𝐌𝐄𝐌𝐎𝐈𝐑𝐒

𝘃𝗲𝗿𝗺𝗲𝗹𝗵𝗼

Não revisado.

[...]

Essa definitivamente não era a minha idéia de diversão, pelo menos não agora, não nessas circunstâncias...

   Estou começando a ficar entediada.

— A gente tinha mesmo que estar aqui?— Perguntei mesmo sabendo que ele não iria me ouvir por causa da música alta, estávamos em uma casa noturna que abriu recentemente, Geto disse que era uma ótima chance da gente se divertir e distrair um pouco a cabeça.

  Mas eu não estou me distraindo nem um pouco....

— O que??

— Esquece....— Encostei minhas costas no sofá em que estávamos, era em um canto meio afastado dos outros, como um camarote ou área vip, se bem que os dois devem ser a mesma coisa, e também estávamos sozinhos, eu até pensei em chamar a Nobara mas sei que não daria certo, eu estou acabada emocionalmente e digamos que lidar com ela não é fácil, ainda mais quando está bêbada— Podemos ir para casa!??

— Hein? Porque??— Se inclinou na minha direção, ele estava sentado ao meu lado enchendo a cara com uma bebida colorida de nome esquisito, essa é a pior forma de lidar com alguma coisa mas não posso dizer nada já que faço o mesmo.

  Mas não dessa vez, eu não quero tocar em nenhuma gota de  álcool hoje.

— Porque eu não quero ficar aqui— Está tudo ruim, o vestido que eu iria vir rasgou então tive que pegar o mesmo da outra vez, não que ele seja feio, na verdade é maravilhoso, porém estou colocando ele na lista de tragédias de hoje, então continuando....o vestido ferrou, esperamos na fila, um maluco sujou o blazer do Geto e ele precisou joga-lo fora, e bom....tem mais coisas mas acho que seria mais decepcionante— Em casa estava muito mais divertido.

— Uhum, com certeza!— Bebeu o copo todo de uma vez— Estávamos os dois tristes e depressivos no sofá, como pode considerar isso divertido?

— Como pode considerar encher a cara divertido? Esse lugar é barulhento demais— O encarei— Não estou afim de ficar aqui, vamos para casa— Fui me levantar mas ele segurou minha mão e me puxou de volta para o sofá— Solta.

— Espera aí, estamos aqui para curtir, é uma balada, é barulhento mesmo— Sorriu— Só mais uma hora....eu tenho certeza que vai se divertir.

— Geto eu não quero... não estou no clima para isso, pelo menos não agora....

  Ele me olhou preocupado.

— Olha só...sei como se sente, e eu estou da mesma forma já que perdi um grande amigo, mas a gente não pode ficar triste para sempre, a vida continua S/n....

  Eu sei....

— Entendo o que quer dizer, mas realmente não quero...

  Ele suspirou.

— Tem certeza?....

— Tenho...

— Certo— Ele se levantou— Vem, vamos para casa, a gente pode pelo menos tomar um sorvete antes?...— Sorriu.

— Claro....

— Então....

— Meu Deus! Cara a quanto tempo!— De repente, um homem de terno apareceu atrás do Geto, ele também estava acompanhado de uma mulher e parecia aqueles caras cheios de dinheiro— E aí Geto??— Eu conheço essa mulher de algum lugar....

   Ele fede a drogas....

— Ayato....— Vi Geto forçar um sorriso— E aí? Realmente faz muito tempo, acho que uns....sete anos? — Soltou uma risada— Como você tá?