𝐌𝐄𝐌𝐎𝐈𝐑𝐒

𝗯𝗿𝗮𝗻𝗰𝗼

Não revisado.

[...]

  E eu tinha certeza que sábado era dia de ficar em casa....

— Porque você tem que ir até a delegacia?— Perguntei vendo o Geto fechar os botões da camisa social. Ele acordou cedo, disse que foi chamado para resolver algumas coisas mas que logo voltava para casa, o maldito me acordou às oito da manhã em pleno sábado para nada...— Qual é o caso?

— Homicídio— Falou enquanto colocava um pouco de café em uma  caneca— É bem simples, não vou demorar muito, vai ficar bem sozinha? Eu não queria te deixar isolada aqui mas é perigoso lá fora...— Deu um sorriso gentil— O Gojo pode....

— Ei, eu entendo...— O tranquilizei— Talvez eu dê uma volta mais tarde, e  prometo tomar cuidado e te ligar caso aconteça algo suspeito— Mordi um pedaço da torrada e estiquei meus pés por debaixo da mesa, preciso dormir....— Você está preocupado demais.

— Não quero correr nenhum risco, ainda mais sobre a sua segurança— Se sentou na cadeia da frente e me olhou por um instante, o que ele está analisando?...

— O que foi?...

— Nada, eu só....gosto de olhar para você, gosto de saber que está aqui, que está bem....— Suspirou— Mas eu...sinto que está deixando de me contar alguma coisa— O vi brincar com os próprios dedos— Estou errado, não é? Você não...esconderia nada perigoso....

— É claro que não, digo...eu não sei onde quer chegar mas garanto que não farei nada inapropriado, só estou querendo paz no momento...

  Depois de tudo que aconteceu eu odiaria ver mais desastres....

Só quero poder dormir sem medo do que vira no dia seguinte....

  Será que no céu...meus pais estão curtindo essa paz?

  É interessante...

[...]

  — Eu acho que tudo bem— Falei ao telefone, Geto já tinha saído e logo depois Nobara me ligou dizendo que tínhamos uma festa para ir, parece que ela só faz isso da vida....

— Então está combinado! Eu vou ver o horário e depois te ligo, vamos nos divertir muito, principalmente a senhorita depois de tudo que aconteceu, seus pais odiariam te ver para baixo...

— Eu sei.....

— Vai melhorar, tá? Eu sei que vai...

— Eu espero que sim.... até logo.

— Até, se cuida!— Ela desligou a chamada.

  Porque de repente...as coisas ficaram tão sem graça?...

— Sinto que estou errada em muitas coisas....— Peguei um casaco que tinha perto da porta e o vesti, estava bem frio lá fora e é perigoso pegar um resfriado, eu odiaria ficar doente....— Mas não quero pensar nisso agora, vou dar uma voltinha por aí.

[...]

 
        Realmente....tudo ficou sem graça....

  Eu decidi dar uma volta na cidade para ver se tinha algo de interessante para fazer, olhar ou comprar, porém esse lugar parece mais sem vida do que meu próprio corpo.

  Ou talvez seja eu o problema...

       Não faço idéia....

— Eu vou querer um desse por favor...— Apontei para o sabor de morango, era um carrinho de chá gelado, você podia escolher o sabor e alguns acompanhamentos, se bem que estava mais para um milk shake derretido...