CAPÍTULO 8

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Chego na minha sala, puto

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Chego na minha sala, puto. Trabalho para uma empresa de advocacia, ela é a nossa fachada para exercermos realmente o que somos bons em fazer. A espionagem. Quando há um problema que os outros não conseguem resolver, somos acionados para solucionar de uma vez por toda. Não podemos deixar pontas soltas. Nunca.

Para podermos continuar nosso trabalho sem levantar suspeitas, os que são realmente advogados exercem a profissão pegando poucos casos, assim, não há nada de errado quando alguém vem aqui. Tranco a porta e vou até à estante. Puxo o livro da constituição federal fazendo com que a estante se mova para o lado me levando para onde eu realmente preciso ir. Nosso centro de comando.

Cada espião tem uma porta de acesso como essa. Assim que entro no ambiente todos se levantam e me saúdam mutuamente. Aqui sou o comandante. Nada acontece sem eu saber. Pelo menos era isso que eu pensava, até ver Jack no sábado. Liguei várias vezes para o general, porém, não obtive resposta.

Ele está querendo correr do nosso confronto, meu pai usará o idiota que está sorrindo cinicamente nesse momento enquanto usa sua faca para limpar as unhas. O brilho da lâmina mostra o quanto está afiada. Muito bom. Amo usar uma faca.

Aproximo-me e o encaro. O babaca sorri e desce às duas pernas que estavam em cima da mesa, eu não gosto que fazem isso, aqui não é a casa deles, odeio bagunça.

— Desculpa chefe pelas pernas na mesa.

— Cadê a porra da postura caralho? Saúde o seu superior — falo puto e ele engole o sorrisinho na hora.

— Não pensei ser necessário.

— Acredito que você anda com muitas dúvidas soldado, será que terei que lembrá-lo sobre hierarquia e obediência? Cadê a continência saudando seu superior que chegou, se você não percebeu, todos fizeram.

— Obedeço ao general. — olho em volta e levanto meus braços apontando para os lados teatralmente.

— Você o está vendo aqui? Que eu saiba o único que comanda este centro sou eu! Por isso quero saber quando você chegou e como foi transferido sem eu aceitar sua presença desagradável no meu QG (quartel-general). Você não sai sem que alguém te dê permissão. É o maior puxa-saco de todos.

— Cumpro ordens.

— Você não respondeu as minhas perguntas? Quando chegou no Brasil? Porque está aqui? — O sorriso debochado aparece novamente me fazendo ferver de raiva.

— Pergunta para o seu pai — responde ele soltando a faca.

— A grande merda do doido é pensar que o outro não é tão maluco como ele.

— Eu não sou doido Ryan, apenas tenho disciplina, o que vi no sábado, faltar para você — eu sabia que ele traria Cecília para a roda. — Parecia um louco ciumento naquela boate, sabe o que acho Ryan?

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