Quitação de dívidas

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Pov Max

- Um dia depois .

- Acordo sentindo meu corpo já sem dor , mas alguns desconfortos pelo corpo ainda me seguem , me sento na cama passo as mãos pelos cabelos soltando um longo bocejo .

-" mas um dia aqui , mas um dia apenas vivendo aqui, será que o papai está bem ? "
Penso e a cena de meu pai chorando no dia que fui trazida para cá volta com tudo em minha mente " ele parecia tão  ... "  não consigo terminar meu pensamento por conta da porta se abrindo e fechando bruscamente .
-: vamos querida , já está na hora do café,  precisa comer.
Diz vovó vindo até minha cama com um doce sorriso no rosto .
-: Bom dia vovó,  desculpa já acordei faz um tempo só acabei me perdendo nas ideias .
Digo me levantando e começando a procurar algo pra vestir .

-: vamos querida, fiz uma café delicioso .
Diz vovó me apressando.

- Me troco penteio meu cabelo e coloco um leve vestido branco até a altura dos joelhos , acompanhada de vovó desço a cozinha e vejo uma linda mesa e me sento .

-; come direitinho querida .
Diz vovó que começa a fazer uma grande bandeja de café , com bolachas e alguns doces enfeitados e chiques .

-: hoje a senhora se superou .
Digo roubando mais uma fatia gorda de bolo de banana com açúcar e canela .

-: aí ai fia , você não pode ficar comendo isso , agora vem que deixar eu ver como você tá.
Diz a senhora vindo com um aparelho para medir minha glicose  .

- Meu açúcar está muito alto ( segundo vovó é  por eu ser uma formiguinha e gostar de roubar doces , mas nao tenho culpa se ela faz bolo todo dia)
, então ela me dá um pequena injeção de insulina para regrar o açúcar no sangue

- Termino de tomar meu café e quando vou ajudar a vovó com a louça ela me impede,  estranho seu ato

-: deixa que  eu faço isso fia , mas faz um favor pra vó, leva essa bandeja no escritório , é aquela porta de maçaneta preta , a dona Amália tá lá.
Diz a senhora pegando a bandeja e me dando com cuidado .

- : Claro vovó.
Digo com um sorriso simples e me direcionando para a escada " nem sabia que uma das duas estava em casa , nem sabia que tinha um escritório na casa, tenho que conhecer essa casa melhor "
Penso indo pro corredor do terceiro andar e procurando o tal " escritório " , até que acho uma porta grande com uma maçaneta preta e brilhante .

- Dou algumas batidas na porta e assim que ouço um sutil " entre " abro a porta com dificuldade por conta da bandeja .

-: pode deixar a bandeja ali vovó.
Diz a mulher sem olhar pra quem estava na porta , seu tom era firme e demonstrava até um pouco de raiva , " deve ser o stress " penso

- ela estava diferente, sua aparência ainda era delicada mas parecia ameaçadora,  estava com os cabelos lisos presos em um lindo coque , sua roupa era toda preta , com ênfase na calça de couro que delineava suas pernas cruzadas , ela estava sentada analisando alguns papéis que pareciam ser importantes , utiliza um óculos na ponta de seu nariz cujo a cor é a mesma das sardas que cobrem todo seu corpo .

-: acho que ainda não tenho a idade certa substituir a vovó , mas ok .
Digo deixando a bandeja em sua mesa .

- Seus olhos se levantam pra mim e analisam cada detalhe meu , e em seguida deixa uma leve sombra de um sorriso malicioso passar por seus lábios.
-: me desculpe querida , apenas estava destraida e achei que Olga viria entregar o que pedi.
Diz ela tirando os óculos e colocando sobre a mesa .
-: está bem longe da idade de substituir a Olga, aliais venha aqui .
Diz a mulher virando a cadeira de lado e batendo levemente o sapato no chão de frente para seus joelhos .
- se sente um pouco,  minha cabeça esta doendo e quero conversar um pouco para me destrair.
Diz ela abaixando a cadeira .

- Me sento ali e ela faz que não com a cabeça.

-: fique de costas e solte os cabelos .
Diz ela e eu obedeço sentindo seus dedos em meus cabelos .

-; me fale querida , como era a vida com seu pai ?
Pergunta ela mexendo no meu cabelo de forma leve .

-:  era complicado,  ele se metia em bastante confusão , e as vezes , eu tinha que ir nos lugares buscar ele bêbado , e ..

Digo triste e cansada de guardar o peso disso no peito .

-: e o que meu bem ?
Diz ela com uma voz suave

-: ele dizia que não devia ter sido pai que era melhor eu ter morrido no lugar da minha mãe.
Digo com a voz sofrida.

-: e ele te deu basicamente,  com você fazendo tudo isso pra ele .
Diz ela fazendo uma trança firme no meu cabelo .

-* nada respondo e apenas fico quieta , quando ela termina a traça me levanto para sair  porém ela me puxa para trás e segura prendendo a trança a sua mão .

-: sinto muito pena de você,  sinto mesmo minha doce bonequinha , todos cometem erros e alguns se arrependem e outros não,  você se arrepende do seu ?
Diz ela com uma voz severa " ela realmente depois de tudo que eu disse , ela quer que eu peça desculpas por fugir? Eu não me arrependo e faria mil vezes se preciso. "
Penso sentindo seu aperto na trança.

-: não senhora.
Digo firme e sinto um forte puxão no meu cabelo me fazendo ficar de joelhos , sinto seu pé em meu ombro e meu cabelo sendo puxado como rédea.

-: Eu sabia que apenas um castigo não seria o bastante para você querida , não se preocupe,  vai ser divertido , pra mim.
Diz ela no meu ouvido com uma voz regada a luxúria e maldade .

-* sinto suas mãos em meu corpo até que uma segura meu pescoço pela frente me enforcando um pouco .

-: gostaria de dizer que vai ser indolor , mas , seria mentira .
Diz ela soltando uma risadinha.
-: Alexandra já cobrou o dela , agora é hora da nossa  quitação de dívidas.
Diz ela me levantando e arrastando dali .
...

Vendida a Elas ( Pausada )Onde histórias criam vida. Descubra agora