° O romance trágico de Shakespeare ainda é uma obra famosa entre todas as gerações e se perpetua na memória dos tolos que acreditam que Romeu e Julieta poderiam ter um final feliz... Não naquele conto mas quem sabe nesse... °
Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!
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Ao entrar em casa Romeo recebeu olhares curiosos vindo da sua mãe e um olhar preocupado do pai, ambos tinham visões diferentes do que poderia surgir desse "relacionamento" que Romeo teria com Julieta. O rapaz sorria enquanto dava de ombros e ia para o banheiro, iria tomar um banho e se deitar, mal podia esperar para que o final de semana chegasse.
Entrou no banheiro e enquanto cantarolava, fechou a porta atrás de si e viu algo pendurado na maçaneta.
- Ah... Maldita. - ele sorria ao pegar a peça íntima que só podia ser de uma pessoa.
Romeo sentiu um calor consumindo seu corpo parte por parte, a cabeça trabalhando a milhão, os pensamentos nada puros vindo com toda a brutalidade o arrebatavam de jeito e ele só conseguia pensar em uma coisa.
- Acho que eu preciso devolver a ela né...
Ao colocar a calcinha da garota no bolso da jaqueta ele saiu do banheiro como um foguete.
- Vai sair de novo filho? - Antonella sorria enquanto bebia seu café.
- Olha, não vai fazer besteira ein, que eu te quebro no cacete ragazzo. - Dante resmungou enquanto trocava de canal - Eu espero que não esteja indo atrás daquela menina Caccini, realmente espero.
Romeo travou na porta de casa ao ouvir as palavras do seu pai.
- Não vou Papà, te prometo. - uma doce mentira escorreu por seus lábios, ele odiava mentir para o pai mas essa ocasião era única.
Saiu de casa novamente, pegou a bicicleta de Chris que ele havia pego emprestada a umas duas semanas e continuava ali e pedalou o mais rápido que pôde. A noite estava fria mas isso pouco importava agora, Romeo já conseguia ver os portões da mansão dos Caccini e uma luzinha vindo de apenas um dos cômodos.
Enquanto pedalava, Romeo sentia um incômodo vindo de dentro das suas calças, fruto de seus pensamentos impróprios e libidinosos. Não sabia que Julieta tinha esse poder sobre ele até o momento em que se beijaram e ele viu que o negócio entre eles era realmente um caso sério e que ele ia ter que se controlar muito mas ele esqueceu completamente da parte em que precisava se controlar.
Os portões eram parcialmente grandes mas dava muito bem para escalar. Romeo largou a bicicleta ali e escalou, com um pouco de dificuldade mas quando foi ver já estava do lado de dentro da casa e correndo pelo jardim gigantesco da mansão aonde Julieta morava. A varanda do quarto da garota tinham colunas na parte de baixo que davam para uma porta de vidro para o que parecia ser uma sala de estar.
Romeo examinava como iria entrar, talvez estivesse cansado demais para continuar escalando as coisas mas aparentemente esse era o único jeito de fazer as coisas. Na parede do lado tinha um enorme arranjo de trepadeiras que eram seguradas por vários compartimentos que podiam ser usados como degraus, com muita cautela, Romeo voltou a escalar.
