3. back home

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Alguns dias depois...

Miguel foi liberado do hospital, porém ainda estava na cadeira de rodas, mas após Johnny fazer o possível e o impossível para o tirar de lá, Miguel finalmente estava liberto e conseguia andar novamente.

Pov: Robby Keene

Finalmente fui liberado para sair do reformatório, e, depois de encontrar com Sr. LaRusso e o meu pai brigando na saída de lá, senti que precisava ir procurar a Samantha, pra ver o que ela poderia me falar sobre ter me traído com o Miguel. Que erro.

Cheguei lá e ela estava com ele. Eu que fui um idiota por acreditar que ainda teria uma chance, acho que não foi por conta da bebida que ela beijou ele então, pelo menos era o que eu acreditava até ver os dois juntos no Myiagi-do.

Eu estava perdido, não confiava mais no Sr. LaRusso, meu pai nem era uma opção, então eu me lembrei que há uns dias atrás, John Kreese foi me visitar no reformatório. Querendo ou não, ele foi o único que foi até lá.

Acho que vou dar uma passada no Cobra Kai.

Pov: Nicky Bennett

Sensei Kreese via potencial em mim, e me propôs algumas aulas particulares após o horário das aulas, para aprimorarmos meus movimentos, então lá estávamos nós em uma noite de quinta-feira treinando chutes laterais, e, de repente, ouvimos o sino da porta, e como num passe de mágica, todo o meu passado personificado estava parado na entrada do meu dojô.
-Nicky? -Robby estava com a maior cara de dúvida possível para um ser humano.
-Robby...Oi. -Sorri. Eu estava de kimono, acho que foi isso lhe chocou mais.
-V-você...? -Ele apontou pra mim e pro dojô em geral.
-Eu sou do Cobra Kai, sim, e você também pode ser, o que acha? -Perguntei.

Pov: Robby Keene

Eu não sabia o que pensar, a minha melhor amiga que eu não via há anos de repente estava bem ali na minha frente, participando do Cobra Kai, o dojô que eu até então odiava. Meu estômago embrulhou só de pensar no que poderia acontecer com ela se seguisse esse caminho sozinha, eu não podia deixar isso acontecer.
-Eu acho que...Somos eu e você, pra sempre, não é? -Aceitei o desafio e instantaneamente me lembrei das nossas promessas de quando éramos crianças, eu jamais quebraria uma promessa que fiz com a Nicky, sabia que podia confiar nela, e que ela podia se sentir completamente segura comigo.
-Eu e você, Robby...Pra sempre. -Nicky sorriu e veio até mim me dando um abraço apertado que eu não sabia, mas estava morrendo de saudades.
-Fico feliz que finalmente esteja no seu lugar, filho. -Sensei Kreese falou do fundo do dojô nos observando. -Seja bem vindo ao Cobra Kai.
-Obrigada...Eu acho. -Falei.

Pov: Nicky Bennett

Finalmente encontrei meu melhor amigo, estava feliz por isso, mas ainda queria saber o que o levou a empurrar o Miguel, então fomos pra minha casa depois do treino.
-Robby, por que você fez aquilo? Você sabe que pode ser sincero comigo. -Eu disse.
-Meu pai...-Ele só precisou falar essas duas palavras pra eu entender a origem da revolta.
-Ah, claro, quem mais poderia ser? -Disse com raiva. -Mas o que exatamente ele tem a ver com o Miguel?
-Ele...praticamente adotou o Miguel como filho. E ensinou karatê pra ele. -Robby contou.
-O QUÊ? -Eu não acreditei no que estava ouvindo. -E NO FILHO DELE ELE NÃO PENSOU EM NENHUM MOMENTO?
-Você tem alguma dúvida? -Robby questionou, e ficamos em silêncio absorvendo a situação por alguns instantes.
-Ei, mas fica tranquilo, você sabe que tem a mim, e agora que estamos no Cobra Kai, não vamos ter pra ninguém, ok? -Falei me aproximando dele pra lhe fazer carinho, ele deitou no meu peito e eu o abracei fazendo carinho no seu cabelo.
-Você faz muita falta, sabia? -Robby comentou dando um sorriso frouxo. -Quer dizer, olha o que eu fiz com a minha vida depois que você foi pra longe.
-Ah não, nem vem me culpar por toda essa história, engraçadinho. -Dei risada.
-Não custa tentar, né? -Robby deu de ombros deitando no meu colo. -Será que a Gen não...se importa se eu dormir aqui hoje?
-Você dorme aqui desde criança, Robby, é claro que pode ficar...Falando nisso, onde a sua mãe está? Bati na sua porta e ninguém atendia. -Perguntei.
-Ela foi pra reabilitação, Nicky. -Robby contou.
-Sério? Nossa, isso é ótimo, tomara que ela melhore. -Falei.
-Ela vai. -Robby disse meio cabisbaixo, e quanto mais eu o via daquele jeito, mais raiva de todos que fizeram mal pra ele eu tinha, como não viam esse garoto como algo precioso, como podiam o descartar sem sentir remorso por isso.
-Olha aqui pra mim...Você tem onde ficar nas próximas noites, Robby? -Perguntei olhando bem fundo nos olhos verdes dele, e ficamos nos encarando até ele responder o que nós dois já sabíamos.
-Não...Nas próximas noites eu vou pedir pro sensei Kreese me deixar ficar lá por um tempo, não se preocupe. -Ele disse levantando do meu colo.
-Não, nada disso, você pode ficar aqui, tenho certeza de que minha mãe e meus irmãos não vão se importar, todos aqui te adoram. -Falei.
-E você também me adora? -Robby perguntou olhando bem no fundo da minha alma, senti um toque eletrizando do meu pé até a minha cabeça.
-Q-que pergunta boba, é claro que eu te adoro, bocó. -Respondi sorrindo dando um soquinho no braço dele. -Já sei, vou fazer pipoca, você senta aí e escolhe um filme pra gente assistir.
-Ok...Nicky! -Ele olhou pro controle e me chamou enquanto eu já estava indo pra cozinha.
-O que foi? -Perguntei.
-Obrigada. -Ele agradeceu.
-Só estou cumprindo a minha parte da promessa. -Sorri. -E não coloca filme de ficção científica, você sabe que eu não gosto.
-Que tal Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban? -Ele disse sabendo que era um dos meus filmes preferidos da vida.
-Boa, Keene, vou lá preparar a pipoca. -Falei indo pra ilha da cozinha.

𝐈𝐍𝐒𝐈𝐃𝐄 𝐂𝐎𝐁𝐑𝐀 | Robby Keene IACWOnde histórias criam vida. Descubra agora