Capítulo 13

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Maya

Sentir cobertas por todo meu corpo, me cobrindo do pescoço aos pés, aquilo deixava meu corpo completamente quente e suado. Respirei fundo e de início sentir alguém apalpar minhas mãos e fazer carinho, era quase impossível não reconhecer o toque dele, mason.

Ele tocou a pele molhada do meu pescoço me causando arrepios por todo corpo, abri os olhos lentamente me acostumando com o olhar mais preocupado que já vi.

– Está se sentindo bem? – Neguei me sentando, ele compreendeu e sentou-se na beira da cama, que por sinal era dele.

– Onde está dylan? – Perguntei-lhe vendo seu olhar de preocupado sumir, agora ele me olhava mortal.

– Está preocupada com ele quando você está em uma cama ardendo em febre. – Falou de maneira calma tocando minha testa logo em seguida.

– Desculpe, não foi a intenção. – Respondi baixo procurando por um copo de água. – Eu tenho sede.

Ele mordeu o próprio lábio e se levantou mas antes deu um beijo na minha testa que estava molhada pelo suor. Assim que ele saiu procurei a chave pela minha calcinha e por sorte estava onde eu havia colocado, meus olhos caíram sobre um celular, minhas mãos suaram frio e meu corpo ficou tenso.

Vamos maya não seja uma covarde.

Me levantei mas antes verifiquei se o mason não estava vindo, assim que terminei de checar andei a passos rápidos ao telefone, minhas mãos estavam trêmulas e minha garganta secava cada vez mais.

Meus dedos ligeiros e trêmulos discou o número do meu pai, que é policial, a todo momento eu olhava pra porta, eu estava mais preocupada com ela do que com a própria chamada que foi atendida.

– Quem é? – A voz brava é intimidadora do meu pai ecoou pelo telefone, me deixando desesperada.

– Pai, eu preciso que rastreie essa ligação. – Falei baixo mas o suficiente para que ele pudesse ouvir, meus olhos se dirigiram novamente pra porta e meu corpo gelou ao ver a maçaneta girando.

– Maya? É você? Onde está, consegue identificar o local. – Ele parecia estar calmo, mas eu como sua filha digo que ele está exaltado e disparado.

Me virei pra cômoda novamente e tentei aperta o botão de desliga, mas aquilo estava sendo impossível com meu medo,  minha espinha arrepiou quando escutei o rangido da porta.

– Maya? O que está fazendo? – Meus olhos agora estavam arregalados, minhas mãos que seguravam o celular tremiam, eu não tinha coragem de olhar para trás, era como se ouve-se um monstro atrás de mim, e tinha.

Sentir o celular se tirado da minha mão com rapidez e agressividade, eu não conseguia mover um músculo, eu tenho medo dele.

– MAS QUE PORRA MAYA. – Ele gritou descontrolado quebrando o celular no chão, meu corpo pulou de susto assim que ele pegou meus braços e me balançou. – QUE CARALHOS VOCÊ FEZ?

– Eu juro que não fiz nada. – Respondi com os olhos perdidos. – Eu pensei em fazer mas não fiz.

– MAYA SUA FILHA DA PUTA, VOCÊ ESTA MORTA! – Fechei os olhos ao escutar aquelas palavras, não pode ser possível, no momento que eu consigo achar uma pequena esperança ela simplesmente acaba. 

– Por favor mason. – Implorei olhando pros olhos furiosos dele, ele estava com ódio, está nítido.

– 'Por favor mason'? – Repetiu minhas palavras segurando meu braço com força. – Você acha que sou algum tipo de idiota? Eu sou idiota sim, por confiar em uma cadela como você. – Cuspiu as palavras na minha cara, me encolhi ao ver que ele estava se aproximando demais.

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