𝗮𝗻𝗴𝘂́𝘀𝘁𝗶𝗮

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Não revisado.

[...]

Eu não fui para casa.

Eu simplesmente... não consigo sair daqui.

- Nanami...- Olhei para o loiro que estava com toda atenção a tela do computador, a delegacia estava praticamente vazia, havia apenas mais quatro policiais sem contar com os outros do lado de fora, Sukuna estava sentado alí por perto, estávamos todos sem ter muito o que fazer...- O que acha que vai acontecer?...

- Fala em relação a que?- Perguntou sem me olhar.

- Tudo, é que...eu não estou vendo uma solução, na verdade não vejo nada....

- Eu acho que deveria ser mais clara- Dessa vez virou a cadeira e olhou diretamente para mim- Está com problemas... além do Gojo?- A voz dele é de quem quer me passar confiança, eu sei que consegue, é meu amigo desde sempre....- Pode se abrir comigo, sabe disso né?

Eu o ignorei, não achei...que precisasse dele, e vendo agora...talvez tenha sido uma péssima escolha.

- É complicado, me sinto...um pouco sobrecarregada- Ao dizer isso Sukuna se endireitou na cadeira para prestar atenção, ele ia se levantar mas eu fiz um sinal para que ficasse- Talvez....eu tenha me apaixonado por uma pessoa ruim- Olhei para as minhas próprias mãos- E agora não sei como me consertar, não sei....o que fazer para parar de sentir dor....

- Desde quando gosta dele?....- Nanami perguntou baixo- Ele sabe disso?....

- Não sei quando me apaixonei, também não sei se ele sabe, se eu contei não me lembro....

- O Geto sabe?

- Sim, ele disse que eu deveria procurar um psicólogo, disse que eu era dependente emocional....do Gojo...

- E acha que é?

- Não, tenho certeza que não- Apertei minhas mãos- É só....que eu não consigo me ver sendo feliz de novo, me acostumei com ele, tanto que me imaginar sem ele é estranho e.... desgastante, mas....ele é um monstro, machucou o Sukuna e por pouco não morremos os três, eu só quero que esse sentimento passe....quero não sentir falta.

- É assim que se sente?- Sukuna me olhou, essa expressão.... é de pena- Eu....

- Me sinto morta- Dei meu melhor sorriso- Morta de todas as formas....

- Podemos conversar lá fora?- Nanami segurou minha mão - Será rápido- Olhou pro Sukuna- Fique aqui, estará em segurança, eu trago ela em menos de dez minutos.

Sukuna assentiu.

- Venha...

[...]

- Deveria ter me dito isso antes- Reclamou, eu nem tive tempo de pensar nisso...- Fomos vizinhos, amigos desde criança e como só me diz isso agora, e estou me referindo a esse sentimento tão ruim, como....

- Eu queria uma solução, e....desabafar agora me parecia uma boa idéia- Esfreguei a nuca- Desculpa...

- Não.... não precisa se desculpar- Suspirou- Olha....eu não sei como te ajudar nisso, nunca amei alguém dessa forma, eu geralmente sou mais racional- Sorriu de canto- Mas te dou duas opções.

- Quais?

- Você se jogar de cabeça na relação com o Gojo, os dois se mudam e tentam viver o que sentem longe de tudo isso, apagam o passado e recomeçam em outro lugar, ou....fica aqui e enfrenta ele, enfrenta....esses sentimentos confusos e luta pelo que acredita, mesmo que isso doa....

- E como eu faço pra não doer? Como....como eu vivo bem?

- Ache outra coisa que te faça feliz, ou aprenda a se fazer feliz.

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