Capítulo 15

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Maya

Abri os olhos devagar, pois qualquer movimento que eu faço minha cabeça lateja de dor. Meu corpo estava reto e dormente, é como se eu estivessem aplicado anestesia nele, consegui apenas movimentar um dedo, soltei a respiração que eu estava prendendo enquanto tentava levantar meu corpo.

– Pelo menos eu tô viva. – Falei para mim mesma, mas não esperava que alguém aparecesse. Arregalei os olhos e pude senti-los ardendo.

– Sim, está viva, e eu tô feliz. – Ele falou sombrio, minha garganta estava implorando por um gole de água, nem mesmo saliva havia em minha boca.

– A porta abriu sem quer... – Antes que eu pudesse terminar ele se aproxima de mim em uma velocidade incrível, seus olhos estão penetrando os meus.

– Você poderia te morrido, que porra de ideia do caralho é essa sua filha da puta? – Depois de me xingar até em grego ele me abraçou, um abraço quente e carinhoso, fechei os olhos sentindo aquela sensação que eu sentir quando abracei minha tia.

– Desculpe. – Repeti as palavras automáticas que saíam sem minha permissão, como se eu estivesse me sentindo horrivelmente culpada por fazer ele sofrer.

No momento em que eu iria tentar envolver meus braços na cintura do mesmo a porta e aberta, o esforço que eu fiz para levantar o braço foi inútil. Mason se separa de mim olhando para o irmão, é como se eles nunca tivessem se visto na vida.

– Estás bem Maya? – Perguntou dylan de forma o mais carinhosa possível tocando minha mão. Apenas assenti receosa, mason olhava de relance me deixando desconfortável.

Uma moça linda entrou no quarto chamando atenção dos dois que estavam na sala, inclusive a minha. Ela tinha cabelos longos olhos tão negros que eu me perdia naquela escuridão facilmente, seus lábios eram extremamente carnudos, sua pele tinha um tom moreno, tão linda.

– Vim ver como está minha paciente podem sair? – Perguntou educadamente recebendo os piores olhares possíveis.

– Não vou sair do lado da minha namorada. – Dylan falou derrepente me deixando com o queixo caído, mason já não escondia mais seu ódio pelo irmão.

– Pensei que ela fosse noiva do outro. – Falou a médica enquanto preparava uma seringa com um líquido meio amarelo dentro.

– Pra que isso? – Perguntei apenas pra desvia o assunto.

– Pra deixar seus ferimentos saudáveis, pra não causar infecção. – Respondeu gentil colocando no soro o líquido.

Sorri para a mesma recebendo o olhar de mason, desviei o olhar assim que encarei ele sem querer, por mais que eu queria desafiá-lo eu não posso, na verdade eu não consigo.

– Dylan pode sair? – Perguntou tentando ser educado com o irmão. Meus olhos caíram para minha mãos que agora eu sentia normalmente.

– Me diga, o que eu tenho que fazer para me amar de volta? – Meus olhos agora estavam colados no dele. Pisquei várias vezes tentando raciocinar, eu não conseguia tirar se quer uma palavra da minha boca.

Abri a boca inúmeras vezes para responder a pergunta inesperada do mason mas não saía nada, era como se algo estivesse tampando minha garganta para que eu não diga nem se quer um não.

Ele continuava me olhando de forma penetrante, no mesmo segundo em que já havia acabado uma resposta abri um sorriso pequeno, por segundos vi os olhos escuros do mason brilhar, segurei a mão dele olhando para os olhos tão profundo do homem.

– Me solte, e podemos viver como um casal normalmente. – Respondi a pergunta sorrindo, minha hipótese estava certa mas ele fechou a cara e apenas se levantou da cadeira ao lado da cama e ficou me encarando.

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