou arrepios que percorreram minha espinha. Mesmo sob a água brutalmente aquecida do chuveiro, um beliscão frio mordeu minha pele exposta. Pele que se arrepiou ao sair do banheiro minutos depois para, mais uma vez, encontrar Beau espiando em minha direção. Porém só por um momento.
Ele assistiu à TV, sem prestar atenção em mim enquanto eu deslizava para o meu lado da cama. Isso não era o que eu queria, mas eu não tinha tanta certeza do que eu queria.
"Desculpe," eu soltei, me recusando a encarar Beau mesmo quando o colchão rangeu com seus movimentos. "Antes, eu não queria zombar de você. Eu, uh, eu estava nas quadras, jogando basquete."
Ele soltou um muxoxo.
"O que você fez hoje?"
"Eu tirei fotos". Ele respondeu.
"Ah, eu acho... Eu achei que isso fosse óbvio."
"Sim."
Minha boca correu sem meu consentimento, falando uma verdade que eu ainda não tinha admitido nem para mim mesmo; "Eu irei sentir sua falta também."
Beau estava quieto. Mas suas ações não. Ele se arrastou sobre a cama para chegar ao meu lado.
"Quando você for pra faculdade." Eu expliquei como se precisasse. "Quando nós dois formos, eu vou sentir sua falta também."
Um toque suave na minha bochecha e me deparei com o mesmo verde que eu estava tentando evitar o dia todo. Em vez disso, eu me afoguei em jade.
Os lábios de Beau encontraram os meus. Dedos correram pelos meus cabelos, descansando na minha nuca quando nossos peitos se encontraram. Eu o puxei para mais perto, agarrando seus quadris, os dedos roçando sob sua camisa, testando a pele quente por baixo.
Beau sempre me deixou louco, mas nunca esperei que esse significado mudasse. Ou talvez eu nunca quis admitir que sempre teve mais de um significado pra começar.
Minhas costas encontraram o colchão. O corpo de Beau deslizou entre minhas coxas, uma mão descansando em meus músculos tensos. Nós nos beijamos como se fôssemos ar e estivéssemos nos afogando. De um beijo suave à desesperado, ofegante e rápido. Cada sensação reprimida ao longo dos anos borbulhou, lembrando-me de todos os casos em que meus olhos se perderam ou minha mente divagou.
Beau sentia o mesmo? Isso era mais uma coisa que tínhamos em comum?
Eu o puxei pra mais perto, incapaz de soltar sua cintura, incapaz de pensar. Se eu achava que o sorriso dele me deixava ganancioso, então não tinha como explicar um beijo. Embriagado. Viciado. Desesperado por mais um momento, outro roçar de seus lábios, outra carícia lenta de seus dedos contra meu abdômen.
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14 Days (PT-BR)
RomanceFérias foram feitas para serem divertidas, não pra mudar sua vida. ⋅•⋅⋅•⋅⊰⋅•⋅⋅•⋅⋅•⋅⋅•⋅∙∘☽༓☾∘∙•⋅⋅⋅•⋅⋅⊰⋅•⋅⋅•⋅⋅•⋅⋅•⋅ Quando Devin Ward e Beau Young são forçados a viajar juntos durante as férias, eles estabelecem duas regras: se comportar e evitar um a...