Prólogo

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- Rápido querido, eu estou super cansada!

- Dá pra você ter calma? A droga dessas malas estão pesadas!

O jovem casal acabava de entrar no hall de entrada do antigo, porém muito elegante hotel.

Cortez era seu nome, fundado em 1897 por Wonho, deu esse nome em homenagem ao seu já falecido avô Edward Montero Cortez um homem  norte-americano que se mudou ainda jovem pra Coréia e acabou se casando com sua avó. Apesar de rígido, seu avô sempre fez de tudo pelo bem de sua família, Wonho sempre viu nele uma grande inspiração, e nunca pararia até ser tão grandioso como ele.

Os recém chegados, deixam as malas caírem de qualquer forma no chão, e caminham em direção ao balcão ali presente, ocupado por uma velha senhora que aparenta estar na casa dos 60 anos, a mesma usava um par de óculos e um suéter vermelho surrado, com certeza tão velho quanto ela.

- O que os senhores desejam? - perguntou a velha, em um voz rouca e quebrada, algo realmente sinistro.

- Eu e meu marido, queremos um quarto pra passar a noite, de preferência o mais silencioso possível!

- Como queiram...

A velha senhora deu as costas ao casal, e checou o grande quadro de chaves alojado na parede em busca da chave número 169.

- Aqui está! - exclamou a velha, com um sorriso que deixava evidente os seus dentes amarelos- quarto 169, é só subir a escadaria e seguir em frente, último quarto à esquerda.

- Obrigada

- E essas malas quem leva?- perguntou o homem visivelmente estressado.

- Não precisa se preocupar senhor, elas estarão entregues em seus quartos em menos de 20 minutos.

A velha recepcionista sorriu, e acompanhou o casal se distanciar em direção a grande escadaria que daria ao corredor em que se localizava os quartos, com o desaparecimento das sombras do casal, a velha pode finalmente desfazer o sorriso e voltar a sua expressão de antigamente.

×××

Os jovens, seguem as instruções da velha e se põem a andarem pelo extenso corredor de tapetes vermelho, quando vêem duas figuras discutindo no meio do corredor.

- Eu já disse que eu não quero me vestir assim Taehyung- disse um garoto de cabelos rosa, que pelo que parece, reclamava por ser obrigado a usar um vestido ombro a ombro verde que ficava no meio de suas coxas.

- Para de negar a sua essência, Park Jimin, aquele imbecil tá fazendo a sua cabeça, eu juro que eu vou destruir ele!- jurou um belo rapaz, de cabelo platinado preso em um coque, usava um vestido branco longo, algo digno de uma princesa do século 15.

Os garotos param sua discussão ao perceberem a chegada dos forasteiros. Os mesmos encaram o casal, e não param até que eles sumam de vista.

Ao localizarem seu quarto, o jovem casal entra depressa, e o homem começa a despejar sua fúria.

- Você viu o tipo de gentalha que frequenta essa espelunca?

- Vi sim querido!- afirma a mulher.

- Baitolas, e ainda agem com normalidade, olha se eu soubesse que aqui tinha esse tipo de aberrações, a gente jamais botaria os pés aqui.

- Não vamos deixar os viadinhos, estragarem a nossa noite amor- a mulher abraça seu marido por trás e sussura sensualmente em seu ouvido- Por quê você não deita e relaxa, enquanto eu vou no banheiro me aprontar pra você??

- Você vai usar aquela calcinha de renda que eu adoro?- quis saber o homem.

- Sim, agora deita aí.... Eu já volto ein.

A moça dá as costas ao seu marido e entra no banheiro, a jovem se despi de suas vestes e entra em baixo do chuveiro.

Passados alguns minutos, a mesma termina de se aprontar, não usava nada além de uma calcinha vermelha, se olhou uma última vez no espelho constatando que estava linda.

- Querido lá vou eu!!

Ela sai do banheiro toda cheia de si, mas rapidamente perde a pose ao ver a cena ali presente.

- Ahhhhhhhh

A garota se depara com o corpo de seu marido jogado já sem vida sobre a cama, a garganta estava cortada e todos os lençóis, a cama e o chão estavam encharcados de sangue.

Desesperada, a garota sai de seu quarto e se põe a correr e a gritar pelo extenso corredor, naquele momento pouco importava se estava semi-nua, tudo o que ela temia era encontrar com a coisa que matou seu marido.

- Socorro!!

- Alguém, por favor me ajuda??

A jovem gritava, enquanto dobrava em uma bifurcação no corredor, ela já nem fazia mais idéia de por onde ela veio ou pra onde estava indo.

- Meu Deus, alguém me ajude!

Mesmo com o barulho de seus gritos, nenhum ser se manifestou, a garota se perguntava onde estava os outros hóspedes desse hotel, será que o que matou seu marido já havia assassinado aos outros?

Onde será que estava aquela velha maldita, ou aqueles garotos ridículos que ela viu mais cedo?

Ao dobrar novamente em outro corredor, ela viu uma mulher passando aspirador de pó no chão.

- Ai, graças a Deus!- disse a jovem garota desesperada- Por favor me ajuda o meu marido foi assassinado.

Mas a empregada continuou com seu afazer como se não tivesse ouvindo os berros incessantes da garota.

- Você não me ouviu sua idiota? Houve um assasinato.

Dessa vez a empregada levantou seu rosto e encarou a jovem, chamou a mesma com um sinal de mãos sem falar absolutamente nada. A garota se aproximou e a empregada a puxou pelos cabelos, aproximou seus rostos e desferiu uma mordida na boca da garota e não parou mesmo com os gritos de dor da jovem, só parou quando conseguiu arrancar o lábio superior da garota.

A garota caiu no chão, levou a mão ao local tentando inutilmente parar o sangramento, levantou seu rosto e viu o exato momento em que a mulher comia a carne que conseguiu arrancar de seus lábios. A jovem reuniu o restante de forças que tinha e se pôs novamente a correr pelos corredores agora sendo perseguida pela figura ameaçadora da empregada.

- Socorro!!

Ao dobrar novamente em um outro corredor, a jovem viu uma forma parada no fim do corredor, era um homem, trajava um terno preto e parecia estar a espera de alguém.

Ao ver a garota toda ensanguentada, o homem rapidamente a encarou mas não se moveu nem um centímetro, a jovem se pôs a correr em direção ao homem, quando já estava bem próxima a garota anunciou.

- Moço tem um assasino atrás de mim!

- E tem um na sua frente!

O homem tirou rapidamente uma faca do bolso do paletó e em um só golpe cortou a garganta da garota, que caiu sobre o chão e sangrou até a morte.

A empregada nesse momento acaba de chegar e ver sua suposta presa já morta, mas baixa a guarda ao ver a imagem do seu senhor.

Os dois se encaram, mas quebram o contato com o barulho da porta se abrindo atrás do homem.

- Que barulho foi esse Wonho?- pergunta o lindo garoto de fios longos e platinados.

- Nenhum meu bem, apenas um lanchinho da noite.

O garoto ver o corpo largado já sem vida da garota no chão, o mesmo fecha a porta atrás de si, entrelaça seus braços ao de Wonho e dispara para a empregada.

- Limpe tudo Magda!

- Sim senhor Kim

Os homens dão as costas a empregada e começam a caminhar para fora daquele local, não iriam dá bola para uma mísera presa com tudo o que a noite ainda os reservava.

Nightmare In The Hotel (Taekook) (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora